O QUE ESCREVI SOBRE GAZA, OS PALESTINIANOS E O NAZI-SIONISMO
DE ISRAEL
Nota Prévia
Juntar grande parte do que escrevi num dado momento sobre um
acontecimento recente, neste caso o bombardeamento incessante a Gaza, pode ajudar
a compreender o que ali se passou. É por essa razão que publico em nota os
posts que fui deixando no Facebook naquela data [11-07-14 a 23-08-14],
incluindo alguns comentários aos mesmos. O que não foi escrito por mim, está em itálito ou entre aspas. Os posts estão apresentados em ordem cronológica inversa.
Não há nada
pior para o triunfo das injustiças no mundo do que o nosso alheamento delas. Nem
todos têm as mesmas armas para combatê-las, porque são diversas. Compete a cada
um saber escolher a melhor forma, mas alguma coisa cada um de nós deveria estar
a fazer nesse sentido. Nunca se sabe quando somos nós a precisar que esta
cadeia de cidadania e solidariedade não se quebre. A melhor forma, é mantê-la ativa. Um dia,
todos juntos, apesar do massacre, conseguimos salvar Timor Leste. Quem sabe se
um dia todos juntos não podemos salvar os palestinianos e os judeus de boa fé,
porque os judeus sionistas, esses, estarão em vias de estar perdidos.
Os textos que
seguem foram escritos no Facebook desde o inicio do recente genocídio de Gaza,
e não fotram revistos, pelo que peço relevem os erros que vão encontrar. Estão
apresentados por ordem cronológica inversa e só alguns comentários foram
transcritos. Nem todos os posts foram relacionados por só terem relevância
naquela plataforma. Os itálitos correspondem a têxtos ou declarações de
terceiros. Que nada disto seja tomado como exercício de vaidade literária. Quem
me conhece, sabe que é apenas mais uma causa.
23 de Agosto de 2014
Acabo de ouvir a Irene Pimentel
na SICN, e mais uma vez esta mulher me encanita, o que começa a parecer um
preconceito mas não é, e não é tanto pelo que disse, em si mesmo, porque os
disparates não são exclusivo que qualquer bacoco, mas pelo facto de ao aparecer
como historiadora tornar mais relevante a sua opinião.
Tenho-me afastado da causa
Israelo-Palestiniana, porque o problema e a incompreensão dele, mais a
indiferença geral, me andava a fazer muito mal; contudo, não posso deixar
passar agora aquela intervenção, porque ela corresponde à intoxicação que os
EUA e (esta) Europa fazem deste processo.
Disse a Irene em todo o tempo em
que esteve a ser entrevistada que blá blá, blá blá, e que tudo se devia a um
recrudescimento do anti semitismo na Europa etc. etc., e em nenhuma
circunstância aquela alminha pareceu perceber o que se passa com Israel, com a
Palestina e este conflito, porque o palavrão que lhe saía constantemente era o
anti semitismo. Não sei se o fazia de propósito se por deformação, mas isto é
tanto mais grave como é apresentar-se como historiadora, e com isso estar a
aprofundar a confusão à volta do problema. Eu que há muito tenho a minha
opinião, e conheço igualmente a de muitos, em momento nenhum fui o anti semita
que a Irene quer que eu seja. O facto de Israel estar cheio de gente imbuída do
mesmo espírito nazi, e de cá fora existirem muitos a pensar da mesma forma, não
transforma todos os cidadãos que estão no território da Palestina nas bestas
que aqueles são. Há lá dentro como cá fora espalhados pelo mundo, muitos judeus
de boa fé, gente a pensar fora da caixinha onde a Irene se parece ter metido,
que não concorda com a vertigem sionista que está na génese do dito Estado de
Israel, e na base de todo o conflito.
- O que se passa historiadora
Irene, não é do foro do racismo; da raça de ninguém; não é anti semitismo, (*)!
O que se passa na minha cabeça e na de muitos é anti Sionismo, como anti
Nazismo, como anti Estalinismo; percebeste Irene? Não é racismo, (*)!
(*) – Deixo o asterisco à vossa
criatividade. Por mim pode ser um verbo feio conjugado reflexamente.
5 de Agosto de 2014
Um dos mais bonitos textos que li acerca deste conflito. Que
motivador que ele é para aqueles que desesperadamente tentam ajudar. Este texto
merece não ser perdido na rede, ele merece figurar como editorial da
resistência a esta barbárie. Vou registar o nome Ilam Pape, de que nada
conhecia, porque tem que passar a ser uma figura incontornável sempre que se
falar de incentivo à esperança deste povo mártir:
Registo a frase: (...) "todos
nós somos inibidos por momentos de cobardia, egoísmo e talvez por um impulso
natural para cuidar da nossa família e entes queridos" (...) porque
muito do que se passa por aí de cabeças enterradas na areia é também parte
disto, embora o reacionarismo qualquer-fóbico tenha também a sua grande quota
parte nisto.
1 de Agosto de 2014
No dia 28 de Julho deixei fixar
cinco links que acho fundamentais para se entender o que está na base deste
conflito. Existem muitos outros, mas alguns temos que escolher para conseguir a
síntese. Tomei hoje conhecimento de mais um vídeo, que por enquanto só está no
Facebook, não está ainda noutras plataformas como o Youtube. Não sei portanto
se lhes conseguem ter acesso não estando regisados no Facebook, contudo se
tiverem um familiar que vos possa abrir o link não o percam porque este é para
mim o argumento fundamental: https://www.facebook.com/photo.php?v=261269214068318&fref=nf
30 de Julho de 2014
9 coisas que os media dos EUA não
estão dizendo acerca de Israel/Palestina, que os europeus sabem, mas fingem
ignorar como ignoraram o alemães o que se passava na Alemanha nazi. Nesse
sentido, são mais culpados os europeus que os americanos, porque somos apesar de
tudo uma sociedade menos formatada que aquela - nos EUA não existe censura,
existe uma auto censura induzida, um processo refinado ao longo do tempo de
controlo da mente de quem escreve sobre o país -. Pode aquilo ser alguma culpa
atribuível? Sim, é um crime por omissão de denúncia, embora moral, mas um
crime. A Igreja por exemplo, está cheia deles até ao pescoço. http://mondoweiss.net/2014/07/american-telling-israelpalestine.html
29 de Julho de 2014
O processo de Israel com os
palestinianos e agora o extermínio de Gaza, com o mundo cinicamente a assistir
sem reagir, e outros a apoiar, é uma das maiores deceções que tenho com a
humanidade nesta idade que já levo. Não esperava ver tanta indiferença, tanto
apoio, tanta falta de autonomia de raciocínio, perante uma ideologia
equiparável ao nazismo, neste ocidente que dizemos civilizado e democrático.
Bem sei que tudo nos foi escondido, ou melhor, não nos foi devidamente contado,
e aquilo que sabíamos era amortecido pelo efeito holocausto que o sionismo
descaradamente bem aproveitou. Bem sei que há quem tenha esse beneficio da
dúvida, pois se até para nós as coisas são agora mais evidentes que nunca,
quanto mais os basbaques que estão a olhar para a TV e a beber a intoxicação de
todas as estações. São incríveis na condução das audiências, e apesar de darem
as imagens dos bombardeamentos é tudo embrulhado de uma forma que a culpa sobra
sempre para quem dão deixa os pobres dos sionistas continuar o seu trabalho -
que já nem é subterrâneo - de exterminar um povo, mantendo-o na maior prisão do
mundo a céu aberto sem hipótese de fugir para nenhum lado.
Nada vai ser igual como até aqui
para os sionistas de Israel, problema para os judeus, porque um sionista não
traz um rótulo na testa. Eles podem tornar os palestinianos apátridas, mas a
vida deles é que não vai mais ter sossego a partir d'aqui. E isto é mau para os
homens sérios e honestos.
Descobri que afinal o ser humano
é mais vulnerável ao nazismo e ao fascismo do que pensava. Mas por que razão os
átomos componentes da matéria de que somos feitos, influenciam de forma tão
distinta a elaboração dos seres humanos que somos? Deve ter a ver com sentidos
de rotação do electrão no átomo, diferentes, com que cada um nasce, porque
verificamos que convencer alguém do contrário é assim como que uma coisa contra
natura, ou a exigência de uma força atómica extrema, para isso.
29 de Julho de 2014
Quando
legendar é supérfluo!
29 de Julho de 2014
Crime para os
que apoiam e uma vergonha para os que não condenam. Definição legal
internacional de genocídio:
29 de Julho de 2014
Estou
completamente desolado com o que acabo de ver no telejornal das 13h00, na SIC,
(finalmente): o bombardeamento criminoso dos tanques de não sei quantos milhões
de litros de combustível do que restava da única central elétrica de Gaza que
abastecia a população civil. Não há agora electricidade para nada. Para, nada!
Não conseguir
considerar isto um ato de terrorismo puro, para evitar considerar o Estado
sionista de Israel um Estado abjecto, é tomar partido por uma política desumana
que está nas antípodas da minha, muito revelador também do interior de cada um
que a suporta. É por isso que em boa hora criei a minha própria substituição da
religião, sou ateu: não me deixo assim contagiar por nenhum mal religioso.
Reedição:
Ressalvo o que escrevi neste post: Ouvi agora que sendo única central ela
representava 30% do fornecimento de energia a Gaza. Não podemos ser apanhados
na mesma propaganda do agressor: em nós, seria elevado a várias potência
Graza coment: Armando Santos,
o que diz é muito importante, porque revela que não é um homem de racismos, nem
o que se passa aqui neste caso tem a ver com anti-semistismo, embora, o termo
judeu apareça como referência ao agressor sionista, como o termo alemão deveria
aparecer para o agressor nazi, sendo que nem todos os judeus são sionistas e
nem todos os alemães concordariam com Hitler. E sim, merecem-nos o nosso
respeito os mortos judeus pelo nazismo, mas isso já foi moeda de troca que
durou tempo demais face à imoralidade da sua utilização pelo sionismo
israelita, para com ela iniciar um dos processos de ghetização mais cruéis
deste e do século passado. As vítimas dos campos da morte não mereciam a sua
utilização como catalizador das nossas indiferenças ao que os sionistas se
propuseram fazer em 1948 quando entraram por dentro das casas palestinianas e
tornaram a partir daí a vida daquela gente num inferno. O problema é o
sionismo, como foi o nazismo , e não os judeus, como também não foi os alemães,
pese embora os processos diferentes de adesão de cada uma das nacionalidades a
cada um dos processos.
29 de Julho de 2014
Quando se
responde a uma acusação de chacina, evocando o principio de que é a não
conformação com a subjugação a que se está sujeito, que está na base dela,
entramos no capítulo do absurdo, que é uma técnica de manipulação da opinião
pública, de tal forma, que inviabiliza o entendimento do que está em causa. Até
na guerra dos argumentos mostram as entranhas nazis de que são feitos estes
sionistas.
A renitência
na opinião de que a culpa é do rockets - logo, de uma parte -, decalcada dos
argumentos de Israel e EUA, é a forma ardilosa de negar a história. Coisa
incómoda, porque nunca responde propositadamente à acusação, à evidência desse
facto: a ocupação do território dos palestinianos, quando representavam apenas
8% da população em 1948, 5 548 milhões em 1995, 8 134 milhões em 2013, e
estarão agora a atingir a paridade, porque importaram colonos de todo o mundo,
escorraçando para campos de desalojados quem sempre habitou aquela terra, no
propósito de inverter de forma artificial a errância judaica, fazendo agora dos
palestinianos apátridas, objectivo principal do sionismo: acabar com a diáspora
judaica: http://pt.wikipedia.org/wiki/Palestinos
29 de Julho de 2014
[A partir de
um artigo de Daniel Oliveira]. Ou seja, resumindo:
“1ª distorção
no debate público: Surgem especulativamente mais relevantes as opiniões dos
oprimidos que não reconheçam como Estado, quem os oprime, do que o facto do
opressor impedir a existência dum Estado para os oprimidos.
2ª distorção
no debate público: o sossego do opressor impõe-se sobre qualquer sofrimento que
cause ao oprimido.”
28 de Julho de 2014
Tenham juízo e
acordem! Leiam esta merda, que eu não consegui chegar ao fim. Serão
responsáveis quando a barbárie sionista vos contagiar e ficarem igualmente
monstros como estes que o Sionismo está a criar:
28 de Julho de 2014
Há uma enorme
dificuldade em fazer com que o resto do mundo olhe para a causa palestiniana,
sem vir com aquela questão de que a culpa é dos dois. Esse é o produto dos
poderosíssimos meios de propaganda ocidental, quer porque são ideologicamente
controlados, quer porque o ocidente (Europa) alinha pelos EUA, logo, por
Israel. Isto resulta ainda por décadas de um discurso pró Israelita, amaciado pelo
Holocausto, que estes têm sabido explorar em favor da sua causa usurpadora de
território. Israel, enquanto território físico, não existia antes de 1948.
Israel era apenas um conceito, uma coisa abstrata, um território virtual. Por
outro lado, a Palestina sempre existiu como território com fronteiras mais ou
menos definidas entre o Mediterrâneo, o Iraque e a Arábia, com povos lá dentro.
Alguns judeus viviam lá, 8% da população e sempre em harmonia com os restantes.
É a própria história que nos fala de séculos de errância do povo judeu, até que
Ben Gurion aparece com o Sionismo, e a Inglaterra com a ajuda dos EUA, um dos
maiores desenhadores de países artificiais no mundo, decidiu apoiar a
instalação territorial de um povo, agora fanatizado pelo mesmo processo de
Hitler, passando os “non jewish” a ser uma das palavras mais importantes da
nova nação, tal como na Alemanha, numa operação que leva ao extermínio do
outro. Se com a tarefa em vias de conclusão como mostram os links, vocês ainda
acham que a culpa continua a ser dos dois, são o resultado de uma fanatização
politica grave, porque não dão conta dela, mas dão os resultados eleitorais na
Europa.
Uma coisa
parece certa, depois da ***** das cruzadas, o ocidente prepara-se para ganhar
ainda mais o ódio daqueles povos, ao apoiar a sedentarização de um povo que se
encontrava há séculos disperso, contra o começo da errância de outro que nunca
o foi. Os palestinianos não têm dupla nacionalidade, nem sequer nacionalidade,
os judeus que vieram de todo o mundo têm. Não podemos admirar-nos da ira
muçulmana contra nós.
26 de Julho de 2014
Deveríamos
estar a fazer alguma coisa para o evitar. Eu estou quase 100% com o Facebook
dedicado e com um complexo de culpa por estar a assistir a um extermínio e ver
tanta indiferença. SOMOS COLETIVAMENTE COBARDES. Isto corresponde ao extermínio
programado aqui:
26 de Julho de 2014
É uma tristeza
que a nossa Esquerda nem numa questão tão simples como a solidariedade com o
massacre de Gaza se consiga entender. Vemos a revolta em todas as cidades do
mundo, em Portugal, nada. Ontem andei a reboque pró Parlamento e fui enganado,
tive que desistir. Hoje verifico que cada um convoca para a "sua"
hora porque é a sua hora e o seu local que é importante. Havia ou não um dia e
uma hora para uma manif global em todas as cidades do mundo? Dia 1 às 18h00?
Quererá esta gente algum dia ser governo? Ou sentem que não têm estaleca e
preferem este jogo merdeiro de olhar cada um para o seu umbigo e fazerem-nos
andar a toque de caixa presos pela beiça e pela catarse da manif? Não há
qualidade no que se faz, são repetitivos, não inovam, não mobilizam:
automobilizam-se, têm medo de afrontar o sistema olhos nos olhos, e em alguns
casos serão um coio de indigência como diria o Almada. Estou farto da ***** da
Esquerda institucional que temos!
26 de Julho de 2014
Porque é que o
Hamas anda a matar gatos com rockets e vocês insistem em não entender a razão?
É por isto. Será assim tão difícil de aceitar?
“CONFISSÃO DE UM TERRORISTA !
Ocuparam minha pátria
Expulsaram meu povo
Anularam minha identidade
E me chamaram de terrorista.
Confiscaram minha propriedade
Arrancaram meu pomar
Demoliram minha casa
E me chamaram de terrorista.
Leilaram leis facistas
Praticaram o odiado apartheid
Destruiram, dividiram, humilharam
E me chamaram de terrorista.
Assassinaram minhas alegrias
Sequestraram minhas esperanças
Algemaram meus sonhos
Mataram minha família
Mataram os meus amigos e vizinhos
E quando recusei toda esta barbárie
Eles...Mataram um terrorista.
Mahmoud Darwich”
Com Ricardo
Sardo e Pedro Figueiredo, dois amigos com quem tenho debatido e que me preocupa
que não consigam ultrapassar a questão de que "a culpa é dos dois
lados", a mesma razão que advogam os EUA e os amigos de Israel.
26 de Julho de 2014
(...) "Eu lamento genocídio em Gaza,
porque eu sou a neta de uma família que foi metade dizima num holocausto e sei
o que é um genocídio quando o vejo. As pessoas estão perguntando por que eu
estou tomando este "lado". Não há lados. Eu lamento todas as vítimas.
Mas todas as leis da guerra e do direito internacional estão sendo quebradas na
morte de civis em Gaza. Eu fico com o povo de Gaza, exatamente porque as coisas
poderiam ter sido diferentes se mais pessoas tivessem estado com os judeus na
Alemanha. Eu fico com o povo de Gaza, porque ninguém esteve connosco."
(...) Declarações de Naomi Wolf, escritora, aqui no seu Facebook:
Anália coment: Não gosto do
sionismo, mas também não gosto do anti-semitismo. O sionismo nasceu como
reacção ao anti-semitismo que grassava na Europa Central e de Leste, ou não? Há
quem pretenda negar o holocausto, mas...
Graza coment: Ninguém está a
falar de anti-semitismo, não é de racismo que se trata Anália é de
anti-sionismo que é uma coisa diferente, o segregacionismo é o sionismo de
Israel que o pratica como praticou a Alemanha, é por isso que há tantos judeus
até ortodoxos pelo mundo a levantar-se como podes ver nesses outros vídeos que
recomendo. Neste documento que deixo o link:
o Prof. Ed. Said disse que em 2010 teriam conseguido a paridade
demográfica, em 1943 eram 8% da população da Palestina, e como foi conseguido
isso: à custa destes massacres:
das expulsões, dos campos de concentração, e da aplicação da política
sionista de importação de judeus de todo o mundo.
Se olharmos para a história deste território faz-te sentido que se diga
que se tiver que existir um povo escorraçado que seja o palestiniano, ou o
inverso? A maior parte dos judeus de Israel terão dupla nacionalidade, têm dois
países, a maior parte tem para onde ir e os EUA são grandes e amigos.
26 de Julho de 2014
Tenham cuidado
podem estar a um passo desta loucura:
"A descrição das Forças de Defesa
Israelitas como o "mais humano e mais corajoso exército do mundo" não
era uma piada; ela foi usada no último domingo pelo ministro das Relações
Exteriores Avigdor Lieberman.
No entanto, empalidece absurdamente quando
comparado com a retórica mais recente. Na terça-feira, o embaixador de Israel
para os EUA, Ron Derner, disse no encontro dos Cristãos Unidos por Israel em
Washington, "Alguns estão descaradamente acusando Israel de genocídio e
nos colocaria no banco dos réus por crimes de guerra. Mas a verdade é que às
Forças de Defesa de Israel deveria ser dado o Prémio Nobel da Paz ... um Prémio
Nobel da Paz por combate com moderação inimaginável. "
26 de Julho de 2014
"Ninguém com alguma sanidade, inclusive
eu, teria tudo menos simpatia pelo sofrimento palestino." (...) Declaração
de solidariedade da cantora irlandesa Sinnead O’Connor.
É o Boicote a
Israel a começar a funcionar. A plataforma de luta BDS aqui:
26 de Julho de 2014
O Hamas e o
tiro aos gatos! Se fosse cá já dava 2 anos de pilda: "Maus tratos a
animais"
26 de Julho de 2014
É-a-mesma-tragédia-do-mesmo-discurso!
Ponham os olhos nisto! Acordem! Caso contrário serão responsáveis como foram os
alemães, com uma diferença abissal, aqui têm a reportagem em directo e a cores.
25 de Julho de 2014
Prestaram-se
hoje dois péssimos serviços à causa palestiniana e a Gaza, em Portugal, dentro
da Assembleia e fora dela. Foi marcada uma concentração em frente ao Parlamento
de Apoio a Gaza, para as 10:00, anteriormente anunciada para as 10:30. Eram
11:15, uma hora e quinze depois da hora marcada e o resultado era a tristeza
que se vê na foto. Nenhum dos organizadores presente. Não há forma de
merecermos algum respeito quando não respeitamos também. É intolerável a forma
como dispomos assim dos tempos dos outros como se fosse nosso. Não sei o que
deu depois. Decidi não esperar.
Lá dentro, a
maioria de direita decidiu chumbar os votos da oposição de condenação da
violência que se passa em Gaza. Somos um país triste, sem rasgo, cinzento como
os representantes que temos, que nos envergonham lá fora e nos metem nojo cá
dentro.
25 de Julho de 2017
Vi ontem uma
das fotos mais horríveis de todas as que vi deste massacre, que não me atrevo a
partilhar. Era um monte de corpos esfacelados, e a mulher em primeiro plano,
tinha um buraco na cara do tamanho do diâmetro do obus. Aquela cara era um
buraco.
O problema é
que já não é só um exército que comete estes crimes, mas um povo, porque lhe
ensinaram mal os direitos históricos dos povos sobre a terra. O problema começa
aqui, e não nos foguetes erráticos do Hamas:
25 de Julho de 2014
É um
Israelocausto a que assistimos, com uma diferença, desta vez sabemos todos que
está acontecer. Eles vão dizimar um povo em direto para concluir o mapa de
1943, mas "a culpa é dos dois". Israel vai ter que pagar bem caro.
Desta vez sabemos porquê.
25 de Julho de 2014
Há americanos
que já cresceram:
“Israel est synonyme de guerre et de
destruction et nous, Américains, sommes derrière cette guerre. J’ai onte d’être
Américain”. Declaração do ator Anthony Hopkins.
Nota: Afinal
Hopkins tem dupla nacionalidade, é irlandês.
24 de Julho de 2014
Existe por aí
um mapa com a progressão da colonização da Palestina desde a criação do Estado
de Israel, em amarelo e verde, sendo amarelo o território palestiniano e verde
o território judeu. Todos já o viram e sabem como começa e em que ponto está.
Pois nem com a imagem desse mapa: “Loss of Land”, alguns, têm a disponibilidade
para se deter sobre ele e rever a sua forma de pensar o problema. E quando isto
acontece com pessoas inteligentes, e éticas, e honestas, fica-se com a ideia da
montanha que têm que vencer os palestinianos em geral, e os de Gaza em
particular. Deixem-me dizer-lhes que também eu, lá muito longe, tive medo de
pensar a questão de outra forma, arreigado que estava a um pensamento padrão
sobre os judeus, ao fim e ao cabo, fazemos parte desta civilização
judaico-cristã cuja influência moral, e até jurídica nos marca, e o distanciamento
dela não é tão fácil assim porque inclui o rompimento com ideias feitas sobre
as outras civilizações, e até medos incluídos nela – a judaico-cristã - para
sua própria defesa. Se quisermos definir a primeira dificuldade que os
palestinianos têm que vencer, diria que é essa mesmo: conseguir fazer com que a
maioria da opinião pública mundial deixe de ver o seu problema com as lentes
com que olha para os muçulmanos, porque o problema começa exactamente com a
dificuldade em distanciar-se para perceber que tudo começa no conflito que o
sionismo cria quando decide por onde deve enraizar-se. Acharam os sionistas
liderados por Ben Gurion depois de Hitler, e acharam os ingleses e os EUA, que
era afinal de território próprio que precisavam para instalar um país, e
trataram de sondar o mundo para ver onde. Aqui um pouco da história:
(...) “Lar judaico. Na primeira metade do
século discutiu-se intensamente a criação de uma colónia de judeus em Portugal
ou numas das suas possessões ultramarinas, numa altura que aumentavam as
perseguições em toda a Europa. Um judeu português S.A. Anahory, em 1886, tem a
ideia da sua instalação no planalto de Angola. A ideia foi retomada por um
judeu russo chamado W. Terló. Em 1912 é discutida e aprovada no parlamento
português, mas a ideia arrastou-se no tempo devido ao pouco interesse
manifestado pelas elites judaicas mundiais. Em 1933 volta de novo a ser
colocada, devido à urgência de encontrar lugar para acolher os refugiados. A
Ditadura opôs-se à sua concretização, mas a imprensa mundial (Abril de 1934)
acaba afirmar que cerca de 5.000.000 de judeus iriam para Angola. Em 1938 o
presidente dos EUA (Franklin D. Roosevelt) pressiona o governo português para
aceitar a solução. O ditador Salazar continua a opôr-se. Em 1943 é a vez da
Grã-Bretanha pressionar Portugal, mas igualmente sem êxito. (cfr.
Expresso,20/8/2005).
Em Fevereiro de 1946, o rabino Solomon
Schofeld, dirigente judaico de Londres, propõe a Portugal com o apoio da
Grã-Bretanha a instalação de uma colónia de judeus nos Açores. A ideia foi
recusada pelo ditador Salazar (cfr. José Freire Antunes, Judeus em Portugal,
Lisboa, 2002).” (...) Fonte: http://lusotopia.no.sapo.pt/indexOP02Israel.html
Quem andou afinal
por todo mundo, onde fizeram muita coisa é um facto, desde a ciência à fortuna,
foram os judeus e não os palestinianos. Estes nunca abandonaram a sua terra, a
Palestina, e sempre lá viveram, mas tudo muda depois da guerra quando se
implantou à força, um estado em cima deste povo, desalojando-o de suas casas, e
começando logo de início com matanças. Este é um facto histórico indesmentível.
Hoje, depois disto, temos afinal o paradoxo de ver judeus da diáspora a
denunciar os erros do sionismo e o mal que estão a fazer ao judaísmo, mas temos
curiosamente cristãos a achar que os palestinianos não têm o direito de lutar
contra a conclusão final daquele mapa amarelo e verde, fazendo dele a “solução
final” dos palestinianos. Olhem para o mapa, e digam-nos, se fossem amarelos,
como atuavam. Já não quero puxar o saco com as criancinhas, mas não deixa de
ser um facto para tomar em conta na ira.
Deixo-vos três
links porque me parece haver quem insista em não abri-los, e talvez possam
ajudar a ver o problema de outra forma:
24 de Julho de 2014
"Já foram
deliberadamente atingidos 18 Boeings em Gaza: 771 mortos e 4750 feridos. Os
assassinos dizem que o tiro ao Boeing é para continuar. Os amigos pedem
contenção".
Nunca me
passou pela cabeça que o mundo atingisse este estado: era coisa que um dia
poderira acontecer mas eu não estaria cá.
Graza coment: Só uma visão
redutora transforma todos os árabes neste entrevistador manhoso, numa peça
manhosa, numa hipotética manhosa televisão, e pode fazer esquecer que naquele
espaço – Jerusalém - conviveram árabes, judeus, cristãos, ortodoxos etc. sem
confrontações durante séculos. A questão é que, se é que já viste os links que
deixei, à data da constituição de Israel como Estado, os judeus eram apenas 8%
da população na Palestina, e tudo começou por uma única razão: o sionismo
colonizador de um território onde viviam em maioria povos com outras crenças
religiosas. O ódio começa a ser instigado aqui, porque até ali não havia. Mas
para quem defende o sionismo é irrelevante que se expliquem as razões
históricas que o lançaram. Não adianta mostrar o mapa atual, não respondem, tal
é a vidência, porque não tem argumento para isso e se tiverem, é igual àquele
que vimos outro dia num documentário na TV, quando o judeu mostrava o
território ao repórter e apontando para o horizonte dizia que não havia como não
perceber que aquilo era território que só pertencia aos de judeus. Não se
discute o mapa, o confinamento, a humilhação de décadas, a violência com que se
isso se fez e faz, para num enorme absurdo se discutir a razão por que não se
deixam aniquilar e a forma como reagem a essa afronta permanente, seja com
foguetes pífios que só matam por ataque de coração, ou por infiltração nas
hostes.
Os judeus de Israel devem ser culpados do renascimento da ira árabe,
que já estava meio esquecida da porra das cruzadas em que andamos metidos, por
causa de um judeu que morreu, condenado por judeus. Mas estes judeus de Israel,
são agora piores, são sionistas, como os alemães já foram nazis.
Pedro coment: Um dos
argumentos contra a pena de morte é exactamente este: que o Estado tem de estar
acima do desejo de vingança olho-por-olho, dente-por-dente que qualquer ser
humano naturalmente tem quando uma tragédia destas acontece. De certeza que
como qualquer ser humano decente não concordas com a pena de morte. Não vejo
como possas concordar com a disparo indiscriminado por parte do Hamas de
rockets contra o território de Israel. Qualquer estado tem o direito e dever de
defender o seu povo. Infelizmente, enquanto o Hamas persistir neste caminho
(mesmo contra a vontade da Autoridade Palestiniana) esta e outras tragédias vão
continuar. E este é o objectivo do Hamas!
Graza coment: Deverias estar
a olhar para o mapa quando escreveste isso, porque é ali que tudo começa, e é
esse autismo dos apoiantes de Israel que é confrangedor. O que é que tu achas
que esteve a acontecer antes de serem lançados os rockets na Cisjordânia?
Esteve a acontecer a expansão do território de Israel através da implementação
de mais colonatos. No próximo ano aquela mancha estará mais reduzida, e no ano
seguinte mais ainda... e pá! não estavam a cair rockets do lado de lá! Tu fazes
ideia do que deverá ser, ser palestiniano, e viver no seu território cheio de
limitações e corredores de onde não podes sair, acotovelado e oprimido. Como
queres tu que os civis se defendam, com as mãos e os pés? O Hamas é produto
daquela revolta, é o efeito da expansão colonialista abjecta, termo que
sociedade civilizada nenhuma já quer ver colado, mas com Israel... no passa
nada! Então? Ser colonialista já não é mau? Aliás o próprio termo diz do que é
que se trata:
"Colónia - 1. Grupo de
compatriotas que se estabelecem fora do seu país."
Uma das questões que sinceramente me anda a preocupar é ver a
dificuldade que gente que convive comigo tem em fazer uma abordagem histórica
da questão para saber como se posicionar no problema, porque há quem se decida
pela simpatia que tem pela equipa, mas isto não é um jogo de futebol. É que o
sionismo é uma porra de uma lavagem igual ao nazismo, aliás, os sionistas ainda
se mancomunaram com Hitler, mas depois saiu-lhes o tiro pela culatra. E a minha
preocupação é verificar que existe ainda entre nós a disposição para aderir
acriticamente a uma ideologia, sem se darem conta da espécie de ovo de serpente
que isso representa de alguma forma. Este problema é tão verdade quanto o
nazismo, o fascismo e afins estarem a subir eleitoralmente na Europa.
Mas pronto, tu vais cair no discurso absurdo e dizer que : "Qualquer estado tem o direito e dever
de defender o seu povo." Só falta acrescentares: "Só os palestinianos
é que não"
24 de Julho de 2014
Quando ouvires
os paladinos da liberdade e dos direitos humanos recorda-te disto:
“Os países da UE abstiveram-se e os EUA
votaram contra uma resolução do Conselho ONU para os Direitos Humanos, aprovada
hoje sobre Gaza e os Territórios Palestinianos Ocupados. Esta resolução
estabelece uma Comissão de Inquérito às violações aos DH na região, exige que
Israel cesse as operações militares e levante o bloqueio a Gaza.”
23 de Julho de 2014
Declarações do Rabi Dov Lior: (…)“in all wars the attacked people are
allowed to attack fiercely the people from whom the attackers came from and
they do not have to check if he personally belongs to the fighters. In the case
of Gaza, the Minister of Defense will be allowed to instruct even the
destruction of Gaza”
Mais um! Ia
utilizar Hitler para responder a este rabbi chola, mas é deixar que a
desumanidade deste sionismo me contagie também. Fiquem com a leitura. Ficarei
triste se depois de tudo isto ainda tiver amigos com dificuldade em condenar
Israel, ou dizer que a culpa é dos dois, que é a forma manhosa de dizer o
mesmo.
23 de Julho de 2014
Ainda não
confirmei a notícia, mas aqui fica a partilha:
"Desde Gaza há 3 horas atrás: muito
urgente: a única central eléctrica da faixa de Gaza parou de funcionar depois
de ter sido bombardeada pelas tropas israelitas."
Sem água, sem
casas, sem hospitais, sem electricidade... sem os filhos, como não é possível
que à revolta desta gente não lhe chamem terrorismo? Neste fim de linha, até
nós seríamos.
18 de Julho de 2014
“A judia Ayelet Shaked do parlamento
israelense marca todos os palestinos como terroristas, dizendo que as mães de
todos os palestinos devem ser mortas durante o ataque israelense em curso sobre
a sitiada Faixa de Gaza
Ayelet Shaked judia do partido (Início)
ultra-nacionalista diz que as mães palestinas dão à luz cobras.
"Eles têm que morrer e as suas casas
devem ser demolidas para que elas não possam suportar mais nenhuns
terroristas", disse Shaked, acrescentando: "Eles são todos nossos
inimigos e seu sangue deve estar em nossas mãos. Isso vale também para as mães
dos mortos terroristas ".
Quem diria que
os netos do Holocausto se viriam a deslumbrar um dia pelo ódio que o tornou
possível? Todos os dias nos dão motivos para repensarmos este problema. A
assumpção deste poder e a forma como o exercem é o melhor indicativo que também
eles virão a cair com estrondo. É isso que nos diz a história destes impérios
do mal.
E diria mais,
esta Ayelet não estará a cometer um crime qualquer à luz de um Tribunal Penal
Internacional ? Não é tamanha a gravidade do que diz?
18 de Julho de 2014
Renato
Teixeira escreveu: “Declaro-me em guerra
contra o Estado de Israel e o nazi-sionismo. Por uma Palestina laica,
pluri-religiosa e independente!”
So do i.
18 de Julho de 2014
Hikmat Ajjuri escreveu:
(...) O Direito Internacional existe para manter a lei em ordem por
todo o mundo. Existe para impedir qualquer indivíduo ou estado de perseguir e
matar civis ou danificar a sua infraestrutura. No entanto, Israel viola o
Direito Internacional e os Direitos Humanos contra os palestinianos sob a sua
ocupação militar, num desafio total à comunidade internacional.
Isto não acontece apenas nos dias de hoje, sob o pretexto dos colonos
israelitas desaparecidos, mas quase a toda a hora desde a criação do estado de Israel.
(...)
18 de Julho de 2014
DIVULGUEM ESTE VÍDEO. ELE EXPLICA
O QUE MUITOS TEIMAM EM NÃO ENTENDER.
E agora o que respondem vocês? os
indiferentes à chacina que Israel faz em Gaza? Vou ser inconveniente com
alguns: colocando-se ao lado da besta, pouco diferença fazem dela . A
brutalidade deste processo é a confirmação de que sionismo e o nazismo são duas
forças negras que mergulham no mesmo axioma: a erradicação dos corpos estranhos
à constituição da Nação, não importa de que forma, mas sempre brutal. Para os
nazis os corpos estranhos foram os judeus. Agora para os sionistas são os palestinianos.
E esta saga na Palestina já dura desde 1948 como muito bem explica o vídeo.
Eles não têm mais para onde fugir, e a vossa fuga à condenação – honesta – do
que viram ou não quiseram ver, também não tem mais espaço para onde
esquivar-se: se não condenam – honestamente – fazem parte da mesma besta humana
em que se tornaram os judeus da Palestina.
17 de Julho de 2014
E agora o que respondem vocês? os
indiferentes à chacina que Israel faz em Gaza? Vou ser inconveniente: estou-me
cagando para que a violência deste vídeo vos violente também, mas só vêem se
quiserem. Caso não vejam, esta brutalidade é a confirmação de que sionismo e nazismo
são duas forças negras que mergulham no mesmo axioma: a erradicação dos corpos
estranhos à constituição da Nação, mesmo que de forma brutal. Para os nazis
foram os judeus, e agora para os sionistas, os palestinianos. E esta saga na
Palestina já dura desde 1948. Eles não têm mais para onde fugir, e a vossa fuga
à condenação – honesta – do que viram ou não quiseram ver, também não tem mais
espaço para onde esquivar-se: se não condenam – honestamente – fazem parte da
mesma besta humana
16 de Julho de 2014
Excelente texto que é preciso
divulgar. É um sufoco não sabermos o que podemos fazer. Isto faz-nos desejar
que as coisas lhes acabem mal, mas acabar mal naquelas circunstâncias ali, pode
ser mais uma tragédia de proporções incalculáveis. Em relação ao Holocauto,
Israel está agora na proporção inversa e a cavar o suicídio do seu povo, por
uma razão muito simples que a história dita, não há Impérios eternos, e todos
eles caíram com enorme estrondo. Só vejo nuvens negras para os judeus da
Palestina. Desta forma, a sua hora chegará.
16 de Julho de 2014
“Nós, Palestinianos enclausurados numa Gaza cercada e ensanguentada,
apelamos às pessoas de consciência de todo o mundo para que ajam, protestem
e intensifiquem os boicotes,
desinvestimentos e sanções contra Israel até que o mesmo cesse est...”
14 de Julho de 2014
“Às três da madrugada (horário de Gaza), de 9 de julho, durante o
último exercício de selvajaria de Israel, recebi um telefonema de um jovem
jornalista palestiniano em Gaza. Ao fundo, podia ouvir o lamurio do seu filho
pequeno, entre sons de explosões de jatos, atirando sobre qualquer civil que se
mova e sobre casas. Ele acabava de ver um amigo, num carro claramente
identificado como “imprensa”, voar pelos ares. E ouvia gritos ao lado da sua
casa, após uma explosão — mas não podia sair, ou seria um alvo provável. É um
bairro calmo, sem alvos militares – exceto palestinianos, que são presas
fáceisl para a máquina militar de alta tecnologia de Israel, abastecida pelos
Estados Unidos. Ele contou que 70% das ambulâncias tinham sido destruídas e,
até àquele momento, mais de 70 pessoas [o número subiu para 120 na sexta, 11/7,
segundo o Guardian] tinham sido mortas e 300 feridas – cerca de 2/3, mulheres e
crianças. Poucos ativistas do Hamas, ou instalações para lançamento de rockets,
tinham sido atingidas. Apenas as vítimas de sempre.
É importante entender como se vive em Gaza, mesmo quando o comportamento
de Israel é “moderado”, no intervalo entre crises fabricadas, como esta. Um bom
retrato está disponível num relatório da UNRWA (a agência da ONU para
refugiados palestinianos) preparado por Mads Gilbert, o corajoso médico
norueguês que trabalhou extensivamente em Gaza, mesmo durante os ataques
mortíferos de Israel. A situação é desastrosa, por todos os ângulos. Gilbert
narra: “As crianças palestinianas em Gaza sofrem imensamente. Uma vasta
proporção é afetada pelo regime de desnutrição imposto pelo bloqueio israelita.
A prevalência de anemia entre menores de dois anos é de 72,8%; os índices
registados de síndrome consuptiva, nanismo e sub peso são de 34,3%, 31,4% e
31,45%, respetivamente”. E estão a piorar.
Quando Israel está em fase de “bom comportamento”, mais de duas
crianças palestinianas são mortas por semana – um padrão que se repete há 14
anos. As causas de fundo são a ocupação criminosa e os programas para reduzir a
vida palestiniana a mera sobrevivência em Gaza. Enquanto isso, na Cisjordânia
os palestinianos são confinados em regiões inviáveis e Israel tomas as terras
que quer, em completa violação do direito internacional e de resoluções
explícitas do Conselho de Segurança da ONU – para não falar de decência.
E tudo isso vai continuar, enquanto for apoiado por Washington e
tolerado pela Europa – para nossa vergonha infinita".
Tradução: António Martins
Artigo publicado em Outras Palavras
Noam Chomsky
Linguista, filósofo e activista político americano”
13 de Julho de 2014
“ Apelo a todos independentemente das ideologias partidos q mostramos a
solidariedade portuguesa, lembram Timor? O que fizemos!?? ”
Lembro-me de Timor ter sido a
vergonha do esquecimento durante muitos anos, quando alguns timorenses faziam
vigílias em noites frias de Inverno em Lisboa, que me comoviam por sermos meia
dúzia.
Lembro-me depois, mais tarde,
numa espécie de assomo da nossa vergonha termos acabado por escrever uma das
nossas mais bonitas páginas da História. Envolvi-me de tal forma que até levei
amigas francesas a perguntar entre eles o que é que se passava em Timor.
Acordamos o Mundo para a limpeza que se estava a fazer a um povo. Falta aos
palestinianos terem um povo como nós fomos naquela altura.
13 de Julho de 2014
É impressionante como americanos
e judeus considera que a colonização e a ghetização que têm feito do território
palestiniano desde que os EUA e a Inglaterra inventaram o Estado de Israel em
cima do povo da Palestina, desalojando-os de suas casas e do território onde
sempre viveram, reduzindo-os as corredores isolados e cercados de muros e
metralha, considerem que nada disso são “vicious attacks” a um povo, para dessa
forma melhor poderem legitimar os massacres e a limpeza étnica que vêm fazendo.
Isto não vai acabar bem para aqueles dois povos. Os palestinianos estão
prisioneiros e perdidos, mas os judeus ainda estão a tempo de evitar mais uma
tragédia de proporções incalculáveis. Basta olhar para a história para se saber
que o poder nunca é para sempre e quando se perde acaba mal. E isto vai novamente
acabar mal.
11 de Julho de 2014
Os culpados disto foram a
Alemanha de Hitler, primeiro, e os EUA e Inglaterra depois, quando criaram um
Estado por cima de um povo. Os palestinianos é que não têm culpa nenhuma, são
apenas vítimas. Temos a responsabilidade de dizer que não concordamos com o que
está a acontecer. Vou logo ao Rossio às 18:00 dizê-lo.