"O
Azevinho ou Ilex
A
madeira do azevinho é muito pesada e, tal com a madeira do buxo (Buxus
sempervirens), não flutua na água. É uma madeira branca ou acizentada, de
textura fina e uniforme, dura e difícil de trabalhar. É muito apreciada em trabalhos
de marcenaria. Absorve bem os corantes e é frequentemente tingida de negro
para imitar o ébano, madeira africana usada nos móveis de luxo.
O
azevinho é uma planta medicinal e muito tóxica: 20 a 30 frutos podem causar a
morte a um adulto. O azevinho contém rotina, ilicina e teobromina e
atribuem-se a esta planta propriedades antireumáticas, antipiréticas,
antidiarreicas e espasmódicas Usa-se uma cocção das folhas de azevinho para
tratar o reumatismo, a gota, a atonia intestinal, a diarreia, a febre e até a
gripe. No passado usavam-se as folhas como diurético e os frutos como purgante
ou vomitivo. Em doses baixas, primeira fase da intoxicação,
os frutos atuam como um purgante drástico e depois causam diarreia, vômitos,
convulsões e, no limite, a morte.
O
corte de ramos de azevinho ligado a certas celebrações
religiosas –
principalmente o Natal –
é na verdade um costume pagão muito antigo. Existem referências
da utilização de azevinho nas festa
Saturninas, em honra de Saturno, que se celebravam na antiga Roma (segundo a
história o azevinho era a planta sagrada deste deus) As Saturninas ocorriam
entre 17 e 23 de dezembro e nestes dias as casas eram decoradas com ramos e
coroas de azevinho, bem como com gilbardeira (Ruscus aculeatus) e outros ramos
de árvores e arbustos de fruto escuro. Com este gesto pretendia-se honrar
certas deidades que estavam sob a tutela destas plantas. Os ramos e coroas
desta plantas, depois de secos, eram queimados, para purificar.
Existe
igualmente uma lenda cristã associada ao azevinho. De acordo com essa lenda,
quando a Sagrada Família era perseguida pelos soldados do rei Herodes, que
queria matar Jesus, o azevinho forneceu-lhe proteção.
Reza a lenda que Maria, ao ver que os soldados estavam muito perto se aproximou
de um azevinho (que na altura ainda era uma árvore de folha caduca) e lhe
pediu que os escondesse. E, milagrosamente, as folhas do azevinho cresceram e
esconderam a família. Muito reconhecida, Maria abençoou
a planta, concedendo-lhe o dom de se conservar para sempre verde. E foi assim
que o azevinho se tornou um arbusto de folha persistente. O azevinho tornou-se
assim símbolo do Natal pelo seu papel de proteção de Jesus.
Esta
associação ao Natal teve um elevado
custo para esta espécie no nosso país. Está protegida por lei desde 1989". Fonte Wikipédia.
Dito
isto, não te rales, porque o viveiro onde o comprei tem um certificado do ICN
no balcão que o autoriza a transportar e a vender. Faz alguma coisa pela
sobrevivência desta bonita espécie. Planta-o onde melhor entenderes desde que
numa zona pouco ensolarada porque gosta do fresco. Se for numa sombra virada a
norte apanha muito pouco sol. Vê se consegues que sobreviva.
Bom
Natal, porque o festejo sempre, ainda que seja o lado humano que me arrasa sempre e não o religioso, porque esse ficou lá para trás nos tempos em que questionei todos os dogmas que não me faziam sentido. Cliquem nesta musiquinha, cantada pela Jana num dialeto indio Arapaho.
1 comentário:
Acabei de ler seu post e achei interessante comentar, belo post.
numero da lorena improta
Enviar um comentário