Caro Egas, em alguma coisa haveríamos de divergir. Interpretaste mal o sentido da minha posição em relação aos transgénicos, mas a culpa é certamente minha porque saíu assim de rajada sem grande preocupação de rever o que escrevi. Também me parece que a tua opinião passa muito pelo facto de ser a tua área de estudo que te leva a encarar com paixão o que fazes, sem te interrogares muito sobre outras vertentes do aproveitamento económico que é feito da área que investigas.
Diz-me, se uma comunidade rural distante e isolada, poderá desta forma – o dominio absoluto dos transgénicos - continuar a deitar semente à terra, colher o produto, reservar como sempre uma parte para a semente e voltar ao cultivo na próxima época de sementeira?
Diz-me, se não consideras haver no mundo excedentes agrícolas, mesmo antes dos transgénicos, sendo o problema da fome uma outra questão que não passa por aqui?
E diz-me, como homem de ciência, se devemos considerar que a selecção ou cruzamento das espécies de uma forma natural é o mesmo que a manipulação artificial dos seus genes?
Diz-me, se uma comunidade rural distante e isolada, poderá desta forma – o dominio absoluto dos transgénicos - continuar a deitar semente à terra, colher o produto, reservar como sempre uma parte para a semente e voltar ao cultivo na próxima época de sementeira?
Diz-me, se não consideras haver no mundo excedentes agrícolas, mesmo antes dos transgénicos, sendo o problema da fome uma outra questão que não passa por aqui?
E diz-me, como homem de ciência, se devemos considerar que a selecção ou cruzamento das espécies de uma forma natural é o mesmo que a manipulação artificial dos seus genes?