(Reeditado por inclusão de Nota)
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Tomar uma posição sobre a avaliação dos professores, não sendo professor, seria meter a foice em seara alheia com a possibilidade de o fazer de forma errada. Se o fizesse com base no que ouço, não seria mais do que debitar uns bitaites sobre alguma coisa que ouvi e nessas circunstâncias corria o tal risco de estar apenas a achar que. Prefiro assim escrever sobre o entendimento que tenho disto, balizado em percepções que tinha anteriores a este braço de ferro.
Devo confessar que depois das refregas para consolidação de Abril, algumas lutas me desiludiram, dando por mim muitas vezes quase levado para a defesa de corporativismos que abomino, por serem o contrário daquilo em que acredito. Tornei-me então mais cauteloso. Mas o que já escrevi sobre os Professores e o Ensino não deixam dúvidas e atestam a importância que atribuo à dignificação da sua carreira, sem a qual não me parece que venhamos a ter os tais grandes professores que nos ensinaram e respeitamos. Essa grande mudança, é também um processo doloroso para os professores mas parece que deve ser feita, e também por eles. Por aqui se vê que não vai ser fácil, porque serão também as relações pessoais a estar em risco.
Um dos problemas com que os professores se debatem, dizem-me, tem a ver com a panóplia das suas funções. É curioso, mas este blog está em posição de confirmar que isso é verdade. Experimente pesquisar no Google a frase: qual a função do professor. É isso, vem parar ao Arroios. Esta frase é a mais pesquisada no acumulado do Sitemeter deste blog, o que nos diz que há muita gente com dúvidas sobre o que deve ser a Função do Professor. Se assim é, há qualquer coisa por esclarecer e talvez os professores tenham a sua razão. Faça lá a pesquisa, Senhora Ministra!
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Nota: Algures neste blog, iniciei um post com esta introdução: "... Acresce que, em Portugal, a escola se tornou, sem meios humanos e materiais para tal, um espaço multifuncional: aulas, dinamização social e cultural, apoio social, despiste de casos de diversas disfunções, acolhimento multiétnico, integração do indivíduo na sociedade, ocupação de tempos livres, ... Relegando um discurdo de vitimização, é pertinente clarificar e fundamentar a amplitude da função de professor na actualidade."
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Extrato do artigo, "E se, porventura, o ME tivesse razão?", do Prof. João V. Faria, da Revista Pontosnosii, de Outubro 2006.
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