20 setembro 2011

Chiça prà “pièce de resistence”

Há no dia a dia da fala dos portugueses excesso de estrangeirismos insuportáveis quando temos na Língua Portuguesa termos com a mesma significação, não tanto pela pressão que exercem porque o futuro de uma Língua viva será sempre o produto do que os seus falantes fizerem dela mas, porque estes modismo em doses maciças, lhe reduzem não só a plasticidade fazendo dela uma caixa de ressonância de outras, como revelam muitas vezes falsos sinais de erudição a roçar o pedantismo.

O caso mais recente é o da pièce de resistence que todos os dias ouvimos agora. Gostaria de saber quem foi o importador, não para o causticar, porque esse poderá ter sido o único a fazê-lo bem, mas para conhecer este estranho mecanismo da propagação virulenta de termos estrangeiros, como se tivessem acabado de ser descobertos. Ficam desta questão salvaguardados, os termos técnicos e científicos e os que não têm correspondência, alguns dos quais virão até um dia a ser definitivamente incorporados, mas por dá cá aquela palha aplicar galicismos, anglicismos e outros, sem nenhum propósito que não seja o do exibicionismo puro, deveria fazer-nos pensar enquanto parte dos muitos milhões de falantes da Língua por esse mundo.

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