Os dedos em riste no teclado. Uma tensão. Uma raiva. Um turbilhão de palavras em atropelo e uma dificuldade em escolher a forma de dizer. Seria como se retirada a tampa, as palavras jorrassem do topo da página e numa impossibilidade de alinho se precipitassem numa resma de letras sem sentido, fulminadas pela pressa.
Paro para me lembrar da cara do Passos de cada vez que o vejo repetir aquelas medidas, mas ele não tem infelizmente a cara de um Jardim, um Guilherme Silva, um Relvas, um Crespo, um Loureiro, um daqueles sabujos que me levariam a premir o dedo da pistola virtual que lhes tenho apontada à raiz do olhar. Ele tem aquela cara de um naif apalermado a quem não dá jeito dar dois pares de estalos. Esqueci-me de Cavaco, o pai deles. Incluam-no.
Paro para me lembrar da cara do Passos de cada vez que o vejo repetir aquelas medidas, mas ele não tem infelizmente a cara de um Jardim, um Guilherme Silva, um Relvas, um Crespo, um Loureiro, um daqueles sabujos que me levariam a premir o dedo da pistola virtual que lhes tenho apontada à raiz do olhar. Ele tem aquela cara de um naif apalermado a quem não dá jeito dar dois pares de estalos. Esqueci-me de Cavaco, o pai deles. Incluam-no.
Hoje, sobra-me a impotência em escrever alguma coisa alinhada, tal é a revolta pela forma estranha de lutar contra o déficite: quando é que penalizar em 7% os descontos dos trabalhadores, para dar às empresas, vai contribuir para reduzir o déficite?
Entretanto, numa esplanada do Porto, um gebo com o Expresso à frente diz-nos que “...ele não tinha outra hipótese de fazer o que está a fazer”. Virei a pistola e dei um tiro neste cabrão. Se ele aparecer morto passem a acreditar na interferência do espírito sobre a matéria.
1 comentário:
Bravo!
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