19 janeiro 2013

Desatentos, desorganizados e desmobilizados.



Do Facebook:

“Vou clicar “Talvez” para poder dizer apenas o que penso e porque não sei se ganharei ânimo até lá.

“Norte e Sul unidos por uma causa…BASTA”. “Norte e Sul”. “causa”. “unidos”. Mas porquê Norte e Sul? Há algum problema em Portugal entre o Norte e o Sul, para ser Norte e Sul “unidos”? É que até parece que andam desunidos e se unem agora por causa de uma causa. Mas pronto foi o título escolhido que pouco diz e para o qual se tem que arranjar pica. E porquê 2 de Fevereiro? Sei lá se quando lá chegar vou ter vontade de vir prá rua em nome não sei já de que slogan? Como é possível mobilizarmos-nos se chegamos a um ação só com a tralha velha que temos na cabeça, já mais do que vertida em todas as ações em que andamos? Por que razão não estão atentos ao que se passa, ligados, bem conectados, “unidos”, o tal “hub”, lembram-se? A “rede”! Uma porra de uma “caixinha” ou “plataforma” ou o que lhe queiram chamar onde todos se reconheçam e ninguém consiga tocar na capelinha que cada um comanda, e saem prá rua quando deveriam efetivamente sair porque há um motivo que indigna? Agora, indignar-me com data e hora marcada?! Eh pá! Isso não é verdadeiro. É já do foro da teatralidade. Onde andaram nestes últimos quatro dias? Estiveram cá? Souberam o que se passou no Palácio Foz? Pois é… Faltou “hub”. A vossa negligência e a de muito Povo desatento causou-me mossa, porque me desanimou. Entretanto eles apregoaram que falaram em vosso nome: no da sociedade civil! Mas não me pareceu que isso vos indignasse porque não estiveram lá.

Desculpem lá este desabafo, mas o que quero transmitir é que não vale a pena enchermos terreiros e praças se não for com indignação verdadeira. Irmos para isto entre um chá, uma torrada e uma mini, num dia em que eles até nem estão a fazer mal nenhum e desprezar-mos aqueles em que estão num púlpito a falar em nosso nome e a calar toda a Comunicação Social, é mesmo de arrepelar os cabelos! Alguma coisa de errado se passa connosco quando achamos que com praça cheia, tá bom, resultou.”

Resumindo: é isto que os leva a sentir falta de pressão e traz os moedas e os relvas em roda livre a cumprir a sua agenda. Esta agenda:

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