Conta-se que é fácil apanhar uma macaca se lhe pusermos um
saco de amendoins com um pequeno orifício onde lhe caiba a mão. A mão vazia entra,
mas cheia não sai. É aí que a macaca é apanhada: na ganância do ter.
Estava por aqui às voltas na escolha de vilipêndios com que
mimar Assunção Cristas, pela forma burra como legisla, - aos olhos da análise d’hoje
-, quem sabe se corrupta aos olhos de uma análise futura, por sucumbência ao
canto dos poderosos interesses de Imobiliárias, quando ouvi num canal
de TV, julgo que um encenador, referir-se a uma peça de teatro onde, no enredo,
o problema da casmurrice dos macacos era abordado de uma forma também figurada,
e acabava dizendo mais ou menos assim:
.
.
- “Sabe? É que, o que o macaco quer é ter.
Ter, ter até chegar a Ministro.”
Cá me queria parecer que não é uma questão de género. Tanto
faz, ser um ou outro.
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