Que bomba de discurso este, gente! Não há quem coloque legendas
para que todos o entendam? Em todas as línguas do mundo se possível? Não
importa que seja Matt Damon, um menino do cinema a dizer este discurso de Howard Zinn, tem até mais
relevância do que se fosse um político. Vamos partilhar isto! Temos um mundo
inteiro a reclamá-lo. Temos exércitos de famintos a reclamarem de nós um pouco
de atenção. Façam-no, não só por vocês, mas por eles.
25 novembro 2013
09 novembro 2013
Comemorações
Comemora-se quase em simultâneo o centenário do nascimento
de Álvaro Cunhal, e os 96 anos da Revolução Russa de 1917.
Nada tenho contra Álvaro Cunhal, andei até com ele nas
lutas e Abril, e sim reconheço-lhe o valor de um lutador incansável que ajudou à sua
maneira a derrotar o fascismo. Entre as duas comemorações decidi por assistir ao
da explicação da revolução de 1917, por maior desconhecimento do facto.
O que sabemos de um acontecimento passado é o que o filtro histórico
dos vencedores lhe aplica, e no caso da Revolução Russa, o vencedor foi
Stalin, não é por isso de estranhar que muito pouco se ouça falar dos que foram
derrotados e como foram, e é assim que outra versão dos acontecimentos vai
fazendo caminho, mas não devia, porque aquele período teve outros protagonistas
e cada um deles teria a sua versão do que se passou se tivesse sobrevivido, e o
facto do seu depoimento não ser coincidente só serviria para enriquecer o
relato.
Trotsky foi um desses, mas foi dos últimos a ser eliminado na
América Latina, pelas secretas do nosso vencedor, mas não foi o único, porque
de um Comité Central de 26 elementos sobreviveram 4, três por razões especiais,
e um por ser ele próprio: Stalin.
Podem conferir-se por baixo das fotos, o motivo da morte de
cada um. Não é justo.
Encontrei duas fotos que ilustram bem esse período. Uma que
é sintomática da lavagem feita através da manipulação da fotografia, havendo
mais exemplos destes, e a outra que explica porque triunfou Stalin. A revolução
russa derivou aqui para uma outra coisa. O resultado foi o que se viu.
08 novembro 2013
Onde é o limiar da pobreza?
A propósito da classificação, sim
ou não, dos portugueses no limiar da pobreza.
Ó amigo, nós vivemos no nosso meio e não nos deslocamos para esse outro por uma questão de comodidade, porque a pobreza extrema, incomoda. Se tentares deslocar-te para o outro vais ter surpresas e talvez retifiques o que disseste. Além do mais há a pobreza "portuguesa" que é diferente porque é envergonhada. Há nos portugueses um orgulho que não os deixa exporem-se como pobres, sofrem em silêncio. Se fores ao Alentejo verás bem isto que digo, ninguém quer saber-se publicamente pobre e em dificuldades. É por isso que a partilha nas vilas e aldeias do Alentejo que conheço é uma das nossas melhores redes de assistência, quem tem um pouquinho mais, vai partilhar com a vizinha, dá, sem pedir em troca, se tem cinco ou seis melões oferece dois, e o retorno dessa solidariedade recebe depois de outra forma. Habituámos a ver-nos assim e já não nos consideramos pobres, porque pobres são depois só aqueles que já caíram na valeta e se arrastam na miséria total. Baixamos demasiado as exigências daquilo a que temos direito. Essa conversa do limiar da pobreza é coisa que ouvimos de quem se passeia nas alcatifas dos gabinetes, nasceu numa grande urbe, cursou numa escola de elite, mas nada sabe da nossa realidade. Sei que não querias dizer exatamente isso, transmitiste um chavão que vais ouvindo, mas olha que te estão a enganar.
Ó amigo, nós vivemos no nosso meio e não nos deslocamos para esse outro por uma questão de comodidade, porque a pobreza extrema, incomoda. Se tentares deslocar-te para o outro vais ter surpresas e talvez retifiques o que disseste. Além do mais há a pobreza "portuguesa" que é diferente porque é envergonhada. Há nos portugueses um orgulho que não os deixa exporem-se como pobres, sofrem em silêncio. Se fores ao Alentejo verás bem isto que digo, ninguém quer saber-se publicamente pobre e em dificuldades. É por isso que a partilha nas vilas e aldeias do Alentejo que conheço é uma das nossas melhores redes de assistência, quem tem um pouquinho mais, vai partilhar com a vizinha, dá, sem pedir em troca, se tem cinco ou seis melões oferece dois, e o retorno dessa solidariedade recebe depois de outra forma. Habituámos a ver-nos assim e já não nos consideramos pobres, porque pobres são depois só aqueles que já caíram na valeta e se arrastam na miséria total. Baixamos demasiado as exigências daquilo a que temos direito. Essa conversa do limiar da pobreza é coisa que ouvimos de quem se passeia nas alcatifas dos gabinetes, nasceu numa grande urbe, cursou numa escola de elite, mas nada sabe da nossa realidade. Sei que não querias dizer exatamente isso, transmitiste um chavão que vais ouvindo, mas olha que te estão a enganar.
Aqui tens um vídeo para repensares
o limiar da pobreza:
Combate à pobreza e exclusão social. Reportagem RTP. Ana Luisa Rodrigues.
06 novembro 2013
Subscrever:
Mensagens (Atom)