Foi de mau gosto e cegueira política ter-se elevado um símbolo
partidário à dimensão de estátua, mas foi também uma aberração que a homenagem ao
seu personagem central ocupasse nela uma pequena parte do monumento, numa
espécie de versão degolada, sendo o resto, a ostentação provocatória de um símbolo
partidário. Imaginem que era o PCP que estava na Câmara e a coisa se fazia com
Álvaro Cunhal, a foice e o martelo?
Passamos todos estes anos na espectativa de que aquilo fosse
algum vanguardismo difícil de interpretar, mas a estátua continua a não se
elevar para além da enorme tristeza do monumento funerário que é, só restando uma
opção, - não digo que seja a do camartelo que é recomendado para os dois
Centros Comerciais do Martim Moniz – mas a desmontagem da estrutura, para não
ficar ad eternum a perpetuar o mau gosto dos cidadãos de Lisboa, através da
indigência do elenco camarário que teve a cegueira de ali plantar um símbolo
partidário, e logo numa das principais entradas da cidade. Tenham juízo quando se reunirem para desmontar o mausoléu. Ver aqui.
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