24 abril 2012

Ao lado dos militares


É difícil entender este Partido Comunista. Esta atitude contra a decisão da Associação 25 de Abril, que entendeu não comemorar oficialmente o 25 de Abril, transferindo essa oficialidade para a rua, é do mais básico sectarismo, porque, o seu problema não é que esta decisão desvalorize “o dia”, conforme dizem, porque é até demasiado óbvio que esta decisão até o reforça, o seu problema volta a ser o mesmo: os pintos debaixo das asas, e é este calculismo, o mesmo que os faz descer o Chiado com meia dúzia de bandeirinhas para desvalorizar outras ações de Esquerda, que faz dele o partido fossilizado em que há muito se tornou. É uma tristeza esta forma cinzenta de fazer política, e não entendo que quem neles acredita não se revolte com esta contenção a que é obrigado. Como é possível que a liberdade de ação assim cortada não lhes salte do peito?

2 comentários:

Alexandre de Castro disse...

Eu também não percebi!...

Graza disse...

... e não imagina como vindo de si, isso conforta a minha indignação. É que acho que chegou o momemto de não andarmos com jogos, para isso já nos bastou os que tivemos, é tempo de perceber que há riscos maiores, as lutas de hoje não têm que ser iguais às de ontem. Estão em germinação novas formas que é preciso saber acompanhar SEM MONOPOLIZAR. Nunca como hoje desde o 25 de Abril me sinto tão radicalizado e conhecendo-me, sabendo como luto com o meu rigor mas também com a minha tolerância, imagina o que terá sido preciso para me fazer chegar aqui. Suponho que o mesmo se passará com muitos iguais a mim, é por isso que não entendo que não se perceba a razão deste murro na messa dos militares que estão ainda associados naquela A25A. Não quero acrescentar mais, porque a partir daqui seria divir a esquerda numa causa que deveria ser comum.