Es.cola da Fontinha
“Uma escola no Bairro da Fontinha no centro do Porto que se encontrava abandonada e completamente vandalizada há cinco anos, sim, cinco anos, foi completamente recuperada com a ajuda de gente do bairro, por jovens“Okupas”, rapazes com formação e vontade de ajudar, e nela desenvolvia com os habitantes locais, apenas isto: «começou o projecto educativo, dando-se aulas de inglês, geografia e história a crianças do bairro», bem como se desenvolveu um conjunto de actividades como «xadrez, guitarra e ioga».” Mas esta manhã,ponto final. A “democracia” funcionou e o “atentado” ao “Estado de Direito” que se exercia naquela escola foi finalmente dominado: os jovens “Okupas” e os habitantes que beneficiavam daqueles serviços foram desalojados para repor a Lei e a Ordem. Definitivamente, cada vez mais esta democracia se afasta do cidadão. Só há uma solução: implodi-la, para que a participação seja possível e o cidadão tenha uma palavra. Alguém nos anda a sequestrar direitos, baseado no Direito. Não me venham com a lei, porque na prática ela não está feita para o pobre.”
Este texto não é d'hoje mas é atual, parece que foi escrito para o que acaba de acontecer na Es.cola da Fontinha, mas na verdade tem quase
um ano. São coisas destas que cada vez mais justificam a refundação desta Democracia,
nem que para isso se tenha que falar da aberração do povo que somos quando não
se levanta de podões e forquilhas na mão para repor a decência no Estado.
2 comentários:
O povo é manso. Basta ver as sondagens e a evolução das intenções de voto para não termos dúvidas que somos extremamente comodistas. O 25 de Abril como sucedeu? Foi o povo que foi para a rua? Não. Foram uns quantos capitães e só depois, quando a revolução - pacífica - estava praticamente consumada, é que sairam para a rua.
Abraço.
É verdade que devemos ser um caso de estudo. Ir por esse país e verificar como somos ainda tão permeáveis a todas as formas de caciquismo é triste.
Um abraço.
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