Guiado pelo espírito de Almada, Salaviza deixou de João Pereira Coutinho os ossos ao sol, ao não permitir a impunidade do ataque aos cineastas portugueses feita num artigo publicado no Correio da Manhã, por JPC, que diz tratar-se de “chantagear a caridade do Estado”. Considerando João Salaviza ter sido tratado como indigente, deu-lhe a devida resposta. Para ler a notícia prefiro deixar o link para o Diário Liberdade, do “Portal anticapitalista da Galiza e os países lusófonos”, do que para o jornaleco que publicou o artigo.
Bravo João Salaviza, porque de jota pê cês destes a história nada dirá um dia. São droides descartáveis pelo sistema; são um subproduto do neoliberalismo arrogante que tem vindo a triunfar à custa do aumento da desigualdade entre os homens. Ou melhor, talvez encontremos um dia num museu um exemplar destes, preservado em formol, porque a cultura da Humanidade não pode perder a memória.
2 comentários:
Salaviza até foi comedido, contido. Muito mais poderia ter escrito...
Há muito que digo que este governo tem, acima de tudo, um problema gravíssimo de formação (ou falta dela). É constituído e apoiado por gente que se acha superior, naturalmente superior e com o direito a ter o melhor e apenas para si. Esta gente não aguenta ver gente pobre, que vem do interior (não da Linha ou da Lapa), humilde e trabalhadora que concorre aos melhores cargos, seja no público (no poder) seja no privado, nas empresas. Esta gente é saudosista do passado, em que apenas os filhos deles têm direito à melhor edudação, à saúde, à Justiça, à Cultura, às melhores condições de vida. Os que não têm sangue azul ou não são das famílias de nomes ponposos são seres inferiores, da plebe, que deverão remeter-se à sua ignorância. Esta gente, que finalmente conseguiu mandar nisto, tudo tem feito - e quanto mais depressa melhor - para voltar a por o País como há 40 anos atrás. Os primeiros resultados estão aí, para quem os queira ver. Quem não quiser, não venha mais tarde queixar-se. Foram avisados e a tempo.
Abraço.
Bravo para si também Ricardo! Tivesse chapéu estaria a fazer-lhe a vénia que merece. Não podemos deixar estes camafeus continuar a aparecer sem que caia sobre eles uma censura geral. Se os media não o permitem, temos que ser nós aqui a fazê-lo.
Gostei da veemência do seu comentário.
Abraço.
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