Amigo Grazina: Estamos a caminhar para o abismo. Ontem escrevi isto no meu blogue: "Uns, poucos, perceberam logo à primeira. Depois, mais um outros também vieram a perceber o esquema da fraude. Aqueles que acreditavam ingenuamente a acreditar na bondade do sistema, só perceberam quando a crise lhes bateu em cheio na cabeça. Mas ainda há uma maioria que nunca ira perceber o que está a acontecer-lhe. A ignorância da maioria é o cimento do poder da minoria".
Se não houver a intervenção de alguém ou de um grupo de pessoas com capacidade e conhecimento para alterar o rumo da política miserável do governo, claramente QUE ESTAMOS À BEIRA DE UMA DITADURA. E quando terminar o processo de silenciamento da comunicação social aí estaremos. Quanto a mim, só com a coragem que tem faltado ao Presidente da República se acabaria com este governo, que envergonha Portugal e a social democracia. Neste momento, o Presidente devia convidar um grupo de pessoas competentes, honestas, sem interesses políticos nem económicos, resistentes aos lobbies (creio que ainda se deve encontrar uma duzia de pessoas com estas características neste país!!) e formar com elas um governo. É lamentável o que se está a passar. Eu não tenho nem nunca tive filiação partidária, mas estou na área da social democracia; lamento que este primeiro-ministro - prepotente, arrogante, impiedoso, incompetente, teimoso, etc - esteja a destruir a social democracia. Acaba com a classe média e só restam os esfomeados e os muito ricos, que ele proteje. Felizmente não votei no PSD porque ele nunca me mereceu confiança!! Ainda tenho alguma esperança de um milagre.... Cristina
Deixem-me dar-vos uma resposta conjunta porque me facilita.
Ontem, quando aguardava a entrada para a tal apresentação do Ulisses, um pouco só, porque a assistência não foi tanto como esperava, o que me remete para a persistência que é necessário que as elites – elites no sentido de poucos, não no outro sentido, que vocês sabem que não reivindico nem me sinto a fazer parte – tenham, dizia, dei por mim a observar as pessoas que passavam, ou porque tinham ido comer frango ao Bonjardim, ou porque se iam alinhar ao frio numa fila para ir ouvir um qualquer concerto pimba no Coliseu, e pensei nas respostas que ouviríamos e nos esgares que fariam se lhes fosse pedida uma opinião sobre o Projeto Ulisses, ou o que acham de uma televisão pública, ou privada sem sabermos de quem é. Em alguns casos a contundência da resposta não só nos faria desistir do Ulisses, desistir das preocupações com o média, como nos faria desejar não ter nascido na mesma terra. E é aqui que a questão entronca na frase do Alexandre: “A ignorância da maioria é o cimento do poder da minoria". O défice de cidadania é assustador em Portugal, a castração social daqueles cinquenta anos ainda hoje faz mossa.
A propósito do Projeto Ulisses estou a ler o livro do Rui Tavares “A ironia do projeto europeu”e nele, curiosamente, se fala do espectro da guerra e das tais DITADURAS abordando a questão pelos paralelismos históricos, e é isso que este projeto tem também muito em conta. Mas olha querida Kestina, sabes quem é que também era (…) “competente, honesto, sem interesses políticos nem económicos, resistente aos lobbies”? Sabes? :) Deixo-te adivinhar porque tenho a certeza que te lembras. Portanto, não sei se a solução passa por aí. E o que é ainda mais grave é que tudo isto está a ser feito com o povo a observar, já viste o exemplo que se dá? O povo, algum povo, julga que isto é que vale, os valores estão colocados a este nível. É como o comportamento do pai à mesa naquela cena do "Feios, Porcos e Maus…"
3 comentários:
Amigo Grazina: Estamos a caminhar para o abismo. Ontem escrevi isto no meu blogue:
"Uns, poucos, perceberam logo à primeira. Depois, mais um outros também vieram a perceber o esquema da fraude. Aqueles que acreditavam ingenuamente a acreditar na bondade do sistema, só perceberam quando a crise lhes bateu em cheio na cabeça. Mas ainda há uma maioria que nunca ira perceber o que está a acontecer-lhe.
A ignorância da maioria é o cimento do poder da minoria".
Se não houver a intervenção de alguém ou de um grupo de pessoas com capacidade e conhecimento para alterar o rumo da política miserável do governo, claramente QUE ESTAMOS À BEIRA DE UMA DITADURA. E quando terminar o processo de silenciamento da comunicação social aí estaremos. Quanto a mim, só com a coragem que tem faltado ao Presidente da República se acabaria com este governo, que envergonha Portugal e a social democracia. Neste momento, o Presidente devia convidar um grupo de pessoas competentes, honestas, sem interesses políticos nem económicos, resistentes aos lobbies (creio que ainda se deve encontrar uma duzia de pessoas com estas características neste país!!) e formar com elas um governo.
É lamentável o que se está a passar. Eu não tenho nem nunca tive filiação partidária, mas estou na área da social democracia; lamento que este primeiro-ministro - prepotente, arrogante, impiedoso, incompetente, teimoso, etc - esteja a destruir a social democracia. Acaba com a classe média e só restam os esfomeados e os muito ricos, que ele proteje.
Felizmente não votei no PSD porque ele nunca me mereceu confiança!!
Ainda tenho alguma esperança de um milagre....
Cristina
Cristina e Alexandre. Amigos:
Deixem-me dar-vos uma resposta conjunta porque me facilita.
Ontem, quando aguardava a entrada para a tal apresentação do Ulisses, um pouco só, porque a assistência não foi tanto como esperava, o que me remete para a persistência que é necessário que as elites – elites no sentido de poucos, não no outro sentido, que vocês sabem que não reivindico nem me sinto a fazer parte – tenham, dizia, dei por mim a observar as pessoas que passavam, ou porque tinham ido comer frango ao Bonjardim, ou porque se iam alinhar ao frio numa fila para ir ouvir um qualquer concerto pimba no Coliseu, e pensei nas respostas que ouviríamos e nos esgares que fariam se lhes fosse pedida uma opinião sobre o Projeto Ulisses, ou o que acham de uma televisão pública, ou privada sem sabermos de quem é. Em alguns casos a contundência da resposta não só nos faria desistir do Ulisses, desistir das preocupações com o média, como nos faria desejar não ter nascido na mesma terra. E é aqui que a questão entronca na frase do Alexandre: “A ignorância da maioria é o cimento do poder da minoria". O défice de cidadania é assustador em Portugal, a castração social daqueles cinquenta anos ainda hoje faz mossa.
A propósito do Projeto Ulisses estou a ler o livro do Rui Tavares “A ironia do projeto europeu”e nele, curiosamente, se fala do espectro da guerra e das tais DITADURAS abordando a questão pelos paralelismos históricos, e é isso que este projeto tem também muito em conta. Mas olha querida Kestina, sabes quem é que também era (…) “competente, honesto, sem interesses políticos nem económicos, resistente aos lobbies”? Sabes? :) Deixo-te adivinhar porque tenho a certeza que te lembras. Portanto, não sei se a solução passa por aí. E o que é ainda mais grave é que tudo isto está a ser feito com o povo a observar, já viste o exemplo que se dá? O povo, algum povo, julga que isto é que vale, os valores estão colocados a este nível. É como o comportamento do pai à mesa naquela cena do "Feios, Porcos e Maus…"
Dois abraços.
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