14 fevereiro 2013

Arrendamento: o objetivo foi despejar.




O que espanta na emergência em que se está a tornar o disparate feito com a lei dos despejos, é a falta de atenção que foi dada a tudo o que disseram os inquilinos desde que este problema do arrendamento se colocou no tempo de Santana Lopes. Ninguém neste governo ouviu ou quis ouvir. Agora que o “alarme social” surgiu e os dramas estão a bater à porta de idosos e reformados é que se propõe remendar alguns pontos. Mas não é possível porque esta lei é deficiente no esqueleto. Tem que ser revogada.

Esqueçam, os que não votam PS, que vão ouvir Miguel Coelho, porque foi uma das melhores intervenções que se ouviu no Parlamento sobre esta lei. Ponto por ponto estão apontados os erros, só uma Cristas encrençada o não reconhece.

4 comentários:

Ricardo Sardo disse...

caro amigo, tomo a liberdade de deixar aqui o link para o meu artigo de opinião no Local, desta semana, precisamente sobre a nova lei das rendas e dos despejos. um erro crasso, que daqui a cinco anos destruirá lares e famílias.
abraço.

http://local.pt/a-nova-lei-das-rendas/

Graza disse...

Obrigado Ricardo, e também por ter escrito sobre o arrendamento.
Para ser mais correto, daqui a cinco anos acabará a moratória para alguns, os que têm mais que 65 anos, e começará o livre arbítrio uma vez que nada do que está a ser dito hoje sobre a proteção das pessoas dos idosos, se fará. Para os outros, 64 anos por exemplo, o sufoco começa já.

Rogério G.V. Pereira disse...

Um bom (claro e conciso) discurso. A unidade faz-se na acção... Sou senhorio e lhe digo, meu amigo, que jamais utilizarei a força dessa lei...

Graza disse...

Rogério: Aqui está uma atitude que se enquadra perfeitamente no comentário que lhe deixei na “A Maior flor do Mundo”. Acho que devo felicitá-lo por isso. O problema é que infelizmente a detenção da propriedade que excede a de uso pessoal, ligada à ambição pelo ter, torna alguns cegos no seu egoísmo. É por isso raro encontrarmos proprietários que olhem esta questão da forma como o Rogério a olha. São de um modo geral, até politicamente, um desastre, o que se enquadra bem na forma como podemos qualificar politicamente a ambição e o egoísmo. E é por isso que com frequência generalizamos a forma cáustica como falamos dos proprietários.
Mas não me custa nada reconhecer, que há do lado dos inquilinos quem não consiga abordar o tema sem se distanciar dele para o analisar.