30 julho 2012

Os EUA querem liquidar o Euro


Uma amiga colocou no Facebook um link para esta notícia do Negócios que diz: "Rating de Portugal sofreu cortes sete vezes superiores ao que era justificável” e acrescentava e bem, que “Os EUA querem acabar com o euro e valem-se de tudo para consegui-lo.” Enquanto nos paraísos fiscais repousam triliões e triliões de dólares que fazem falta para movimentar as economias, neste caso a Europeia, os EUA recorrem às rotativas para imprimir moeda sempre que precisam enquanto a Europa vive sufocada pelos desígnios do espartilho Alemão.

Não tenho dúvida que o Euro foi vítima de uma estratégia montada logo após o a crise do sub prime nos EUA, e um dia saberemos como fomos vítimas de uma nova forma de fazer guerra, uma nova forma de tirar e obter poder, orquestrada em novos bunkers com muito menos esforço financeiro de guerra do que numa guerra convencional. O que é lamentável é que tivemos cá dentro, crápulas que esfregaram as mãos por finalmente poderem aplicar os programas que há muito reclamam, muitos vemo-los a todo o momento nos ecrãs da TV, traidores achando isto um adequado comportamento "dos mercados", coisa que um dia saberão correspondia a uma patranha alimentada por esses novos criminosos de guerra porque atacam povos indefesos. O aumento da demografia mundial reclama um novo sistema, porque o capitalismo se tornou no monstro incontrolável que temíamos. Alimenta-o o egoísmo e a usura de uma horda de fanáticos. Muitos, pelos vistos. Mas se por isto me quiserem provocar e chamar o que não devem só porque não me babo pelo poder dos mercados que sacralizam, estou pronto a dar-lhes um tiro virtual.

25 julho 2012

do Amor e da Revolta.

A todos os revolucionários de boa índole como eu que entendam a mensagem. Porque os amanhãs de cada hoje são sempre uma utopia.

“Quando falo é porque já não calo.
Quando falo é quando sinto a fome
e a dor que nos consome”
     .
    “Neste Campo” - Francisco Naia  (Pedro Osório e Jorge Palma) .
    Neste campo onde me canso tanto
    Ó meu lindo amor ai ai
    Neste campo onde me queima o sol
    Neste campo nada é meu
    Ó meu lindo amor.
    Tudo o que valho está no meu trabalho
    Ó meu lindo amor ai ai
    Tudo o que valho da manhã ao sol poente
    É de quem engana a gente
    Ó meu lindo amor.
    Quando falo é porque já não calo
    Ó meu lindo amor ai ai
    Quando falo é quando sinto a fome
    e a dor que nos consome
    Ó meu lindo amor
    É a revolta, já nada se suporta
    Ó meu lindo amor ai ai
    É a revolta que nos dá esta vontade
    de matar e de morrer
    quando a terra trabalhamos
    e não nos deixam colher.
    Ó meu lindo… amor … ai… ai
     

O desmantelamento da RTP


Se eu fosse o desmantelador de um serviço público como a RTP, aquilo que faria era exatamente isto: “Presidente da RTP ganha mais que o Primeiro Ministro”, é que desta forma consigo montes de gente revoltada contra as exceções atribuídas a estas sumidades. Medidas destas facilitam o trabalho, porque o que eles querem é não ter oposição pública à venda do nosso património. Querem o povo ferozmente contra a RTP, a TAP. as ÁGUAS etc, e para isso, estas medidas que atribuem às aves raras que as dirigem um estatuto divino, são a melhor forma de o conseguir: revoltam a populaça e criam mais deficit que justifique a venda. Eu próprio, já estou para aqui a vociferar mais com os homens de mão do assalto do que com quem devia. Não tenhamos dúvida: isto faz parte de um processo de desmantelamento. Isto é uma pulhice. Isto é uma afronta aos 50% dos jovens portugueses que não conseguem tão pouco ter um emprego quanto mais ter uma profissão. Fosse eu jovem e cada vez mais veria no horizonte uma solução radical para este país. Mas estou nisso ao seu lado.

23 julho 2012

Passeios perigosos em Lisboa - II


Há cerca de quinze dias denunciei aqui o estado sujo das pedras do passeio na Avenida Almirante Reis. Reconheço com satisfação que a Câmara de Lisboa veio repor alguma decência nestas pedras. Subsiste ainda o grave problema do excesso de pombos que enfrenesiam a vida do bairro. Veja a diferença  aqui.

22 julho 2012

Relvas e os negócios do/no Estado?

Recordas-te de te ter manifestado a minha enorme estranheza pela manutenção do Relvas, no dia do protesto em frente à Assembleia? Partindo do princípio que faz mais mossa ao Governo a manutenção, do que faz a saída? Só podia haver uma agenda a ditar esta sustentação: os processos que tem em mãos, um deles é a RTP. E como os danos políticos são maiores pela manutenção do que pela saída, só posso concluir que não sai por causa de benefícios privados. Era disto que suspeitava. Leia no Expresso.

Entretanto vem à memória a ética de outros patriotas que dirigiram outros negócios, como o Coelho, o Amaral, o Pina Moura etc. Talvez um dia venhamos a saber mais sobre este período, e estaremos aqui a lamentar a investigação e a justiça que temos.

20 julho 2012

234



Jovens: Só um em cada dois trabalha.

A receita sonhada pela direita portuguesa desde o 25 de Abril caiu-lhe de mão beijada com esta crise: choram em cena mas riem em privado. Em Espanha, reage-se apesar de tudo nas praças e vai vender-se caro as medidas, logo se verá se será uma derrota. Em Portugal, é esta acomodação doentia que vejo até nos amigos, porque não os vejo na rua. Será que sabem que se trata da sorte do seu futuro nas próximas décadas? Vejam neste gráfico: 5dias.net.

14 julho 2012

233 - (Reeditado)

.

.

Raramente comento as fotos aqui colocadas. Esta porém, justifica-se pelo facto de ser estranho colocar uma captura idêntica à anterior apenas com diferenças de tonalidade. Era preciso repor a verdade em relação à cor, uma vez que nem todos detetam o trabalho de edição, embora cada vez menos vá sendo necessário explicar esses efeitos, porque já é possível perceber quando são ou não trabalho posterior. Quando editava a moldura naquela foto, resolvi retirar-lhe as tonalidades de uma determinada banda de cor. O resultado foi interessante porque correspondeu a uma tonalidade que é por vezes possível observar em Lisboa. Mas esta era de facto a cor real de Lisboa naquela tarde.

10 julho 2012

Já não é pela via democrática?

Amplie para leitura
Se disser que com esta Democracia já não vamos lá, e que só uma Revolução pode resolver a questão, talvez corra o risco de poder ser acusado de instigação à revolta e à insurreição pública etc. etc. Contudo, o rol de intervenientes que podemos imaginar nos links que seguem e que são responsáveis pelo estado do país, poderão continuar a depredação da nossa economia sem que ninguém os incomode. Este é um dos sintomas da doença da nossa democracia: eu que clamo pela Ética e pela Justiça posso ser condenado por incentivar a formas ilegais de o conseguir, mas não uma ilustre personalidade de colarinho branco que se governe à nossa conta por entre os buracos da lei, sugando-nos a vitalidade, vivendo tranquilamente não num resort em Cabo Verde, mas em qualquer mansão em Cascais com o dinheiro que nos roube. O recorte do CM de ontem e os vídeos que seguem são o exemplo de que chegamos ao fim da linha. Já não tenho dúvida que não é através do sistema eleitoral que conseguiremos alterar este estado de coisas. As emendas a fazer no país são de tal ordem que só um reset ao sistema pode possibilitar uma regeneração. O Medina diz ali num vídeo que ninguém pega nisto, nem Presidente da República nem ninguém, e a nossa estupefação é essa: estamos todos a chegar à mesma conclusão. Isto já não se faz pela via democrática, e é aqui que todos encalhamos pelo horror que temos a qualquer forma de ditadura. Mas qualquer coisa vai ter que acontecer antes que aconteça o que não queremos. E se uma ditadura for.

Vou parar. Mas por agora, pelos vários risco em que incorro escrevendo a quente. Entretenham-se a ouvir esse desfile de horrores, tendo presente que isso é a ponta do iceberg e que do resto nunca saberemos:

08 julho 2012

Este país não é de todos...


Pacheco Pereira, na Quadratura do Círculo, SIC Notícias, em 5 de Julho.

As opiniões de Pedro Marques Lopes no Eixo do Mal, e Pacheco Pereira na Quadratura do Círculo, são, enquanto jornalistas/políticos de direita, o melhor exemplo de até onde já chegou este mau estar nacional. Pacheco foi ouvido na sessão deste vídeo, durante mais de 15 minutos seguidos, numa conversa reveladora sobre o Poder e as práticas instaladas nos partidos políticos. Vale a pena ouvi-lo colocando a barra do tempo a partir do minuto 15’ até aos 29’.

Este é mais um testemunho de que não é pela via eleitoral que resolveremos a questão. A Democracia deixou-se aprisionar num sistema vicioso. A dúvida é como sair disto sem ter que infringir a lei como infringiu recentemente o deputado Coelho na Madeira, e com o qual concordámos.



07 julho 2012

Sobre Helena Roseta

Defender Helena Roseta na questão da denúncia pública que fez de uma proposta feita em tempos por Relvas, pode para muitos ser um exercício difícil por questões de posicionamento partidário. Para mim é fácil porque não me limita qualquer fronteira desse tipo. Depois de ter deixado aqui em baixo o vídeo, levantou-se a polémica sobre o tempo que levou para revelar a conversa. Aqui fica o que penso sobre isso, em comentário deixado no mural do MSE:

“Bem sei que não vai cair aqui bem a defesa da Roseta, até pela mais recente intervenção na questão da desocupação de São Lázaro. Mas se há uma coisa que não gosto é esconder-me quando a minha opinião não é coincidente. Vejamos: Roseta resistiu ou não a uma investida de um membro do governo no sentido de obter benefícios para a Ordem? Quantos naquela circunstância não teriam aquilo como normal, não a tomando como o que de facto representava, e aceitariam a boleia que lhes estava a ser oferecida? Perguntam agora: Mas porque não falou no momento? Esta pergunta faz-me lembrar aquela mais comum que inviabiliza que muita gente fale: Provas! Tem provas? E por causa disso muito apito perde a cor. Roseta não explicou porque não quis meter-se por esses caminhos mas provavelmente pesou mais o cenário da transformação da sua vida e a da Ordem dos Arquitetos num inferno por causa daquele episódio se, se queixasse de pressões. É preciso ter em conta que foi autarca, e naquela área e na da Ordem as confrontações com incidentes deste tipo eram infelizmente, ou são, mais comuns do que julgamos. O tipo que negou as pressões que fez a uma jornalista seria provavelmente o mesmo que negaria aquela oferta inquinada, porque não deve ter sido feita por escrito. Resumindo: Entre condenar alguém quando está em causa a tomada de uma atitude ética de resistência que temos que ter na devida conta, e a denúncia tardia desse facto, não tenho dúvidas de que lado estou. É que com este tipo de posturas um dia destes não ouvimos ninguém. O caso Sá Fernandes é um exemplo paradigmático disso.”

Tenho uma amiga que num determinado caso optou pela ética, resolvendo não pactuar e denunciou. Disse-lhe que estava em Portugal e que iria sobrar para ela. O resultado foi: destituição de cargos, remoção para uma sala de arquivos, depressão, negociação e saída. Que ninguém perca o sentido ético da vida, mas infelizmente em Portugal são heróis os que tentarem ser consequentes. Esta é também uma das razões que me faz andar por aqui.