17 março 2006
O Monsanto condenado?
Cresci, brincando na Serra do Monsanto nos dias longos das férias grandes, descendo o vale entre Campo d’Ourique e a serra, subindo pela fonte da Pimenteira, onde a sede acabava na palma da mão e nos enganavam as amêndoas de tão amargas que eram. Aquilo era mesmo uma serra à mão ali ao pé. Com o velho Parque Infantil, o tiro ao alvo e as bolas de ténis, estava criado o nível suportável de pressão urbana. Depois, vieram os aterros e as estradas, à expansão do pouco que existia juntaram-se valências que ela não precisava. Até um Casino, lembram-se? Há zonas que começam a ser um caos de parqueamento automóvel e churrasco. O contínuo apelo à utilização das instalações criadas e projectadas começam a deixar-lhe antever um triste fim. É uma questão de opção: Ou queremos como está e travamos, ou, o pouco mais que admitirmos é para criarmos a última colina urbanizada de Lisboa. Eu, voto na serra.
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