26 março 2006

24 março 2006

23 março 2006

Também não sou democrata!

Dou-vos um pequeno excerto do Estranho Estrangeiro mas por favor leiam tudo. Desesperos destes, resultam da espera do eco que não chega, pelo autismo de um povo. Uma sociedade não pode desperdiçar impunemente as suas mais valias intelectuais, sem cair num enorme buraco negro do tempo de onde só sai penalizada. O pagamento, vai ser em futuro desfasado por atrasos e desencontros com outros. E como nós já conhecemos esta história e não aprendemos com ela... Mas também pode ser o prenúncio de que alguma coisa boa pode estar para acontecer. É que o fruto quando está maduro, cai.

"...Portugal assistiu ao assomo denodado de um ávido de depuração, Manuel Alegre, acompanhado por outros que, conscientes da inexorabilidade dos partidos, compreendem a necessidade de libertar a cidadania, imergindo-a nas águas balsâmicas das origens conceptuais. Estou disposto a declarar a minha dissidência cívica, assumindo uma anarquia específica. Recordar-me de que contribuo, com impostos, para a subsistência e fausto daqueles lapuzes motiva-me, num lampejo de demência, a desejar o cárcere, como penalização pela fuga às obrigações sociais. Que nojo! "


A única razão pela qual não me importaria de ver desancar nos continentais, seria a que remete para as conveniências que os "lapuzes" daqui, têm tirado dos desmandos dessa "cabotinagem" daí, sorrindo alarves e complacentes, mas atolados na bostas desses "títeres". Você é um espectáculo Vitor, permita-me o adjectivo. Burrifemos então na Democracia, mas não abandone o povo da Madeira.Talvez um dia hajam leis e tribunais capazes de tratar dessa gente, à maneira de Thomas More.

19 março 2006

Lisboa a saque.

Este é apenas um exemplo dos muitos atentados que estão a cometer-se no Bairro do Restelo, em Lisboa. Este bairro que hoje não seria possível, foi um dos bons legados das políticas de urbanização do antigo regime. Durante bastante tempo não se deixou alterar-lhe as características o que fez dele, quanto a mim, um sucesso em termos habitacionais. Mas apareceram agora os novos ricos, patos bravos que a avaliar pelo gosto com que destroem muros originais onde cresciam buganvilias e outras sebes, mereciam antes desfrutar da qualidade de uma qualquer Zona J. Quem investiga isto? Como é que se deixa fazer se ninguém concorda, à excepção dos patos bravos que o fazem? Não há uma figura na lei que se chame “ o bem comum “ que permita a sua destruição? O direito adquirido pode sobrepor-se a ele? E se pode, deve?

De tal forma choca que pode perguntar-se: ...e é legal construirem-se estes bunkers descaracterizando desta forma uma zona que é de todos? Quantos metros podem ter os bunkers? O que os patos bravos quiserem?

Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa tem conhecimento destes atentados urbanísticos? E se tem, não manda lá um camartelo? Ou a cidade é de quem pode?

Os meus parabéns aos habitantes que preservam as caraterísticas deste bairro, mas incentivo-os a criar uma estrutura que os defenda e denuncie os novos bárbaros, sejam eles quem forem e tenham o poder que tiverem.

17 março 2006

O Monsanto condenado?


Cresci, brincando na Serra do Monsanto nos dias longos das férias grandes, descendo o vale entre Campo d’Ourique e a serra, subindo pela fonte da Pimenteira, onde a sede acabava na palma da mão e nos enganavam as amêndoas de tão amargas que eram. Aquilo era mesmo uma serra à mão ali ao pé. Com o velho Parque Infantil, o tiro ao alvo e as bolas de ténis, estava criado o nível suportável de pressão urbana. Depois, vieram os aterros e as estradas, à expansão do pouco que existia juntaram-se valências que ela não precisava. Até um Casino, lembram-se? Há zonas que começam a ser um caos de parqueamento automóvel e churrasco. O contínuo apelo à utilização das instalações criadas e projectadas começam a deixar-lhe antever um triste fim. É uma questão de opção: Ou queremos como está e travamos, ou, o pouco mais que admitirmos é para criarmos a última colina urbanizada de Lisboa. Eu, voto na serra.

12 março 2006

Sampaio não esteve aqui.

" Exibido ficou o fracasso organizativo de todos nós, a cegueira ética das nossas prioridades, a mediocridade dos nossos resultados, a indigência extrema com que nos enrolamos ao som do cacarejo de bichas odientas, matronas ressabiadas e emproados de diversas boçalidades."

Pois é Susana , ali faltou Sampaio. E só mudaremos isto quando curarmos a cegueira ética das nossas prioridades, o nosso povo se deixe de reverências imerecidas e ele próprio tome consciência de que tem de pegar o touro pelos cornos.

...E a Doutora, prostituíu-se?

Carlos Pinto Coelho no seu melhor, no programa Directo ao Assunto da TSF, para uma activista, a propósito da legalização/regulamentação da "indústria do sexo":

" - A minha pergunta é estritamente profissional: E a Doutora, prostituíu-se?
- Não!
- Passemos então Directos ao Assunto..."

09 março 2006

Xanana e o Benfica.


“ Eu chá no tenho pelavras queraaamba... eu só póxo dijer, gooooooooooooollloooooo!....”

Foi assim Xanana a festejar o golo do Benfica contra o Liverpool, no jantar informal nos Negócios Estrangeiros.

A minha especial admiração por Xanana é uma caso especial. Julgo que terá a ver com uma espécie de transferência de valores que projectei para Xanana e que com tudo o que aconteceu se foram sublimando na sua figura.

Ele foi de alguma forma a projecção do meu “Che”, o daquela juventude que existe em nós e representa o altruismo na luta contra tiranias e injustiças.

Ele foi um paladino da liberdade porque era por isso que lutava. O seu povo não queria a paz que lhe impunham.

Ele foi da selva aos corredores do poder, a representação e o triunfo da humildade.

Nele se representou a injustiça do abandono pela humanidade, pelo seu alheamento durante tanto tempo.

Nele acabou por se representar a justiça do apoio da humanidade às causas nobres da emancipação dos povos, apesar do seu acordar tardio.

Também, porque durante anos sofri com a sua luta e prisão como se fosse um povo inteiro em clausura e sofrimento.

E porque fico sempre K.O., quando em África ou em Timor se comemora desta forma uma vitória portuguesa.

E porque, queramba! Xanana é do Benfica...


Crédito da imagem à Voz do Seven

07 março 2006

Bifurcações "democráticas"

Defensor da liberdade de expressão, como este, que expõe à luz as bifurcações "democráticas" existentes na Madeira, merece mais do que um comentário. Aquele povo é que não o está a merecer. Leia este: Títeres e dissidentes do Estranho estrangeiro...

06 março 2006

Coincidências.


No mesmo dia em que o Governo anunciava o início de uma campanha internacional para promover a utilização da nossa rolha de cortiça, onde se vão gastar uns milhões, não é que pela primeira vez na vida, o plock que me saíu da garrafa que abri, era do plástico emborrachado desta “rolha” aqui ao lado?!... Até pareceu mau agoiro! E não pensem que era vinho da U.E. produzido em Espanha! Era português: selo de garantia do Vinho do Douro, Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, D.O.C., maduro tinto 2004. Produzido e engarrafado por uma S.A. de S. João da Pesqueira. O nome, omito porque o objectivo não é esse.

Não seria melhor o Governo fazer uma campanha cá dentro? Não gastava tanto dinheiro, depois, punha os portugueses a ser os primeiros a defender a qualidade de um produto nacional que anda a ser atacado por campanhas de intoxicação ecológica. No fim fez-se justiça: para uma surrapa de vinho, uma trampa de rolha de plástico. Ainda bem que assim foi, ganhou o sobreiro e a cortiça.

05 março 2006

Portugal mal tratado.


Advogo a criação de uma Comissão junto da P.R., com poderes para retirar da exposição pública o simbolo da representação nacional, sempre que esteja feito em condições de degradação e abandono. Estas imagens ultrajam a memória do estandarte roto noutras batalhas.




Rua Braamcamp

04 março 2006

Lisboa asneirada.


Para mim é uma pimbalhice, para cegos, um atentado à sua integridade fisica, para outro cidadão, não é nada e só o turista, não o justifica. Esta é a zona limite norte dos Anjos com Arroios. O que deu na cabeça desta gente para andar a demarcar território com bandeirinhas e estas exibições? Qualquer beneficio comporta um custo. Mas que benefício de mamarracho é este que justifique este custo visual impeditivo da circulação pedonal? Nada do que ali for colocado o vai justificar.

Av. Amirante Reis



03 março 2006

Lisboa degradada.



É a lateral nascente do claustro de um palacete ao abandono.

O acesso torna-se público, porque o portão já não o consegue manter privado.

Um atentado ao nosso património.



Rua da Boavista

02 março 2006

Cartoons até quando?

Ouvindo hoje Telmo Correia, na sua posição pró cartoons que já virou mais sanha, do que motivo pobre para manter o seu Partido na frente de alguma controvérsia possível, percebo melhor porque nunca poderei estar do mesmo lado da barricada com esta gente, por muito que o meu pragmatismo estique.

Por outro lado, entendo como foi possível Freitas ter omitido alguma coisa no seu famigerado comunicado. Nunca fui capaz de o ler, sem o enquadrar com o discurso sobre a Invasão do Iraque, dito na Aula Magna da Reitoria e aplaudido de pé.

Não somos obrigados a apanhar todos as mesma onda. Há outras.