04 julho 2015

OXI! NÃO!

Uma das particularidades da crise na Grécia e agora do referendo, foi a de me ter aproximado mais do povo grego na solidariedade com o seu sofrimento, contando também para isso o facto de estar a ser tão mal tratado pelo governo português e pelo Presidente Cavaco.

A minha homenagem numa das mais bonitas vozes e sonoridade gregas: Nana Mouskouri.




17 maio 2015

Retiro-me do debate do Acordo

Retiro-me do debate sobre o Acordo Ortográfico, não sem que antes mostre a forma como estive nele. Esta foi como comecei em 2008:


Aqui, como continuei em 2012, [com vídeo do Saramago]:


E aqui mais recentemente, quando resolvi entrar depois de empurrado para ele pelos anti A.O.


Resisti durante muito tempo apesar das provocações com os tais exemplos errados de quem não leu o Acordo, e por saber que os ânimos de quem combate alguma coisa têm a tendência para o exacerbamento, acabando o debate por se fazer sempre nas franjas da animosidade, e é isso que está a acontecer. Como se pode aferir da forma como abordei a questão nos links que deixei, em momento nenhum recorri ao insulto para classificar os anti A.O., nem viram nenhuma espécie de arrogância  [aqui lembro a conversa de ontem de Miguel Sousa Tavares num canal de TV], ou qualquer outra forma de achincalhamento apenas por ter tomado uma opção pró Acordo. É mais importante para mim a boa relação com familiares e amigos, do que saber de que lado está cada um deles.

12 maio 2015

O Accordo Ortographico

Hoje deixo cahir symbolicamente os dois últimos accordos ortographicos, o de 1911 e 1990, no valle da cholera em que os metteram - uma attitude que se circumscreve quanto a mim, mais na área dos affectos com a língua, do que num olhar simultâneo para a evolução do passado e do futuro d’ella -, e volto por momentos ao universo das nossas queridas consoantes, algures alli pelo inicio do século em que cahiu a Monarqhia e se implantou a República, e Pessoa já ia em metade da vida que teve. Ámanhã, porém, vae deixar de sêl-o, liberto do atavio d’ellas, as que agora atrapalham a leittura e as phrases comprehender-se-hão egualmente bem. Talvez Fernando Pessoa não reclame hoje do tumulo como reclamou antes em vida, a língua portugueza sobreviverá, e o scisma que também hoje parece crear-se com as alterações que se attribuem à nova ortographia que foram as mesmas estranhamente reclamadas um século depois pelos descendentes linguísticos d’elle, repete-se.

As circumstancias da assignatura de um anterior accordo ortográphico, que deveria sêl-o mas não foi, e nos isolou do Brazil todo este tempo, vão repetir-se n’outra épocha e a  hyphotese de discórdia voltará como um echo dos desaccordos passados, philtrados comtudo pelos sentimentos de posse de cada um pela sua língua.

Peço desculpa pela cacophonia consonantal, mas voltar atraz é a melhor forma de comprehender que ahi, outros tiveram egualmente os problemas que hoje temos, e que a herva daninha d’ella é, não as revisões ditas commerciaes mas a clausura que leva às línguas mortas. Viva portanto a vida das vivas e paz à vida das mortas.


Este texto não é contra ninguém, muito menos contra familiares e amigos, é apenas a minha forma de responder – e já agora, o meu direito também - a tanto desafio que me fazem numa questão transversal que nos divide, mas apenas nisso, na escrita. Temos tanta coisa importante em lutas communs, porque não gastamos as nossas energias investindo n’ellas?

Graza

Fontes ortographicas: “O Castello dos Carpathos” 3ª Edição, de Júlio Verne. Tradução de Pinheiro Chagas. Ed. Aillaud & Bertrand s/data de edição mas algures no inicio do século passado.

Nota: Li Hoje, em Fevereiro de 2017, um dos melhores textos sobre o Acordo Ortográfico. Aqui fica o link:
http://www.jn.pt/opiniao/convidados/interior/acordo-ortografico-hino-a-democracia-5675999.html

18 abril 2015

GAZLAND: Uma catástrofe planetária

Este meu fim de semana está terrível em termos de visualização de uma nova catástrofe que está silenciosamente a acontecer no mundo.

Como é possível? Em que ser humano nos tornámos para permitir o que está a acontecer? Bem sei que a proposta que vos faço exige tempo, mas se experimentarem entrar vão verificar que já não conseguem sair sem chegar ao fim. Acabo de ver agora na TVI24 um documentário passado no programa OBSERVATÓRIO DO MUNDO, com o título: GÁS PRECISA-SE: URGENTE, que é um complemento de outro maior que vos deixo o link e é obrigatório. Se conseguirem ver os dois, recorrendo na TV às gravações automáticas da vossa box, ficarão com uma ideia completa, porque um caso passa-se nos EUA e outro na Àfrica do Sul, mas em breve também cá e noutras partes do planeta se não nos levantarmos e exigirmos a responsabilização, condenação e prisão dos criminosos que estão por detrás disto.

Não posso deixar de não fazer registo que vi este documentário numa iniciativa da Academia Cidadã | Citizenship Academy. Está legendado em português. Accione as legendas, em baixo, à direita, no vídeo.


15 março 2015

Healing thoughts.




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[Reedição: Texto removido, porque não penso agora o problema como pensei quando escrevi sobre ele, e certamente que não pensarei amanhã o mesmo que penso hoje.]

Sem destinatários. São [foram] pensamentos vagos que fiz para meditares. A música que gostava de saber tocar sobre a janela de esperança que vi através daquelas colunas, ajudam-te a seguir a rota. Clica na seta uma vez... As vezes que quiseres.


03 fevereiro 2015

O encanto das palmeiras

Um dia, recebi em casa um casal amigo da República Checa. Pelo caminho, vindo do aeroporto, vi que observavam com um sorriso e falavam com curiosidade de qualquer coisa que não me apercebi o que era. Perguntei qual era o motivo da curiosidade e o Lumir lá explicou que era a mulher que nunca tinha visto palmeiras, e que as viam com muita curiosidade porque isso representava uma mudança efetiva para outras paragens, assim como se um homem dos trópicos visse nevar pela primeira vez.
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Vem isto a propósito de hoje estar a ouvir alguém que estava a ser entrevistado na rádio, e foi-lhe perguntado por que razão dizia que nasceu por causa de uma palmeira. Explicou que tendo o pai estado em Marrocos ficou encantado com uma palmeira, e lhe disseram que se queria ver muitas mais que descesse por ali abaixo que iria encontrar muitas. Assim fez, e andando, andando, foi parar à Rodésia e por lá conheceu a que veio a ser a sua mulher. Foi amor à primeira vista, e logo logo nasceu um menino, ele próprio, por curiosidade, o primeiro bébé da história do novo pais, então alterado para Zimbabwe. O que faz uma palmeira.

01 janeiro 2015

Juntos Podemos [Imagem reeditada]

Envolvi-me na adesão ao Movimento Juntos Podemos como se o fizesse a uma utopia, acreditando que à semelhança de outras que já se cumpriram, esta se cumprirá também. Vou acompanhá-lo agora pela base porque, como dizia Sir Thomas More, o importante é o caminho.
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Estou nele também pelas pessoas que acompanho, enquanto pessoas, e ver nos olhos de algumas a determinação e a força com que acreditam que é possível, faz-me pensar que não tenho o direito de as desiludir e de me deixar derrotar por projetos de culto pessoal que infalivelmente existem, e são incompatíveis com o fim, ou pelos medos de alguns, e pelas interpretações que fazem da melhor forma de alcançar a sociedade que procuram.
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Não posso portanto trair a motivação da atitude de alguém quando ela tem a força de me fazer acreditar, e quando vejo a injustiça de haver quem não a saiba interpretar.
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Quem não estiver aqui com um espírito próximo, estará certamente no projeto errado, independentemente dos seus passados políticos, porque foi com esse espírito que nos encantámos com o que  aconteceu em Espanha, e é esse que temos que saber apoiar. Um dos erros que não podemos tolerar é quando ele tem por fim o boicote motivado por agendas alheias, sejam elas quais forem. Os outros, fazem parte do caminho.