26 fevereiro 2010

A RTP2 previu tragédia

Não é a solidariedade actual com a tragédia da Madeira que me faz acreditar que viramos uma página com Jardim. Os problemas vão reaparecer pelas exigências que vai agora fazer, para manter o modelo de ocupação da Ilha que ele decidiu que era o melhor, mas cujas graves lacunas os links que seguem mostram que não era, porque anteciparam em dois anos com rigor incrível o que aconteceu agora, e pode voltar-se a repetir se o modelo não for modificado.

Jardim já provocou há muito, danos irreparáveis na relação da Madeira com o Continente e muito mais em sentido inverso, porque tantos anos de jardinismo deixaram marcas e em alguns de nós muito pouca vontade de contribuir para um peditório que tem neste modelo suicida o seu objectivo. Exceptuo nesta disponibilidade o carinho que nos merecem os pobres madeirenses despojados de vidas e haveres, ainda que sejam os mesmo do Chão da Lagoa. Vejam se não é verdade esta c
atástrofe anunciada no programa:
.
.

25 fevereiro 2010

Os profetas do Fim

Estes discursadores da tanga parecem não entender que Portugal tem há muito um endémico problema estrutural, é sabido, basta conhecer um pouquinho da história. Não fomos para mares desconhecidos por sermos ricos e vivermos aqui felizes, foi aliás esse isolamento entre o Oceano e Espanha, que sempre nos fez de tampão à Europa, que nos obrigou a saltar. Enquanto isso, a Europa distanciava-se ainda mais tratando da sua cultura e desenvolvimento humano. Nós, acabávamos aquela aventura tolamente exangues. À entrada pobres no início do século, juntamos o efeito das guerras e os 50 anos de obscurantismo de Salazar. É assim que finalmente chegamos á massificação do ensino em 1974. Tínhamos na altura um atraso estimado de 50 anos em relação á Europa. Isto foi há 36 anos. Culpar agora Soares, Cavaco, Guterres, Barroso ou Sócrates de todos aqueles erros incrustados na cultura de um povo, é um mero exercício de retórica política. Basta olharmos para este discurso dos nossos profetas do Fim e para o comportamento individual de cada um de nós, plasmado por aí nesses ódios de estimação e nesta caça às bruxas, para percebermos que é com estas nossas limitações que temos tentado ser iguais aos povos a que nos queremos igualar. Quanto pior, melhor, desde que ganhe eu e percam os outros, é assim há muito tempo, é esta a nossa estranha forma de sermos portugueses.
.

24 fevereiro 2010

A irresponsabilidade de MFL


Com Ferreira Leite e o PSD, não precisamos de Almunias nem de Agências de Rating para nos dar cabo do canastro.

O que nós ouvimos!

Uns anjinhos:
Alguém disse na TV, quanto à proposta da Procuradora Cândida de Almeida para que se escutem os Magistrados para proteger o segredo de justiça: “O que é estranho não é o que disse a Procuradora Cândida de Almeida, o que é estranho é o que disse o Presidente do Sindicato dos Magistrados, ao estranhar aquelas declarações, segundo ele, porque não é admissível que haja violação do segredo de justiça por Magistrados.” Claro. Que não é admissível sabemos nós.

A jactância:
Alberto João Jardim, numa declaração circunstancial de resignação, na primeira pessoa do singular: “Porque eu não estou para andar à porrada com a Natureza”. É a jactância consubstanciada num simples pronome.

Assumindo culpas?:
Hugo Velosa do PSD, num Telejornal, falando sobre a tragédia da Madeira e a resposta do Governo e do resto do país: “O que está para trás, está para trás. Agora parecem ser possíveis novos consensos. Está a admirar-me a reacção da solidariedade nacional”
Ai está? Ou há frases que expõem as entranhas? Está a admirar-se porquê? Pois. Não esteja tão seguro de que o que está para trás, está para trás, porque há tolerâncias que são promiscuidades.
.

Afinal havia outraaa...

Ferreira Leite confirma que sabia do negócio PT/TVI . A propósito desta falhada tentativa de aquisição, até eu “estava de acordo com a operação porque era trazer de Espanha para Portugal um activo da comunicação social que era importante por causa das guerras com a Telefónica no Brasil", conforme disse aqui, quando me regozijei com o falhanço da OPA da Telefónica sobre a PT: "para mim, ver Telefónica e Santander juntos, não era certamente pelos nossos bonitos olhos... Depois, como "falta cumprir-se Portugal", ver o negócio no Brasil ser alienado à Telefónica, era outra forma de não se cumprir."
.
Mas o confronto político achou que legítimos interesses de defesa de mercado e por outro a protecção de valiosos conteúdos produzidos em língua portuguesa que iriam ficar nas mãos da espanhola Telefónica, para os utilizar na disputa com a PT no mercado do Brasil, era controlo da Comunicação Social, só por causa de uma caldeirada de charroco. Se me tivessem feito a pergunta há quatro anos, eu próprio teria concordado com esta “manobra cabalística” da PT, que parece transparecer tinha mais e insuspeitos adeptos.
.
Esta edição do DN esclarece muito do que foi afinal o negócio PT/TVI, vale a pena ler.
.

22 fevereiro 2010

Calúnias a pataco

.
Afinal, “Perestrello desconhecia Figo”. O CM lido no CC.

Isto, não é liberdade de imprensa, é servirem-se dela. Não é a liberdade de expressão, é a libertinagem na expressão e muito menos jornalismo sério, assim, é de sarjeta e não é merecido o pão que se ganha desta forma. É urgente que a Justiça retire a estes escribas a pica com que falam, de quem não gostam, de modo a que possamos acreditar outra vez no que lemos, porque desde que vi a notícia que tenho em má nota Marcos Perestrello. Desabafei impropérios contra este jovem por vê-lo naqueles cambalachos, e se não fosse ler por acaso este post, assim ficaria como ficarão muitos portugueses. Já nos bastam os maus e os corruptos, mas assim, não é justo, é indigno e merecia penalização também porque o desmentido que o Correio da Manhã faz só é colocado na 28ª página, sem correspondência com a gravidade da suspeição lançada, e nestas questões da honra, não há desculpa.
.
Quantos mais estarão a ser vítimas da liberdade que o fanatismo político por detrás da notícia exige, para esses fins? Confesso a minha desilusão com tudo isto, e com tantos que não entenderam o país de Abril que imaginei.

21 fevereiro 2010

Jardim até na tragédia.

Claro que sim, hoje somos todos madeirenses, apesar de sermos obrigados a engolir o fel do ódio, até na tragédia. Isto é apenas a notação de uma primeira provocação. Agora foi assim: "Precisamos da ajuda de todos, de todos! Há momentos que não são para brincar à política. Seria miserável (!) que fosse quem fosse, viesse brincar à política..." Alberto João Jardim ouvido na RTP no dia do temporal.

Foi este o tom de provocação e ameaça com que se nos dirigiu. É preciso estofo para ir ajudar sem ter que o mandar à merda. Terão os madeirenses capacidade para imaginar como se sentem os seus irmãos continentais ao serem convocados desta forma?

19 fevereiro 2010

Guedes, Crespo, Judite etc.

Veja-se o favor político neste caso exemplar encontrado aqui, no Câmara Corporativa. Três canais, três pivots e três pares de jarras. É disto que se queixa a Direita. O que estaria acontecer se fossem três jornalistas afectos à Esquerda? Existe há muito um excesso na Comunicação Social sim senhor, mas esse excesso está no controle total dos media pela Direita por via dos proprietarios desses meios. Vital Moreira no CC: “Se existem perigos, eles vêm da excessiva concentração empresarial e da consequente limitação do pluralismo nos media privados.” . Esta é que é a verdade e é triste ver o PCP e o BE alinhar, por uma estratégia de voto, num cenário que altera esta realidade.
.

17 fevereiro 2010

Desobediência civil!

Proponho a “desobediência civil aos jornalistas” como resposta ao desafio à “desobediência civil dos jornalistas” proposto por Joaquim Vieira, ex-Provedor do Público.

É que isto é mais uma forma do corporativismo que nos minou e com o qual a Democracia se está a debater cada vez mais, porque é o sistema de organização que melhor se resguarda da solidariedade necessária na construção de uma sociedade mais participada. É o egoísmo de uma classe profissional sobre as outras na imposição e defesa das suas actuações e interesses. Começamos a ter cada vez mais dificuldade na solidariedade às excepções quando elas se perpectuam em interesses próprios.

Não é difícil saber em que se traduzirá a nossa desobediência civil: é deixá-los ficar a escrever para que cada vez mais os jornais sejam oferecidos na caixa de um super mercado ou posto de combustíveis. Não somos obrigados a tomar como boas as regras que um qualquer Vieira nos quiser passar a impor, através das suas interpretações do que é interesse público, confundindo-as com interesses profissionais privados. Isto é o convite à barbárie se legitimado a todos. Vamos fazer como se diz aqui no Jumento: "tratar o cão com o pelo do cão".
.

16 fevereiro 2010

Pela Democracia

“É urgente esclarecer que a direita controla a comunicação social não se inibindo de sistematicamente distorcer a verdade, lançar torpes campanhas de difamação e, uma vez que controla toda a informação tem a desfaçatez de se armar em vítima. A direita está a levar à prática, aqui e agora, a máxima de Goebels, "uma mentira mil vezes repetida acaba por ser tomada como verdade". É urgente acabar com este estado de coisas que está efectivamente a corroer a democracia.”

Este é o comentário nº 1573 da Petição pública que está a decorrer com o nome “Pela Democracia, nós tomamos partido”, que não é o mesmo que tomar Partido, e você pode sempre escolher dizer que “Subscreve sem ser um apoio incondicional ao PS e a Sócrates, mas um manifesto contra esta forma de fazer jornalismo e fazer escutas que não gostaria de voltar a ver instituídas em Portugal.” O que está a acontecer é um novo formato de golpe de Estado em Democracia.

A Petição: http://www.peticaopublica.com/?pi=P2010N1319
.

12 fevereiro 2010

Com as unhas de fora

Isto que se diz no Pátio das Conversas, é a Direita com as unhas de fora desesperada. Imagine-se a força com que virá se quebrarmos nós na defesa deste Estado de Direito. Ver a Manuela M. Guedes fazer aquelas dementes declarações no re-lançamento das crónicas já lidas do Crespo, com a grande ex-comunista e agora tia, Zita Seabra e aqueles dois Juízes do Sindicato dos Magistrados a assistir, mete medo, mas apenas por saber que eles se estão a servir da liberdade de expressão e não a usá-la.

10 fevereiro 2010

Os amigos de Crespo

Contou-me um amigo escandalizado, a conversa que acabava de ouvir ao Ex-Bastonário do Advogados, António Pires de Lima, no Jornal das Nove da SIC Notícias d’hoje, do já inefável Mário Crespo. Afirmou ele algures na conversa, que:

- (*) (…) Aquele senhor Sócrates é um aldrabão de feira, e

- (…) Não aconselho ninguém a investir neste momento em Portugal.

Nem mesmo um qualquer desvario próprio da sua idade deveria ser desculpa para deixar este cavalheiro a ofender e a rir alarvemente. Como é possível? Depois, recorrendo à política da terra queimada, fala daquela forma do investimento em Portugal sem ser interpelado por essa conversa? Que jornalismo é este em que só conta a conversa reaccionária e se despreza a informação? Como se deixa passar uma conversa contrária aos interesses nacionais? Com azeiteiros destes não precisamos de Almunias nem de agências sabotadoras da nossa credibilidade internacional e é intolerável que aquele tortuoso “jornalista” se desfaça em risinhos de contentamento pelas declarações de mais um convidado que serviu perfeitamente a sua persecutória agenda. É uma tristeza.

As necessidades de Jardim

Dez bons exemplos descobertos aqui no Câmara Corporativa do que faz Jardim ao nosso dinheiro, numa boa reportagem de José Teles. Veja em cada link o exemplo das fortes necessidades de endividamento que convenceram o nosso Parlamento.

08 fevereiro 2010

ASFIXIA DEMOCRÁTICA

"A SÍNDROME" - Tragédia em 1 Acto.

Estudos apontam para que esta seja uma patologia adquirida em períodos de falta do exercício do poder. Dá-se como exemplo vulgar os afogamentos que ocorrem a partir do momento em que o nadador se apercebe que está a nadar fora de pé. É um “ar” que lhes dá! Começam a chapinhar e vão-se por aí abaixo que nem tordos! Os tordos não sabem nadar.
.
SOCORRO! ESTOU ASFIXIADO. TIREM-ME DAQUI PARA FORA,

TRAGAM-ME O DANTAS, UM ANTÓNIO FERRO, O CAVACO,

MAIS O JARDIM, O RAMOS E O GUILHERME,

COMO ESTOU ATÉ O LARA ME SERVE.

OLHEM, O NOSSO LOUREIRO TAMBÉM. ELE VEM.


AH! O NOSSO LOUREIRO, QU'É DELE?... E DO OUTRO TAMBÉM?

INGRATO! INGRATOS TODOS! INGRATOS!

SOCORRO! Ó D'ASTRANJA, ESTOU ASFIXIADO.

Sai de cena. Não!...Não sai de cena! Fica a perorar à boca do palco agarrado à cortina de olhar em alvo em posição de Louva-a-Deus.

Acto 1, cena II
..

07 fevereiro 2010

Das Escutas aos Despojos

Não escrevo sobre estas escutas, nem sobre as supostas que existem e virão a conta gotas escorrendo por aí como baba, porque vivi no fascismo português, tenho memória e ética, e um nojo enorme pelos biltres que se prestam a levantar do outro lado a cavilha. Acreditei um dia que seria uma prática que nunca mais veria em Portugal, enganei-me, e o que é grave é que a mesma Democracia que foi por elas sufocada, não as trate com a impiedade que merecem. Hoje as escutas, amanhã a tortura, haverá em cada momento um herdeiro genético do Pide que não caçamos, com estrutura moral para se servir dos resultados dessa actividade, obtido nas catacumbas do equivalente quartel de uma qualquer Nova Legião. Mesmo que ele seja Juiz, porque juízes também o eram nos sinistros Tribunais Plenários e a Democracia ainda não se soube livrar deles. Tenho medo porque há quem goste. Tenho medo porque há quem não se importe. Tenho medo sobretudo, porque à crianças na sala e elas sim, a ouvir sem querer e a ser deformadas pela pouca vergonha que vai na cabeça de cada adulto.

Retive do Haiti um relato: o da espoliação selvagem dos haveres dos cadáveres enquanto se procedia à sua remoção. O nojo humano comunado com o Diabo. Aqui, o fogo já se pegou, o país está arder e no saque dos salvados que são o voto, há homens sérios que tapam a cara para não ficar na foto.
.
Não sou supersticioso mas ficou-me destas coisas um único tique: não apanho do chão moedas de tostão. São uma oferta do Diabo.

06 fevereiro 2010

O seu a seu dono

Tenho-me referido a Luís Delgado quando dou um exemplo dos jornalistas comissários que me obrigam a fazer zap. Com tanta boa prestação, acabou mesmo nomeado para dirigir a Lusa. Mas devo da mesma forma destacar-lhe as boas performances quando as ouço e curiosamente anda agora mais profissional. Disse ele numa mesa redonda na SIC-N:

- Meus senhores temos que ser justos com eles (PS), nós estávamos aqui há um ano a pedir-lhes: “Meus senhores deixem lá o deficit, injectem dinheiro no mercado, salvem as famílias, as pessoas, e não podemos agora estar aqui a falar que o deficit é nove. Que fosse nove ou dez ou onze, o importante foi salvar as coisas”

O filme da crise ainda não acabou, mas há muita gente a precisar de vê-lo de principio. E ali a tia Avilez meteu a viola no saco.
.

05 fevereiro 2010

A Turquia e a Honra...

Acabo de ler em rodapé na TV: "Menina enterrada viva na Turquia para defesa da honra da familia". É esta Turquia que acham que deve alguma vez fazer faz parte da Europa?

Solidariedade


"É uma página negra para a laicidade"

Numa atitude igual à do fascismo islâmico onde a religião é um dever público e não um direito privado, O JUIZ ITALIANO LUIGI TOSTI É AFASTADO DAS SUAS FUNÇÕES. Impedem-no de exercer, por não acatar uma circular de Mussolini.
A Europa só terá voz para combater qualquer forma de fascismo de Estado se entre nós for coerente.
.
Alerta visto no Ponte Europa.

04 fevereiro 2010

Ainda o Crespo

O grande Mário é isto!

Mário by himself.

Liberdade de Expressão ou liberdade de “Informar”?

Tudo visto aqui, no Pátio das Conversas


Reedição: Aqui no Câmara Corporativa também há matéria suficiente para se ficar com uma ideia do que se passou, veja-se este sobre a Crespologia... Ou esta repescagem de um texto de Cintra Torres. Também por lá descobri que Crespo é testemunha da Guedes e do Moniz no famoso processo da TVI. Tudo se conjuga.
.

02 fevereiro 2010

"Pulhices" e "Palhaçadas"

As palhaçadas e as pulhices que estão a envolver Mário Crespo começam a feder. Tenho visto entrevistas que pela raiva subjacente ou pela besuntice babada lhe definem o carácter por detrás da máscara. Não sou obrigado a levar com comissários de outros interesses, travestidos de ingénuos jornalistas e nenhuma destas "palhaçadas" e "pulhices" são inócuas.

Há muito que me habituei a saber ler e ouvir a Comunicação Social e teria que estar eu num manicómio se colocasse as Guedes e os Crespos na galeria dos que contribuíram alguma vez para isso. Parece que vai estar nas jornadas parlamentares do CDS/PP... Fará lá falta por certo, vai ter o seu banho de afecto, mas não é disto que o Jornalismo precisa nem é assim que vai sobreviver.
.
Reedição: Ou se quiserem, ele é um bom jornalista, como Jardim é considerado um bom político, o Pinto da Costa um bom dirigente desportivo ou Toy um bom cantor. Há audiências e gostos para tudo, eu é que não sou obrigado a alinhar pelo gosto comum e ninguém me pode proibir de o confessar. Fica pois a confissão. E daí?
.
.
.
.