26 abril 2007

Aqui está ele!...

Já lhe tinha visto usar aquela atitude torpe e sarcática, sempre que se sentia a perder a razão no bebate que teve com MMCarrilho, na disputa pela Câmara, mas nunca tinha visto como hoje um politico fazer chacota de outro, macaqueando com gestos e arremedo de voz, numa atitude de zombaria baixa e reles, atingindo o Advogado Sá Fernandes, do Bloco de Esquerda. Este homem, Carmona Rodrigues, veste uma pele falsa. Aqui está ele.

Os Dias da Música - Rectif.


Um comentário oportuno ao post os Dias da Música, um pouco mais abaixo, leva-me a fazer esta correcção aos valores ali apresentados:

...” Segundo Mega Ferreira, somando os 372 500 euros angariados em patrocínios, o CCB só gastou, incluindo impostos, 75 mil euros com esta primeira edição dos Dias da Música, o que nos leva a um custo final de 598 613 euros. Face ao anunciado tecto orçamental de 450 mil euros, verifica-se uma derrapagem de 33% nos custos. Em termos de comparação, a última Festa da Música teve uma derrapagem de 20% (de 1 milhão para 1,2 milhões de euros). Mais: o custo pretendido de um terço da Festa da Música resultou num de apenas metade.”...

do Diário de Notícia de 23/04/07.




25 abril 2007

Edmundo Pedro e Abril

Edmundo Pedro e a sua Familia foi antes de 1974 uma das maiores vítimas do regime. Mais tarde, o seu currículo foi honrado com os silêncios a que se remeteu, arrastando consigo o desvio de responsabilidades a outras personalidades públicas, na distribuição de armas a civís na crise de 1975, só recentemente reveladas. É portanto um homem de ética, de honra e de uma verticalidade cada vez mais raras em Portugal.

Mas foi este o homem que eu ouvi hoje ser assobiado na subida ao palco das comemorações do 25 de Abril, no Rossio e o que é grave é que as bandeiras eram vermelhas.

Não há nenhum princípio de solidariedade que me obrigue comungar com gente que está nestas coisas com o mesmo espírito do Chão da Lagoa, ou do estádio de futebol.

Já não ouvi os discursos e abominei os que me viram muitas vezes ao seu lado nestas lutas. Impunha-se em nome da seriedade que o aparelho partidário dos assobiadores se demarcasse da atitude e fizesse a necessária pedagogia que muitos andam a precisar. Se o não fizer consente, ou convêm.

22 abril 2007

Os Dias da Música

Temos que ser justos com o novo figurino que substituiu o anterior festim musical que era a Festa da Música no CCB. Se com um terço da verba que se gastava foi possível apresentar Dias de Música em Belém como estes e em vez de 1,2 milhões, gastar apenas 400 mil euros, não vejo porque não os devemos considerar um êxito. Isto prova que a Cultura não está na razão directa do dinheiro que se gasta.

O som que se ía ouvindo por átrios e corredores, com muita gente interessada e a finalização com Huseyin Sermet ao piano, a tocar magistralmente Moussorgski em Quadros de uma Exposição, com um final grandioso na Grande Porte de Kiev, valeram inteiramente mesmo para um leigo como eu.

Parabéns Mega Ferreira, estás perdoado pelo “outro” desvario...


21 abril 2007

Olha! E o Canudo?

Hoje não ouvi falar do Canudo!...

Estará na altura de se falar aqui do Canudo?

É melhor não, não vá desatar tudo aos berros pelo Canudo!

17 abril 2007

A grande Senhora, Morgado

Está novamente a fazer o que nunca deveria ter sido interrompido. Mas se como diz a Comunicação Social hoje, há uma enorme unanimidade nos operadores judiciários na sua nomeação, sendo agora uma “super-procuradora”, ao acumular os cargos mais importantes da investigação dos crimes que mais lesam o país, porque razão calaram tão silenciosamente aquela estranha substituição, por um senhor que saíu alguns meses depois, feita por uma ministra de que já nem me lembro o nome? Portugal é antes de tudo um problema de Justiça e essa atitude coube lá inteirinha...

15 abril 2007

Antonio Lobo Antunes

Ontem, descobri aqui, já com atraso, esta auto notícia, como alguém lhe chamou.

Fiquei então, como agora. Sem jeito. O olhar no écran à frente. Incapaz de me ordenar um movimento ou pensamento que fosse digno de todas as relações que o momento envolvia. Ele não nos perdoaria qualquer laivo de lamechisse ou de aproveitamento como um post pode parecer, mas não é, porque isto não é um blogue é um diário, por isso cabe aqui o desabafo.

Em nome de um certo cometimento que estas ocasiões impõem, ler a notícia e virar a página também era uma traição a qualquer sentimento. Dalí prá frente, as páginas já não íam ser lidas, só as folhas viradas. Fechar e desligar era uma espécie de cobardia e abandono para proteger já não sei o quê. E serei tudo, menos cobarde.

O impulso que me dominava era tentar fazer com que ele soubesse, para que essa força o ajudasse - e sei que ajuda - de como todos nós o amamos, como gostávamos que ele soubesse de tantos silêncios contidos, porque ele, mesmo com aquela distância a que nos mantém, faz parte das nossas vidas. Muito do que todos nós escrevemos tem raizes, como as plantas as nossas ideias sugam alimento de algum lado, e nele, encontram uma enorme mina de àgua cristalina.

Como é tremendamente difícil dizer alguma coisa sem trair a proposta inicial, fico por aqui António.

13 abril 2007

A sopa no passeio...


Aqui reservaram-nos um quinto do passeio!... Um peão de cada vez, de cabeça baixa!...

Será que não há lei? Ou não há fiscal? Ou está bem assim?
Sei lá! Já não sei!

12 abril 2007

"Que ganda nóia"

A sede do poder pelo poder é uma das baixezas morais do homem, porque decorre do atropelo à sua matriz natural para dominar o meio e porque é sempre acompanhada dos processos mais vís, para o alcançar.

Aqui está uma serena resposta de alguém que se distanciou e atingiu um distinto patamar, em tempos impensável: Duarte Lima e a resposta. Outra vez na TSF.

11 abril 2007

Aflitos pelo "Canudo"

Pasmo com o frenesi doentio que por aí vai à volta dum “canudo”. Até Francisco Louçã se deixou enterrar pela clarividência de Pires de Lima, aqui na TSF! Se alguma dúvida houvesse do mal que nos anda a fazer a comunicação que nos dão “agenciada”, aí está... Tornamo-nos uma caricatura de nós próprios. Doutores ofendidos, jornalistas histéricos e democratas de pacotilha, arremessando-nos com a colagem a uma ética tardia, empertigam-se num fingimento que cada vez mais expõe os seus objectivos.

Mete de facto nojo esta polémica, tanto mais que acabo de ver na internet, num motor de busca nacional, a ficha da Assembleia da República ( ! ), com todos os dados pessoais, números de BI, contribuinte, passaporte, telefones, moradas etc., dados inteiramente privados!... Tudo ali está.

Não sei onde nos leva tamanho despudor, e como pode aquilo estar ali colocado com publicidade e tudo e o que dirá ou fará o próprio logo mais, na entrevista, mas sei que inesperadamente esta suja campanha está a fazer de mim um apoiante de “José Socrates”.

08 abril 2007

"Crime " na Costa Vicentina

Algures, próximo destas bonitas falésias que andamos há algum tempo a preservar, considerando esta zona protegida e à qual chamamos Costa Vicentina:


um Vasconcelos qualquer, mais um, em nome de um empresário espanhol, arranjando subterfúgios e interpretações cartográficas, vem dar-nos lições de como gerir a nossa costa, tentanto os dois demonstrar que as limitações que a nossa lei lhes impõe naquela zona, não tem razão de existir, porque são eles que sabem os limites da protecção da paisagem. Em Portugal, o crime ambiental tem compensado, primeiro porque ninguém fica a bater com as costelas nas grades, depois, porque há sempre mais valias que recompensam alguma penalização. O facto de os Alentejanos terem batido a rebate é o melhor que aconteceu da notícia, porque indica que existe, apesar das dificuldades que sentem com aquelas restrições, uma consciência de que aquele é um património que devem preservar. Exige-se agora a multa, a coima, a reposição dunar e a reflorestação com as espécies danificadas, acompanhadas de técnicos do sector. E nós estamos cá para ver como vai ser.



Dali, como num 1º. Balcão, vemos pôres-do-sol como estes.

01 abril 2007

Biológicos e Transgénicos


O eventual uso de pesticidas e a contaminação por transgénicos na agricultura biológica, esteve esta semana em risco de ser permitido na Europa. A Comissão Europeia apresentava uma proposta que possibilitava que a falta de escrupulos nesta produção pudesse apoderar-se da sigla do “produto biológico europeu” prejudicando económicamente os que mantivessem a genuinidade. O que estava em jogo é a cobiça sobre um sector que cresce a 30% ao ano, segundo declarações da Quercus no jornal Metro que dizia: “...quem vai beneficiar são os grandes aglomerados agro-industriais, que há muito querem apoderar-se do conceito de agricultura biológica, nem que para isso tenham de o destruir”.

Mas o problema mantem-se, porque o poder económico do lobby dos transgénicos é avassalador e não vão desistir. Aliás, a própria votação assim o diz, porque a abstenção também é perigosa, senão veja–se aqui a votação e a notícia.