30 setembro 2006

Solidariedade na Música - II


Acompanho há algum tempo este blog que se debate com um problema que pode à priori parecer uma questão menor, mas talvez merecesse um olhar mais atento.

Parece tratar-se de uma questão de boa ou má gestão num estabelecimento de ensino e divulgação da música que tem fortíssimos apoios de instituições da Republica, cujos efeitos só estarão a ser mensurados num curtíssimo prazo, em função de mais ou menos concerto, mais ou menos aluno, mais ou menos resultado e poderem estar a ser camuflados aos avaliadores que decidem a continuação das ajudas, outros actos de gestão que como uma bomba relógio se reflectirão fatalmente num happy end.

A prepotência de alguém que entrou para por em ordem os problemas financeiros, está a resultar, em valores que ainda não são conhecidos, de indemnizações a pagar por muitos processos já em tribunal de despedimentos à la carte, de tal monta, que venha quem vier, só poderá vir para um triste fim.


A ser assim, será justo pedir que venha outra Direcção alheia a tudo isto para ter que varrer os cacos? Não é mais meritório ficar esta a colher os maus frutos que semeou, com a vantagem de não ir fazer estragos noutro lado? Uma das coisas que mais indigna o meu espírito de cidadania é o campeamento da impunidade e da prepotência dos pequenos ditadores deste país, onde se brinca demasiado com a definição entre a negligência e o dolo.

29 setembro 2006

Os cus de Serralves

O moço ouviu dizer que para fazer Arte tinha que ser, provocatório e vanguardista. E pelos vistos em Serralves há gente sensível ... as estas provoações. Não alinho normalmente no coro dos ofendidos com as provocação da Arte, de outra forma, estaríamos a entrar no Renascimento, mas não é a fotografar rabos, digo cus, ânus (!), porque os rabitos até podem ser bem fotogénios ou artísticos, ou a bosta seu produto, que me fazem alinhar no coro seguidista de vanguardismos envergonhados.

Almada dava cabo deles, expunha os ossos da sua formação artística ao sol. Nunca mais queriam fotografar cus.


Só fui uma vez a Serralves, mas perdi-me nos seus exteriores que são bem bonitos. Desconheço a sua orientação artística, mas para mim, esta dos cus é uma fraude. Porque ter como objectivo primeiro, esse sentimento geral de rejeição (que não polémica) do público, àquela amostra, é muito curto para o considerar Arte.


Por mim, está rejeitado, porque enojado.

26 setembro 2006

Academia das Ciências de Lisboa


Apesar de amigos, nem todos temos na mesma medida, uns sobre os outros, o mesmo grau de influência, sem que isso diminua o valor das nossas amizades. Mas apenas, porque a uns nos assemelhamos mais, do que a outros, em termos de gostos pessoais. É assim natural, levarmos mais em conta uma opinião sobre um livro, um filme, um trabalho, a uns, do que a outros, porque a nossa convivência arrumou cada um no seu lugar específico.

- Tio, “tens” que ir ver! É uma sala do outro mundo! Que coisa linda!


E fui no dia seguinte.


Devo confessar a minha “não especialidade” em muita coisa, até mesmo a comer caracóis. Mas a este hiato, entre o conhecimento nos anos idos do liceu, da criação da Academia Real das Ciências, por D. Maria I e a redescoberta em 2006 da Academia das Ciências de Lisboa, não sei o que lhe chame. Mas ali está, não onde foi criada, mas quase, na rua do mesmo nome, no bonito Convento de Jesus, com uma biblioteca portentosa de valor, com mais de um milhão de espécies que incluem a antiga biblioteca do Convento com os seus valiosíssimos livros e manuscristos.


Obrigado Cristina Graza, porque se não fosses tu, não teria tido o privilégio de ter estado naquela soberba sala e sentido o silêncio mágico que aqueles livros quase impõem.


http://www.acad-ciencias.pt/ , mas vamos voltar.




Fotografia obtida directamente do catálogo da Academia.

23 setembro 2006

O Envelope 9


O Ministério Público acusou os jornalistas de crime de acesso indevido a dados pessoais.

Ouviram o Dr. António Marinho Pinto, hoje, na SIC Notícias, quanto à questão do famoso Envelope 9? Ouviram-no falar na Lei da Rolha? Viram a frontalidade e a coragem com que afronta o enquistamento da malsanidade na Justiça e nos procedimentos das hierarquias superiores, das nossas Magistraturas e Procuradorias? Sabem que foi por frontalidades destas que este senhor acabou por ter que sair em tempos da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados? E que pena que eu tenho que a Ordem não tivesse escolhido uma figura destas para a representar e dignificar? Portugal precisa urgentemente de gente com vontade de combater e desancar até ao osso, porque nos estão a por cinzentos.

- Isto é a dissolução do Estado. Disse. E ela pode muito bem começar pela Justiça, de tal forma são os exemplos mais comezinhos. A nossa Justiça esclerosou numa consanguinidade fatal. Precisa urgentemente da sua revolução. É isso Dr. António Marinho Pinto.

20 setembro 2006

Os Pombos e as suas merdas.


São responsáveis por isto, quem faz e quem permite que se faça. Isto é assim há muito tempo, mesmo no centro do passeio da maior avenida de Lisboa, em frente da minha porta. O alimento e a àgua são postos directamente em cima da calçada, durante o dia e à vista de todos. Só a incuria camarária e a cobardia de todos quantos aqui vivem não consegue ver. Desculpem, mas é tudo uma bosta.

17 setembro 2006

Uma verdade inconveniente

De vez em quando há um americano que não se conforma, ganha coragem e abala a credibilidade com que aquele país tenta fazer-se passar aos olhos da humanidade. Foram as revelações que um dia o Dossier Anderson nos trouxe sobre o derrube de Allende, no Chile, é o cineasta Michael Moore que tem que brincar para denunciar, é Noam Chomsky que escreve sobre as verdades que os americanos não têm acesso, através da auto censura dos seus próprios média. Agora, foi o ex-Vice Presidente Al Gore a fazer excelente comentário no filme “Uma verdade inconveniente” e a denunciar a irresponsabilidade do poder americano em matéria ambiental. O filme é obrigatório e é urgente ver, mesmo por quem ache ter já suficiente formação sobre o Ambiente.

No seguimento disto, esta semana, o programa "60 minutos" da SIC, fez revelações verdadeiramente preocupantes sobre a censura directa (a mesma que nós tivemos em ditadura, lembram-se?) de um Secretáro de Estado do Ambiente a trabalhos que iríam ser publicados por um dos cientistas mais importantes a nível mundial, em matéria de Ambiente. Esse censor era apenas um advogado que tinha sido o representante do lobby das petrolíferas.

As imagens em exibição são dramáticas e a maior parte são vistas pela primeira vez. Temos dez anos para estabilizar os indices e os seguintes para inverter a situação, caso contrário, teremos a destruição totalmente visívil nesta geração. Mesmo que não acredite, vá ver. Oxalá seja exagero.


Entre nesta página: www.climatecrisis.net e dê uma olhada no extracto do filme.


Dez coisas que pode começar por fazer:

Clique na imagem para aumentar. O cartaz do filme indica alguns pequenos passos que multiplicados farão alguma diferença.


Seja parte da solução e não pense que está só nesta iniciativa, há muita mais gente preocupada. Aprenda mais e torne-se activo.

Prepare-se para que lhe chamem fundamentalista. Foi o que o pai Bush chamou a Al Gore em campanha eleitoral, por causa de Quioto...

Espalhe a mensagem.


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10 setembro 2006

Borboletas? Porque não?!


Primeiro, fizeram as delícias da nossa infância, mais tarde renovam-nos a esperança em cada ciclo que nascem. Eu não sabia que tinhamos tanta espécie em Portugal e muitas mais coisas interessantes ficamos a saber através do conhecimento destas criaturas lindíssimas, na única estufa de borboletas ibéricas, no Jardim Botânico, da Universidade de Lisboa.

Em Portugal nascem e mantêm-se projectos destes apenas pela carolísse de alguns - Tagis e Parque Biológico Gaia - pelo que merecem todo o nosso apoio. Este, deve ser um exemplo. Para já, foi um só dia, uma espécie de pré inauguração, em 11 de Novembro volta a abrir portas, nessa altura já terão nascido outras espécies e a pequenada vai gostar de ver borboletas numeradas a voar. Leu bem, tem número!...

Um único reparo: não seria possível no Jardim Botânico arranjar mais espaço para tão merítória iniciativa?

06 setembro 2006

República ou Monarquia?


Súbditos ou Cidadãos?

Apesar disto, um dia será entronizado pelos seus pares republicanos, também do continente. Hoje, assobiam e disfarçam, amanhã vão disputar a fila na cerimónia, porque sabem que a memória do povo é curta.

Já não posso ver charutos. Todos eles o exibem. O último digno de que me lembro, foi o de Churchil.

De quem é o defeito? Deles ou do charuto?

02 setembro 2006

28

Comprar Português


(...) " É fundamental apoiar a produção nacional!

Os portugueses vivem hoje num clima de crise, desde o desemprego, à nossa fraca economia,é certo que quem mais sofre somos nós, mas o que certamente muitas vezes não nos passa pela cabeça é que podemos ter uma certa culpa nesta grave situação. Frequentemente, quando vamos às compras, tentamos ir à procura do produto mais barato, mas o que agora é barato, pode vir a curto prazo, a tornar-se muito caro para todos nós. Desde a mais pequena especiaria ao peixe que comemos, o nosso mercado está inundado por produtos fabricados no estrangeiro. Tendo normalmente esses países uma economia mais forte que a nossa, conseguem vender os seus produtos a um preço mais baixo e, desta forma, somos levados, a comprá-los. Mas, quando o fazemos, estamos a contribuir para um maior crescimento das exportações desses fabricantes estrangeiros e, sem dúvida, por vezes, a tirar postos de trabalho no nosso país. Quando não compramos produtos nacionais e compramos artigos estrangeiros, os nossos fabricantes são obrigados a subir o preço dos seus produtos para compensar as quebras de produção. Ora se os produtos concorrentes já eram mais baratos na origem, isto faz com que os nossos fiquem ainda mais caros. E sendo mais caros, ninguém os compra. Toda esta situação leva posteriormente ao encerramento de muitas empresas e consequentemente ao crescimento do desemprego." (...)

Vá ler o resto porque há mais informação útil.