29 dezembro 2007

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MÚSICA NO BLOG
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Ouve tempos em que não gostava que me dessem música sem aviso. Agora o gosto é outro e passei a entender que só ouço se quero. Prometo não deixar ficar cada estilo musical muito para além do aceitável.

27 dezembro 2007

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Ponte Romana em Alter do Chão. Monumento Nacional. Século I.

Resiste há séculos suportando todo tráfego entre Ponte de Sôr e Alter do Chão, no Alentejo, até quando? Só chegaremos à conclusão de que o limite de velocidade exigida e a passagem de um veículo de cada vez não foram suficientes, quando a degradação se tornar irreversível. Não seria altura de a dignificarmos, aliviando definitivamente a carga rodoviária e projectando-lhe as luzes da ribalta que merece?

26 dezembro 2007

Os Ingleses. Outra vez!...

Cretinos como Tony Parsons continuam a encontrar apoio na orientação panfletária de jornais como o Daily Mirror para atacar Portugal, a polícia, os jornais e os portugueses em geral, numa sanha persecutória xenófoba e racista que merece da nossa parte a devida resposta.

Joana Morais atenta à pulhice destes bastardos alerta-nos aqui neste post: Tony Parsons and Daily Mirror, para mais este ataque que não devemos deixar passar em branco. Vá lá e faça o seu protesto nos links incluídos no post.

E oficialmente, alguém faz alguma coisa? Não há nada para reparar? Temos que ser só nós aqui a prestar este serviço à Nação?

25 dezembro 2007

Troca de Presentes


" Há algum tempo atrás, um homem castigou a sua filhinha de três anos por desperdiçar um rolo de papel de presente dourado.

O dinheiro era pouco naqueles dias, razão pela qual o homem ficou furioso ao ver a menina a embrulhar uma caixinha com aquele papel e a colocá-la debaixo da árvore de Natal.

Apesar de tudo, na manhã seguinte, a menina levou o presente ao seu pai e disse: “isto é para ti papá!”

Ele sentiu-se envergonhado da sua reacção furiosa, mas voltou a “explodir” quando viu que a caixa estava vazia .

Gritou e disse: “Tu não sabes que quando se dá um presente a alguém, se coloca alguma coisa dentro da caixa?”

A menina olhou para cima, com lágrimas nos olhos, e disse: “Oh, papá, não está vazia. Eu soprei beijos para dentro da caixa. Todos para ti, papá”

O pai quase morreu de vergonha, abraçou-a e suplicou-lhe que o perdoasse.

Dizem que o homem ainda hoje guarda a caixa e sempre que está triste, mal-humorado ou deprimido pega nela e tira de lá um daqueles beijos imaginários.


Desta forma simples, mas sensível, cada um de nós já tem recebido uma destas caixinhas douradas de pais, filhos, irmãos, avós, tios, primos, amigos...

Esta não é dourada mas lá dentro tem um presente muito especial para quem a receber.

Muitos sussuros de votos de Bom Natal e óptimo 2008! "
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Este caixinha com estes votos, calhou-me a mim na troca de presentes de amigos neste Natal. Obrigado Zé e Mili, foi melhor do que se tivesse vindo cheia.

Autor do conto trazido pela Mili, desconhecido.

23 dezembro 2007

Ainda sobre Saramago

Aditamento e resposta a comentário no post Saramago, cada vez menos.

Quer se queira quer não a importância da territorialidade é uma imanência do mundo animal, anterior portanto aos alvores do Homem. A invasão e derrube das demarcações entendidas por cada um à sua maneira, é ainda um dos principais motivos dos seus desentendimentos.

Fazer parte de um grupo ou de um povo é também partilhar um património que pode até ser imaterial, como a Língua. Sentir a perda desse património pela indução de qualquer pressão, conflitua naturalmente com a matriz inscrita em cada individuo, a uns mais do que a outros, porque não somos todos iguais. Deve ser por este principio, a que sou alheio, que rejeito pertencer a um grupo que à cerca de 900 anos vive um território e um património diferentes dos meus e a abdicar, apenas pelo jeito que dava, a chamar ao meu povo pelo nome da península. Continuo assim a entender que não é a importância de um Nobel que legitima que se passe a escrever tudo quanto ele diz sob esta matéria.

Fala-me do povo galego e do transmontano e ainda bem, porque aí, trata-se de um património imaterial quase comum. Peço-lhe que dê um vista neste Portal Galego da Língua para ler sobre aquele bem comum e dos sentimentos de proximidade de que se fala ali. Esta, é a mesma que eu sinto por eles apesar da distância, e não sinto com a Espanha da Estremadura aqui ao lado, apesar de vizinho. Porém, até hoje ainda nenhum cidadão espanhol superou a cordialidade do meu trato.

Eu também não tenho respostas certas para nada e registo a humildade com que diz que também não as sabe e que é para si uma questão em aberto, o que é prova de sabedoria.

P.S. – Quanto ao tal apoio mútuo nas invasões francesas, acabou por resultar na perda, ou melhor, na não devolução de Olivença, como sabe! Sobre isto, peço-lhe que aceite mais esta sugestão de leitura onde pode verificar que as coisas não foram assim.

19 dezembro 2007

Em Portugal não vemos isto!

Isto vem a propósito de uma Petition Online para a: Não à implementação das novas medidas de higiene alimentar da A.S.A.E., já!

O estrangeiro sempre foi para nós uma bitola de aferição dos nossos atrasos ou daquilo que fazemos mal, sendo frequente ouvirmos a queixa: Lá fora não vemos isto! Descontando a falta de convergência económica, estamos agora a evoluir e a esbater diferenças, conseguindo até fazer melhor, e tem havido marcos recentes a partir do quais esse paradigma se alterou. Portugal está em alguns aspectos a forçar mudanças de mentalidades que são sempre reticentes e mais lentas que o próprio progresso.

Os portugueses são na sua higiene pessoal asseados, mas bastante negligentes em termos de higiene pública. A mudança necessária só podia ser feita compulsivamente, porque de nada serviram as normas e os modelos anteriores Nós éramos ainda há pouco o país onde vi turistas fotografarem para recuerdo, numa praça, a bancada do peixe de um ângulo arrasador: uma balança de ferro, os pesos enferrujados e uma rodilha escura suja e ensopada, eram o encosto de peixes mal amanhados. Essa, é agora uma imagem cada vez mais rara.

As cozinhas dos restaurantes, já nos vão dando agora mais confiança no que comemos, quanto mais não seja por receio da fiscalização. E muitas irregularidades eram apenas problemas decorrentes da incúria. Já vamos entrando agora nos lavabos sem ter o autoclismo avariado ou a falta de sabão e papel, e sem sairmos de lá com os pés duvidosamente encharcados e mal cheirosos.

São já muitos os exemplos que podem atestar mudanças positivas, e quanto às Bolas de Berlim que estão a servir de bandeira, conheço por aí algumas Helenas que vomitavam as que tinham comido se vissem algumas das unhecas que as fabricam. É tempo de acabarmos com os copos passados por um alguidar para servir o cliente seguinte. Um amigo dizia-me ter visto à pouco no estrangeiro uma cena de venda de alimentos na rua de forma anormal e que a expressão que lhe saiu foi esta: Em Portugal não vemos isto! Podemos estar em vias da mudança do discurso. Então em que ficamos? Queremos ou não superá-los? Agora que começamos a por ordem e nos deixamos da javardisse em que temos sido pródigos em termos de higiene pública, já achamos que assim não vale? Ou lá porque estamos a fazer melhor que os outros e que os excedemos, já somos tolos? Não será isto falta de confiança em nós próprios? E porque deve o cidadão normal que beneficia destas medidas apoiar o seu boicote?

14 dezembro 2007

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Ota ou Alcochete?

Poucos de nós terão o conhecimento necessário para ter em relação à localização de um aeroporto uma opinião incontornável. Opinar assim, pouco mais é do que, eu acho que.

Contudo, cada vez mais começa a parecer que a opção Ota não era a única possível, nem a mais barata, nem a mais aconselhável. A maior parte dos pareceres técnicos e opiniões começam a coincidir, porque as diferenças são enormes vistas de todos os ângulos, fazendo assim sentido aquela opção que todos achavam estranho não estivesse a ser equacionada, de cada vez que se olhava para aquela área tão plana e natural para a exigência de um projecto com aquelas necessidades. Alcochete é mais do que uma alternativa, começa a ser uma certeza difícil de descartar que ninguém perceberá se vier a ser chamado a pagar mais não sei quantos mil milhões pela diferença. Mas isto, posso ser eu também a achar que.

12 dezembro 2007

Música de Natal

Compensando os postais de Natal que não recebam, fica aqui durante esta quadra uma boa colectânea de Natal que encontrei. Aguarde apenas uns segundos.

Bom Natal a todos.

07 dezembro 2007

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O Postal de Natal

Os poucos que o faziam por correio perderam a tradição. O postal é agora virtual e sem magia e vai para uma lista de endereços apenas num clique.

Cumprimos agora um ritual cada vez mais longe dos afectos que a nossa memória ainda nos trás, julgando cumprir o Natal, mesmo aqueles para quem esta quadra é um dogma de Fé. Compete-nos então escolher que tradições não queremos perder com a voracidade da evolução dos tempos.

Faço votos para que a memória vos traga um velhinho postal de Natal.

05 dezembro 2007

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Saramago, cada vez menos.

O recente documentário da SIC sobre Saramago, é uma entrada na sua vida privada e centra-se na sua aparição pública apesar de doente e muito debilitado, na inauguração da exposição sobre a sua vida, e de uma Casa museu. Ao mesmo tempo, ficamos a saber que está a ser acompanhado há mais de ano por um operador com uma câmara em permanência, para corresponder a um projecto cinematográfico de Pedro Almodôvar, cujo título ou tema julgo ter ouvido bem, é a União Ibérica. Isto, depois de termos tido o espanhol Carlos Saura a levar só da Câmara de Lisboa um milhão de euros, mais não sei quanto do Turismo de Portugal, para nos fazer um filme sobre o fado que só consigo ver na sala 2 do espanhol El Corte Inglês, é obra!

Se juntarmos todas as declarações que têm sido produzidas, também por ele, neste espaço de tempo, verificamos que alguma coisa tem andado a ser “trabalhada” para produzir esse efeito do levantamento da questão Ibérica, e a inauguração agora de uma casa de cultura portuguesa em Lanzarote com parte dos seus bens pessoais, por um ministro espanhol, é, em termos culturais, uma cena patética.

Saramago deixa em Espanha um produto cultural português que deveria ter curado de deixar em Portugal. Não lhe perdoo mais esta, como não lhe tinha perdoado declarações anteriores, porque não foram os espanhóis que se ofenderam com as afrontas de Sousa Lara, ministro de Cavaco Silva, mas sim os portugueses que manifestaram essa revolta, como aqui, “... o que temos sabido fazer, é correr com gente boa só porque alguma pretensa sujidade se lhes pegou. São tantos os exemplos que é mau dizer, para não excluir, mas ainda assim não posso deixar de referir três nomes: Saramago. Prémio Nobel. Foi corrido por um farçola de um tal Sousa Lara que desde aí, o que tem feito é andar com a justiça à perna ...”, ou aqui, “...estas “personalidades” que ajudei a dignificar, bramindo contra os odientos Laras dos consulados Cavaco, os tais que lhe vedaram então o acesso há Europa." , pelo menos até ao momento em que começou a iberizar o discurso e a revelar muito pouco sentido da Pátria em que nasceu. Já era tempo de deixar de se sentir perseguido, o Lara já cá não anda há muito e Cavaco já deve estar arrependido.

02 dezembro 2007

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Parabéns Dr. Marinho e Pinto

A sua eleição a Bastonário dos adovagos é também uma vitória daqueles que acreditaram em si, como eu aqui: ao Dr. Ant. Marinho e Pinto, no O Envelope 9, e O Envelope 9 – II.

Porque falo de si, se nada tenho a ver com a sua área e não tenho interesses directos na forma como gerir os destinos dos advogados? É porque o tenho como um lutador por causas e não se acomoda como todos à sombra da protecção política ou de grupos instalados, fazendo isso de peito aberto, correndo os riscos que ninguém ousa neste país, onde o importante é garantir o sustento não afrontando poderes, e isso merece ser evidenciado.

01 dezembro 2007

O 1º de Dezembro


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" A expressão Iberismo significa a tendência para integrar Portugal num todo peninsular. Tratando-se de um aspecto de carácter político sendo, por isso, uma questão que não tem existência ao nível popular, pois que a massa da Nação há muito deu provas de não sentir qualquer desconforto com a independência e constituir já uma individualidade tão fortemente estruturada que só manisfesta espanto ou indignação perante o artificialismo do problema." Esta definição encontra-se exposta no Palácio da Indepência.
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Recebido por email, hoje: Rafael Valladares, historiador espanhol, no seu recente livro sobre a independência de Portugal, diz: "Quando digo a alguém que em Portugal não gostam que a companhia aérea espanhola se chame Ibéria, porque Ibéria é toda a península, eles ficam surpreendidos, porque pela primeira vez compreendem que Ibéria não é um nome justo. Ou, quando se pede a uma criança para desenhar um mapa de Espanha, ela desenha a Península Ibérica, e temos que lhe dizer que é preciso separar Portugal. Mas são actos inconscientes."
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Nem todos os espanhóis são iguais, há alguns diferentes. Uma chapelada a Valladares.
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Post reeditado