25 novembro 2008

Momentos de excepção

Menina dos Olhos D'Água

Mário Viegas, um vulto da nossa cultura com falta do reconhecimento devido. Pedro Barroso, autor e intérprete de excepção da música Portuguesa. Menina dos Olhos D'Água, seguramente uma das mais bonitas canções portuguesas.

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23 novembro 2008

Defender um Hospital Pediátrico

Já aqui vos pedi adesão à causa pela defesa do Hospital de Dona Estefânia. Volto com a questão por não ser assunto encerrado, dado que o Estado optou mesmo pela extinção do Hospital. As nossas crianças podem assim ter que vir a partilhar com os adultos o novo Hospital de Todos os Santos, a construir em Chelas, em vez de se criar junto a ele um dedicado a cuidados pediátricos cujos inconvenientes podem ver tratados na convocação dos profissionais da Plataforma Cívica, para o Fórum no dia 27 de Novembro, às 12H00, na Sala de Conferências do H.D.E., ou aqui.
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21 novembro 2008

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Qual é a função do professor?

(Reeditado por inclusão de Nota)
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Tomar uma posição sobre a avaliação dos professores, não sendo professor, seria meter a foice em seara alheia com a possibilidade de o fazer de forma errada. Se o fizesse com base no que ouço, não seria mais do que debitar uns bitaites sobre alguma coisa que ouvi e nessas circunstâncias corria o tal risco de estar apenas a achar que. Prefiro assim escrever sobre o entendimento que tenho disto, balizado em percepções que tinha anteriores a este braço de ferro.

Devo confessar que depois das refregas para consolidação de Abril, algumas lutas me desiludiram, dando por mim muitas vezes quase levado para a defesa de corporativismos que abomino, por serem o contrário daquilo em que acredito. Tornei-me então mais cauteloso. Mas o que já escrevi sobre os Professores e o Ensino não deixam dúvidas e atestam a importância que atribuo à dignificação da sua carreira, sem a qual não me parece que venhamos a ter os tais grandes professores que nos ensinaram e respeitamos. Essa grande mudança, é também um processo doloroso para os professores mas parece que deve ser feita, e também por eles. Por aqui se vê que não vai ser fácil, porque serão também as relações pessoais a estar em risco.

Um dos problemas com que os professores se debatem, dizem-me, tem a ver com a panóplia das suas funções. É curioso, mas este blog está em posição de confirmar que isso é verdade. Experimente pesquisar no Google a frase: qual a função do professor. É isso, vem parar ao Arroios. Esta frase é a mais pesquisada no acumulado do Sitemeter deste blog, o que nos diz que há muita gente com dúvidas sobre o que deve ser a Função do Professor. Se assim é, há qualquer coisa por esclarecer e talvez os professores tenham a sua razão. Faça lá a pesquisa, Senhora Ministra!
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Nota: Algures neste blog, iniciei um post com esta introdução: "... Acresce que, em Portugal, a escola se tornou, sem meios humanos e materiais para tal, um espaço multifuncional: aulas, dinamização social e cultural, apoio social, despiste de casos de diversas disfunções, acolhimento multiétnico, integração do indivíduo na sociedade, ocupação de tempos livres, ... Relegando um discurdo de vitimização, é pertinente clarificar e fundamentar a amplitude da função de professor na actualidade."
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Extrato do artigo, "E se, porventura, o ME tivesse razão?", do Prof. João V. Faria, da Revista Pontosnosii, de Outubro 2006.
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19 novembro 2008

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As Iberíces de Pérez-Reverte

Os espanhóis não perceberam ainda porque razão os portugueses não se reconhecem como Ibéricos. É estranho sabermo-nos da Península mas não nos sentirmos na aplicação do termo. Sabem porquê? Porque foi a forma inconsciente que encontramos de afastar a atração que Castela sempre quis manter latente.

Quando por várias vezes me insurgi pelos infelizes iberismos de Saramago, estava longe de pensar que tão rápidamente haveriam espanhóis a perder a vergonha e a reclamá-lo descaradamente.

Face às declarações de Pérez-Reverte, que podem ser lidas aqui: Jornal de NotíciasRTP 1Jornal Público, parece começar a ser preciso tocar a rebate e dizer três coisas:

1ª - A questão destes incitamentos é séria, e é preciso começar a responsabilizar, porque assim como eu não posso andar aí na rua a incentivar a opinião pública à revolta, com o fito de conseguir a cessação de uma parte do território nacional, não posso da mesma forma andar aqui a incendiar a opinião pública que leve à perda da independência nacional.

2ª - Há duas áreas em que é preciso actuar já, a primeira, é a que implica conhecer quem são os novos Migueis de Vasconcelos que por aqui ainda há, para que não vá ninguém pela janela fora erradamente. A segunda, é a de começar a saber quem são os bravos que se alinham para a defesa da nossa Independência e isso, implica formar uma rede, de conhecimento público mas também, secreto.

3ª - Avisar esses incendiários que esse movimento, espécie de Eta de qual a Eta teria certamente inveja, poria definitivamente em fogo a frágil união existente e lançaria o caos na Península de uma vez por todas, para depois termos não uma, mas várias jangadinhas de pedra. Seria assim uma espécie de Inferno de Dante, molhado. Capice?

Se alguém conhecer esse escritor Pérez–Reverte, diga-lhe que não conte só com os Vasconcelos que estrategicamente estão nas suas Imerdrolas, conte também com o patriotismo dos portugueses e ainda mais agora, com os apoios internos que já temos, favoráveis à suspensão da democracia por seis meses. Capice?
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13 novembro 2008

Anuências Históricas

(Reeditado). Ver aquela imagem de um presidente passar por uma ala de crianças que acenam com pequenas bandeirinhas de papel, de um lado as bandeirinhas da Região Autónoma da Madeira, e do outro as bandeirinhas nacionais, colocadas naquelas mãos por algum manipulador infantil, era uma imagem que desta forma, não esperava nunca mais ver utilizada na política em Portugal. Mas não, juro que vi hoje no telejornal.

Chega a esta distância o odor fétido daquela ilha. Dou por mim, não já a olhar Jardim quando fala, mas a detectar o que vai na mente das figuras que o acompanham, enquanto nos enche o ecran de gafanhotos. Alguns ficam na mesma, como se nada tivesse dito ou não o tivessem percebido, outros, de olhar vazio, distantes, parecem não estar lá, e os restantes “anuem”. Poucos parecem contudo perceber, e muito menos a perceber que estão a fazer história. Mas uma triste história.

Não é assim difícil entender que haja lá quem escreva desta forma, por já o ter escrito de todas as outras: (Sem conseguir resistir à tentação de vincar a mitomania de Marcello, basta recordar que a "anuência" do povo alemão - em eleições democráticas que nunca ocorreram em Portugal durante as lideranças de Salazar e Marcello - guindaram Hitler ao poder). - Vítor Sousa. Leia o resto. Mas já que o remeto para as leituras do Vitor, não deixe de ler este excelente post sobre a esperada falência da relação do Presidente da República com Jardim: A Madeira e o torpor do Presidente.


09 novembro 2008

No Botânico

Um encontro inesperado,


que dignifica o Jardim

e valoriza a Escultura.
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Aos Domingos no Terreiro

Não acho que a praça do Terreiro do Paço tenha as características que pretendem que ela tenha quando a encerram ao trânsito nos Domingos. Ela perdeu há muito essa função com a evolução da cidade, e tudo o que ali se passa e o aparato que é preciso, é forçado, e não se vê que tenha o carácter espontâneo que gostaríamos. Seria preciso inverter muita afectação na edificação da Baixa para que resultasse. Há coisas que são como são, não como gostaríamos que fossem.
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06 novembro 2008

Crise de/nos valores

José de Oliveira Costa ex-..., Manuel Dias Loureiro ex-..., Daniel Sanches ex-..., Rui Machete ex-..., Miguel Cadilhe ex-..., and so on! Tudo bons rapazes de Cavaco, numa espécie de reforma política num Banco com a cor certa. Mas agora pegou fogo e como se vê, fogo laranja. Uns não sabiam, outros muito menos e outros apontam o Banco de Portugal num tipo de fuga pra frente, numa acusação de que a-culpa-é-do-polícia-que-almoçou-bem-demais-e-deu-lhe-um-ataque-de-aerofagia-e-foi-ali-e-já-vem. Isto não quer dizer que este não ande a produzir bom trabalho. Não, nós é que não damos por isso, mas isso é defeito nosso! Escrevam o que eu vou dizer. Ninguém irá preso e ou muito me engano, ou ainda se arranja por aí um processo de difamação do bom nome e ainda vamos pagar caro a ousadia.

Vou ter que começar a dar mais crédito à minha intuição quando ela me impõe a rejeição de algumas figuras, é que aquele Oliveirinha da Costa, dos Assuntos Fiscais, foi sempre tão difícil de digerir. Desculpa Intuição, tinhas razão.

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03 novembro 2008

Uma Luta do Povo de Lisboa

Vota-nos à menoridade, um certo oportunismo dos Partidos em questões politicamente transversais, quando aproveitam movimentos espontâneos de Cidadãos e para eles se trata e só, de fazer apenas oposição. Fiquei chocado com o recente e caro anúncio do PSD, junto a Alcântara, sobre o actual problema do Cais de Contentores e da Frente Ribeirinha. O PSD esquece o que tentou fazer quando se lançou na aventura que seria a concretização do POZOR – Plano de Ordenamento da Zona Ribeirinha, no tempo de Cavaco e do tal Ministro do Mar Azevedo qualquer coisa? Nessa altura já lá andavam estes senhores e não os vi deste lado da barricada. Esquece que foram pessoas como MSTavares e outros apoiantes que se opuseram e movimentaram opiniões e conseguiram que aquilo fosse reduzido a um Pozorzinho? Hoje teríamos toda aquela faixa retalhada em mil bocados e ocupada num grande comprimento com uma barreira de construções, que era o que o Plano possibilitava. Não concordam agora porque não estão lá e o benefício se esfuma. Fiam-se na memória curta do povo mas agradecemos que não se colem, e sugiro aos subscritores do Movimento que não o permitam. Esta deveria ser uma luta do Povo de Lisboa, tenho pena de vê-la explorada como arma de arremesso.
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