29 outubro 2011

O Relvas... é um nooojo!

Agora disse: “Deixe-me dizer-lhe que muitos países da União Europeia vários países da União Europeia só têm 12 vencimentos. Essa tem sido uma tradição mais dos países do Sul da Europa, Portugal, Espanha, Itália. Aqueles que até se encontram em piores circunstâncias.”, No Jornal de Negócios.

O tipo disse: “dos países do (…) Sul da Europa”. Se são do Sul... é uma regalia indevida? Os parêntesis são meus, mas o compasso foi dele e representa o preconceito idiota na cabeça deste germanófilo, que ainda veremos um dia de carapinha loura disfarçado de ariano puro. Durante quanto tempo vamos ter que o aturar? Se a Maçonaria tem gente desta, quero ser espanhol!

26 outubro 2011

Coisas que insurgem o povo

Lobo Xavier dizia na SIC-N, a propósito do alarme criado por Passos Coelho, quanto à possibilidade de agitação social devido à crise, de memória: “Não acho que uma possível agitação social se dê por razões de ordem política, porque os portugueses já se deram conta que há medidas que têm que ser implementadas. Uma das razões pela qual as pessoas se podem insurgir poderá ter a ver com outro tipo de coisas como por exemplo: casos de corrupção, jobs for de boys, mordomias injustificadas e exageradas e esse tipo de coisas.”

A verdade é que quem fez ontem zap pelos canais televisivos, o dia das vitalícias, verificou nos debates como o cidadão está revoltado. Todos os casos vieram a lume, desde o exagero das remunerações do Governador do BdP à reforma aos 42 anos de Assunção Esteves, Presidente da Assembleia da República. É verdade que pode ser uma visão redutora para o descontentamento geral, mas não deixa de ser das razões que mais pode levar as pessoas a justificar as suas revoltas. Mas por favor, não nos chamem populistas porque não é isto que nos faz deixar de ser republicanos, o que houve foi uma enorme distracção e a democracia que conquistamos foi, à semelhança da falta de eficiência do Banco de Portugal no desastre do BPN, demasiado permissiva e desatenta com alguns estatutos remuneratórios, também dos nossos políticos, porque não? Cercearem-nos esta critica através do medo do papão, é uma quase chantagem que não lhes fica bem.

24 outubro 2011

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Pensões vitalícias. Sub-reptícias.


De um momento para o outro falar do escândalo que são as pensões vitalícias dos mais de 400 ex-políticos, parece não ser já populismo, porque não houve quem não concordasse hoje na Comunicação Social quanto a esta questão. Uma sondagem da SIC dava 95% dos telespectadores a discordar destas subvenções. De facto, a lei não era retroactiva e ficaram estes, que como escândalo, foram noticiados neste vídeo da SIC Noticias, reportando a um artigo do DN. Esta é uma das questões que não podendo ser resolvida com a retroactividade da lei, justificam uma abordagem mais drástica, porque se não é ilegal, é muito imoral e são injustiças destas, agora tornadas mais públicas pela C.S. que irritam o povo que sofre com os sacrifícios que lhe pedem. Entretanto, este nababo não se coíbe de emitir esta opinião. No JN: "Que eu saiba, nessas subvenções não existe subsídio de Natal, nem de férias. Nem teriam de haver, pela simples razão de, tecnicamente, não serem pensões", atira Luís Mira Amaral, um dos muitos ex-políticos que têm direito a esse tipo de apoio. O ex-ministro "não tem conhecimento" de casos fora do esquema das 12 mensalidades.” Depois admiram-se…

22 outubro 2011

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Obama e Bush afinal a mesma trampa.

Obama, diz a propósito da morte de Khadafi e da saída do Iraque: "This week, we had two powerful reminders of how we've renewed American leadership in the world." (Esta semana, tivemos dois poderosos lembretes do quanto renovámos a liderança Americana no mundo.)

Bush disse: “Either you are with us or you are with the terrorists.” (Ou estão connosco ou estão com os terroristas). Lembram-se?

Afinal não são muito diferentes nesta forma de olharem o umbigo. Depois, como Calimeros interrogam-se: Why didn’t they like us? Não gostam os árabes, não gosto eu nem gostam muitos povos do mundo, exactamente pela razão de desconhecerem a razão.

20 outubro 2011

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Reagir ao Medo

Há na crise que atravessamos quem esteja constantemente a incutir-nos o medo, porque sabe que um povo sem medo é um povo insubmisso. Uma nação pode estar confrontada com o perigo sem ter que estar estarrecida, basta que esteja consciente da ameaça. Agora económica e financeira. Para desmontar a atitude, é preciso perguntar quais foram as teorias que triunfaram no Ocidente e não é difícil concluir que não foram as economias planificadas, essas caíram com o Muro, o triunfo impante foi o das receitas neoliberais, ora, há na estratégia em marcha, paradoxalmente, um objectivo: o maior aprofundamento das teorias ultra que aqui nos trouxeram e é isso que é incompreensível. Foram elas que deixadas á solta depredaram economias através da tomada de poder pela ganância financeira. Só se percebe a teimosia dos representantes desta usura porque foram formatados no mesmo modelo, e nenhuma das suas teses seria aceite se tivesse por base modelos de contestação. A teimosia e a insistência derivam assim do facto de não conhecerem nem terem teorizado outros sistemas de organização. Eles não conhecem outro, e acham agora que só levado ao extremo produzirá efeitos, até à derrocada final, mas aí, será Marx que terá tido infelizmente razão, quanto teorizou que o Capitalismo encerra em si a semente da sua própria destruição.

Só temos uma alternativa, rejeitar o medo que nos é diariamente inoculado, latente nas mensagens dos novos Chicago Boys que nos governam e governam a Europa.

19 outubro 2011

Grandes pensadores portugueses - III

“Presidente da República? Eu digo claramente não!”

E eu digo, “A casamentos e baptizados, não vás sem ser convidado”. Ou, “Quem te manda a ti sapateiro tocar rabecão”. Ou, não me obriguem também a ter que declarar a minha não candidatura. Há cada um!

16 outubro 2011

"Noi la crisi non la paghiamo"

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15.O

É esta a atitude com que se encara o resultado da acção de ontem. Sente-se que está a mudar a noção do que é preciso fazer para alterar a relação de forças. Alguma coisa este sistema tem que fazer para que os que ontem saíram à rua pelo mundo fora se convençam da mudança.

Mas é preciso fazer entre nós a denúncia do sectarismo que continua a imperar na Esquerda portuguesa numa altura tão grave. Os comunistas, marcaram a sua manif para esta semana, desconhecendo-se no entanto alguma posição oficial antecipada sobre o 15 de Outubro, de modo que libertassem os seus fiéis para este dia. Terão desta forma a sua grande jornada porque farão muitos, todos juntos, mas também pela mesma razão convencerão poucos. Façam o pic-nic, diluam-se em consanguinidade política que é difícil acreditar numa liberdade assim. Somos incrivelmente mais livres.

Como flash de ontem, fica-me o contentamento de ter visto desfilar tanta gente unida com propósitos tão nobres, e tê-lo feito ao lado do decano dos revolucionários portugueses, o Alípio de Freitas, foi coisa de nada para ele, mas de um grande significado para nós. Nem ele imagina.

15 outubro 2011

Hoje é 15 de Outubro.

Amigos! Podemos estar a um passo de um dia histórico à escala global, porque este é um Movimento a concretizar-se ao ritmo da rotação do planeta. Mas não é o fim da etapa, porque as nossas utopias só se cumprirão com o caminho que formos fazendo. Não tenham “o medo” que nos querem inocular, nem precisem de polícia porque seremos manifestantes e polícias de nós mesmos. Venham com toda a vossa força e esperança, porque “quem nos domina não nos vence!”

Post Scriptum: Não nego que gostaria de ver hoje os Jotas laranjas que tão euforicamente andaram no 12 de Março. Terão coragem agora, ou eram só oportunistas infiltrados?

14 outubro 2011

"O Silva das vacas"

A propósito de Grandes Pensadores Portugueses, deixo aqui parte de um dos melhores textos que li sobre Cavaco Silva. Leia o resto no Facebook do Jornal de Barcelos, é um texto de Luís Manuel Cunha:

"A vaca, tal como alguns homens, tem quatro patas, duas à frente, duas atrás, duas à direita e duas à esquerda. A vaca é um animal cercado de pêlos por todos os lados, ao contrário da península que só não é cercada por um. O rabo da vaca não lhe serve para extrair o leite, mas para enxotar as moscas e espalhar a bosta. Na cabeça, a vaca tem dois cornos pequenos e lá dentro tem mioleira, que o meu pai diz que faz muito bem à inteligência e, por não comer mioleira, é que o padre é burro como um tamanco. Diz o meu pai e eu concordo, porque, na doutrina, me obriga a saber umas merdas de que não percebo nada como as bem-aventuranças. A vaca dá leite por fora e carne por dentro, embora agora as vacas já não façam tanta falta, porque foi descoberto o leite em pó. A vaca é um animal triste todo o ano, excepto no dia em que vai ao boi, disse-me o pai do Valdemar "pauzinho", que é dono do boi onde vão todas as vacas da freguesia. Um dia perguntei ao meu pai o que era isso da vaca ir ao boi e levei logo um estalo no focinho. O meu pai também diz que a mulher do regedor é uma vaca e eu também não entendi. Mas, escarmentado, já nem lhe perguntei se ela também ia ao boi."

13 outubro 2011

Porque não noticiam isto?

O Movimento Occupy Wall Street está com o desenvolvimento que podemos ler aqui no jornal Sol: um mês de resistência, desenvolvimento em 1400 cidades americanas e com as adesões que vemos em baixo. Sabiam disto?

- Lech Valessa: «Temos que mudar o sistema capitalista».

- Al Gore: «Estou presente». «Contem comigo entre aqueles que estão a apoiar e a festejar o movimento».

- Michael Bloomberg “mayor” de N.Y.: é «um forte crente no direito dos manifestantes ao protesto».

- Barack Obama deu o mote, ao simpatizar com os manifestantes quando questionado acerca do protesto.

É destes tumultos que Passos Coelho tem medo, por isso tratou de os diabolizar antecipadamente! Desculpem, mas tenho que lhe chamar cagarolas.

12 outubro 2011

Grandes pensadores portugueses - II.

"É possível que Portugal, daqui a 30, 50, 100 anos não seja um país independente como é hoje"

100, 200, 300… Ganhei! :))

Oremos Senhor. Peço eu.

11 outubro 2011

Grandes pensadores portugueses.

“Hoje reparei no sorriso das vacas, que estavam satisfeitíssimas, olhando para o pasto. Fiquei surpreendidíssimo por ver que as vacas avançavam, umas atrás das outras…”

Oremos Senhor. Pediu Tomás Vasques aqui, rendido a tão eloquente meditação.

09 outubro 2011

M12M, M15M, M15.O, MOWall Street…



É preciso não ter medo dos novos cenários de activismo dos cidadãos, que a nível mundial se insurgem contra a degradação de um sistema financeiro, que cresceu dominado pela imoralidade, porque são muitos mais os que querem a paz social do que os que apostam no contrário. Escutando o mundo, vemos como começa a existir já de forma interligada a consciência colectiva de como deixámos que a ganância financeira sem limites tenha tomado conta de tudo, e tenha sequestrado o poder político das nações. Reclamam entre nós os partidos políticos para o perigo de actuarmos fora do seu controle e das suas bíblias, mas como é possível não o fazer se foram eles que se deixaram enredar tendo alguns patrocinado até o conluio com os obreiros dessa estratégia? É perigoso? Sim, sabemos onde querem chegar quando avisam, mas seguir-lhes a recomendação é percorrer um caminho com os mesmos buracos, e o que está em formação é a descoberta de novas vias. Além de mais, já é agora tarde para enquadrar nesse formato a vaga de descontentes, e vemos isso na ausência de transferência de votos desses protestos para o sistema instituído, ou seja, há participantes disponíveis e em número, o que não há é vontade de fazê-lo com os mesmos actores. A alternativa é enquadrarem-se na espontaneidade dessa nova cidadania emergente - porque até o conceito de cidadania parece vir a ser refundável - e dessa forma poderem ajudar a controlar os danos. Se há uma esperança neste momento, diria mesmo que a única, é a que reside na chama da juventude, que começa a acreditar que é possível essa mudança que não tardará a amadurecer. Por mim, não tenho medo. Tenho é pena de não estar exactamente lá no centro dela, mas ando aqui nas suas franjas a convencer os que passam ao lado e a dizer-lhes que não temos mesmo forma de mudar se não assim. Continuar em frente é voltar a repetir os mesmos erros e depois, sugados e exangues, não ter força para voltar.

07 outubro 2011

Revelações do futebol.

O jogo com a Islândia descobriu-nos um belíssimo hino, diria até, um extraordinário hino, se não considerassem um exagero. Descobri assim uma forma de passar o dia da reeleição de Jardim, ou seja, fazer de conta que é o hino de um utópico país onde nunca pudessem existir Jardins, nem políticos nem gentes com aquele comportamento. Fica-se pelo menos com a alma lavada.

Ouçam. São três interpretações: cordas, metais e coral, quando chegarem à última, estarão convencidos.

     
 

05 outubro 2011

Jardim não o é, só.

(REEDITADO)

Francisco Louçã pede, falando de Jardim, que “olhem para quem está atrás dele nas fotografias” quando discursa, e nem de propósito, havia por aqui uma colagem feita uns dias antes que estava para edição. Guilherme Silva, é um – ainda ontem o vi vomitar argumentos pró-Jardim numa entrevista em que nos ofendeu a todos quando inverteu todo este cambalacho da mentira madeirense, e entronizou Jardim – Jaime Ramos, o special one, é outro, aquele que está ali aflito em baixo, à direita, mas esse, já há muito que sabemos que nos fará um dia ter saudades de Jardim, como aqui disse. Não é difícil encontrar na história figuras cinzentas como esta que se retiram para segundo plano, para dali melhor actuarem, mas há mais, basta ver o filme. Os cegos já não são só os madeirenses, também por cá há muita gente vesga a sufragar tudo isto.

Alguém escreveu por aí que 36% dos madeirenses está dependente do Governo Regional, assim se explicam então os resultados eleitorais aqui indicados. Caberá então perguntar: teremos que pagar no próximo ano os desvarios que Jardim nos vai continuar a impor, ao estilo de paga e não bufes? Estaremos impossibilitados daqui, de dizer que não? Como nos podemos opor a isso e dizer que não pagamos? Os madeirenses insatisfeitos, podem sempre exigir a independência. E nós? Podemos exigir o quê?

Reedição:

Quando escrevi o post desconhecia esta caixa do Sol: “Guilherme Silva não exclui suceder a Jardim”. Pág. 10, Jornal Sol, 30/09. Fica assim clara a estratégia sistemática de defesa de Jardim e as razões que nos levavam a desconfiar da estranha argumentária deste cavalheiro: estão bem um para o outro. Mas talvez se deva saber mais sobre quem é Guilherme Silva. Vejamos nos links:

Hélder Spínola, um madeirense, diz aqui no DN: “PND faz contas à fortuna que Guilherme Silva ganha.” E reitera tudo aqui acusando de uma forma mais grave ainda.


E quase a propósito da situação anterior, aqui está ele outra vez em: “Advogados e Deputados” nesta extraordinária crónica de Marinho e Pinto, uma homem que os portugueses não podem deixar cair, pela falta que faz gente sem medo como ele.

Falta dizer que este “nobre” Deputado e “excelentíssimo” Advogado é sócio numa das mais importantes firmas de advogados da nossa praça. Como não quero dar-lhe publicidade, pesquise por conta própria. É este o sacrifício enorme e a abnegação com que alguns portugueses trabalham pela Pátria. Têm dúvidas quanto às alterações urgentes que o regime precisa?

04 outubro 2011

"Mundo de regalias oferecidas..."

Antes que me acusem do que quer que seja por trazer aqui este link, quero dizer que sou tanto contra o estilo deste título do Jornal Sol, como sou contra o processo que levou à formação destas regalias. As duas coisas não estão bem, e é preciso saber fazer as leituras. Uma lição os sindicatos devem saber tirar disto: há leituras posteriores que não vão conseguir evitar por aqueles que pagam os impostos. Das duas uma, ou lhes estenderam a passadeira para o espalhanço, ou se deixaram cativar por prebendas não convertíveis no pão que comem todos os dias que são agora contabilizadas como custos.

O Aluno, os Administradores e o Prémio.