30 maio 2008

Urgente: Hospital de Dona Estefânia

Há profissionais empenhados no Hospital de Dona Estefânia, que melhor do que nós têm razões para estar preocupados com o que está previsto acontecer com aquele património da cidade de Lisboa e uma referência nos cuidados de pediatria do País.

Em vez de se aproveitarem as grandes condições de localização, área e outras valências e serem ouvidos os seus profissionais e entidades com conhecimentos específicos, que com a sua experiência terão por certo mais a dizer do que qualquer ministro economicista do momento ou governo passageiro, vão encafuar o único hospital pediátrico do sul do país no Departamento de Pediatria do Hospital Geral de Todos os Santos, a construir.

Convoco para estarmos mais atentos ao que ali se passa, apoiando quem se está a movimentar para impedir que aquele Hospital entre em mais alguma negociata de onde sairemos todos a perder.

Para já, pode dar apoio e fazer seguir esta Petição OnLine:

http://www.petitiononline.com/hde2007/petition.html, e ver o que se vai dizendo no blogue criado para o efeito cujo link: http://campanhapelohde.blogspot.com passará a ficar disponível aqui ao lado.

Aquele grupo de médicos e profissionais de saúde estão mesmo a pedir-nos ajuda, e a Cidadania não de apregoa, pratica-se.


Os diálogos abertos

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Depois da queda do Muro de Berlim, Alçada Baptista disse que não deveríamos ficar sossegados, porque se aquele mundo que derrubamos não servia, este que estava a triunfar também não era justo e não era a solução.

É preciso não deixar de procurar caminhos, porque têm de haver outras formas, têm de haver "outros mundos".

28 maio 2008

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Jogo sujo com Ronaldo

Pareceu-me de facto haver qualquer coisa de estranho nesta questão da grande insistência da transferência de Cristiano Ronaldo para o Real Madrid. O Manchester e o jogador já disseram várias vezes não estar interessados, e isso seria motivo impeditivo. Porquê então a insistência? Vem agora Carlos Queiroz dizer que isto faz parte de uma campanha de desestabilização da Selecção Portuguesa, em toda imprensa espanhola que passa também por Cristiano Ronaldo, e diz, veja notícia no JN: - Eles já se esqueceram do que fizemos aos Filipes, mas talvez tenham a resposta adequada. Para já o Manchester pondera levar o caso à FIFA. Se o resto dos portugueses tivessem tomates destes não estaríamos a assistir também ao assalto à economia portuguesa.

27 maio 2008

Desigualdades. Porque será?

De memória. Medina Carreira, propõe a propósito das desigualdades agora finalmente tão faladas e do escândalo que são os vencimentos, reformas, aposentações e mordomias escandalosas, a indexação dos salários altíssimos que se pagam em Portugal. Não deveria haver salários de Gestores acima de um padrão determinado pelo salário do Presidente da Republica.

Também acho, e o problema não está só nisto, porque é óbvio que tem de ser alterado, o problema são as mordomias passadas ou seja tudo o que está para trás e já foram direitos adquiridos, sendo que até lá, eles vão saindo todos os meses com enormes maquias nos bolsos, depois de terem trabalhado menos de metade daquilo a que nós somos obrigado para trazermos 80% do salário. Mas quem o pode fazer não mexe uma palha porque é parte interessada e outros atingidos já reclamam, depois de terem pedido reduções salariais aos trabalhadores.

Também a propósito disto, surpreenda-se com a quantidade e alguns valores que vão aqui todos os meses. Não fazia ideia que fosse tanta gente de cada vez. Assim não admira.

23 maio 2008

Que Parque das Nações?

Foi aprovada pela CML, com votos contra do BE e dos Cidadãos por Lisboa, a construção de uma torre de 23 andares para o Parque das Nações. Porquê mais esta - ou só mais esta - ou virão mais? Não vou por em dúvida o prestígio dos projectos do gabinete do Arquitecto Bofill, mas quando ele fala da grande qualidade das condições naturais de Lisboa e daquela linha contínua do Tejo, onde deve apetecer construir coisas, não nos está obviamente a descobrir nada que os portugueses não conheçam já. A prova foi que a Expo 98 mereceu o inicio da transformação daquela zona da cidade. Mas talvez os elogios tenham enfeitiçado quem aprovou o projecto, por ter confundido essas condições únicas com o projecto apresentado, como se isto fizesse aquilo. Nós temos o direito de não querer edifícios por muito bonitos que sejam em locais onde podem vir a transformar-se em enormes monstros que vamos ter que aturar durante vidas, estragando definitivamente perspectivas de eleição por interposição, subtraindo-as ao usufruto colectivo.
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O estuário de Lisboa e a sua luz é seguramente uma das mais bonitas zonas da Europa com enquadramento para fazer brilhar o projecto de qualquer arquitecto. Bofill tem toda a razão, a nossa burocracia administrativa atrapalha qualquer desenvolvimento, mas não se sirva deste argumento para nos dizer que aquela torre tem que ser construída ali, ou que tem de ter aquela cota e volumetria e ainda por cima com aquela larga fachada virada para o rio.

Fotos de: Skyscrapercity.com

22 maio 2008

O que vão fazer do Tejo?

Há alguns anos atrás esteve em preparação uma acção sobre a zona ribeirinha de Lisboa, chamada POZOR, que um acto cívico encabeçado por Miguel Sousa Tavares, ao qual terei sido porventura um dos primeiros a escrever a dar apoio e pedir o seu maior empenhamento, acabou por salvar da barbaridade que ía cometer-se naquela frente de Lisboa. Se analisarmos os motivos que levavam àquele retalhamento da frente ribeirinha, verificamos facilmente que estavam em jogo interesses económicos/imobiliários e não urbanísticos, e em cuja fotografia a Administração do Porto de Lisboa e um tal Ministro do Mar Azevedo qualquer coisa, ficaram muitíssimo mal. Conseguimos o redimensionamento daquilo tudo e salvamos a frente de rio.

Voltam agora a haver preocupações com algumas opções definitivamente estruturantes daquela zona, que legitimamente deveremos voltar a questionar, porque na maior parte das vezes, os poderes que elegemos, se deixam contaminar por um lobby que não dorme na intoxicação dos valores que importam mais á comunidade do que à sobrevivência dos seus interesses especulativos.

Tenho por Helena Roseta o respeito que me merecem as pessoas que se dedicam às causas em que acreditam, e as germinam por vezes muito tempo no alheamento e inacção de um povo que se habituou nessa falta de participação cívica. Helena Roseta é arquitecta, já foi presidente de uma Câmara, foi Bastonária da sua Ordem, deputada e agora vereadora, e pelo que conheço dela, uma apaixonada pelas tarefas em que se empenha. É inegável que com este curriculum não confunda qualquer nuvem por Juno e uma preocupação sua em matéria urbanística possa ser por nós entendida como um sinal de alerta e merecedora do nosso apoio.

Por economia de post e para vos poupar, deixo aqui este link: O que vão fazer do Tejo?, retirado da página dos Cidadãos por Lisboa que é obrigatório ler, avisando que ainda voltarei ao mesmo tema. Não é preciso ser habitante de Lisboa para nos interessarmos pela gravidade do que nos pode acontecer naquela zona, devido ao secretismo e falta de debate público democrático que acompanham normalmente estas acções. É o nosso dinheiro e o usufruto da cidade que estão em jogo.
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Renovação de quadros...

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30 minutos de idade. Constactação: A natureza é a melhor manicura. É o Martim.
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20 maio 2008

Paga muita àgua por mês?

A razão pode ser esta...



Post copiado literalmente daqui, do Pensamentos, de Ricardo S. Não resisti porque este blogue anda a precisar de ânimo. Ao Ricardo, as minhas desculpas pelo cabulanço.

19 maio 2008

Carod Rovira

O Vice-Presidente da Catalunha Carod Rovira afirmou em Barcelona que a Espanha ainda não assumiu que Portugal é um Estado independente e diz que Madrid pretende manter uma tutela paternalista e uma atitude de imperialismo doméstico sobre Portugal, mas também acusa alguns dirigentes portugueses de historicamente sempre terem tido um complexo em relação a Espanha. É notícia da Lusa, está em todos os jornais mas veja aqui, no Público de hoje.

Não é segredo que existe neste blogue uma certa vertigem anti-Ibérica. Ela é sobretudo justificada pelo que considero ser a fabricação de um conceito que não existe. Não me sinto ibérico. O Iberismo não existe, apesar de haver gente afanosamente a demonstrá-lo. Há relações que só os povos podem construir. Sabemos, quando lá vamos, como os espanhóis nos ignoram e isso tem razões históricas. E por muito que alguns aqui não gostem que se diga, é com os Galegos, pela força da origem linguística que essa forte relação existe.

Admito que esteja certo no que diz, Carod Rovira. Que tenha utilizado isso em proveito próprio numa espécie de dividir para reinar é outra questão, mas não estará longe da razão, e também o tenho dito aqui de outra forma. É por isso que acho que os Iberismos são apenas uma via de sentido único, porque é o centralismo espanhol que absorve totalmente este conceito que só serve para inchar Castela secando o resto. O problema é que continuam a haver portugueses a facilitar tudo isto, mas é agora um espanhol que nos desvenda um pouco das suas conversas em família e que muitos cá não aplaudem. Os espanhóis nunca emendarão o seu relacionamento com Portugal porque isso lhes está na massa do sangue há nove séculos e sempre que emendaram foi em proveito próprio. Como diz Rovira lembrando a história, valeram-nos também em 1640 as revoltas na Catalunha e na Biscaia, para que Filipe III se tivesse voltado para aquele lado, caso contrário, seríamos nós hoje uma Catalunha espanhola, o mal destes foi a nossa sorte. Mas não é por estas declarações servirem apenas os interesses independentistas de Rovira que devemos tapar os ouvidos e assobiar para o lado.

Não tanto a propósito, mas veja-se aqui o que estão a fazer ao Galego e a justa reacção que começa a haver perante as últimas alterações introduzidas no ensino do Castelhano e o desespero de 90% de adultos com mais de 65 anos quem vêem a sua Língua materna ser falada apenas por 10% dos seus jovens.

16 maio 2008

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Os efeitos da passa

O estado anímico do país vê-se através da importância que teve para os nossos políticos e media em geral, um cigarro fumado à surrelfa por detrás de uma cortina por Sócrates e pelos seus aditivados amigos da passa. Massacrem-no pelas asneiras que fizer na governação, mas deixem-se de voyeurismos provincianos e pidescos que descredibilizam qualquer julgamento que queiram fazer dele a seguir. Isto não é nenhuma defesa de Sócrates mas uma defesa da elevação de métodos. Começo a não suportar os efeitos da pequenez deste país com tanto político e jornal por metro quadrado e habitante. Fartamo-nos todos os dias das mesmas caras, de ouvir os mesmos Delgados e as suas asneiras e ler as mesmas barbaridades. Somos um país pequeno que teima em não descobrir grandezas por onde crescer. A esperança estaria numa sociedade crítica e atenta, mas é ela que desatenta os elege e que os (não) lê. De cruz.

12 maio 2008

Encontro com o PR? Recusava.

Cavaco queixou-se do afastamento dos jovens, intrigando-se sobre o seu afastamento da política. Hoje, estranhamente dá uma parte da resposta e mostra-nos como ele próprio é parte do problema, argumentando com questões protocolares, exactamente as mesmas para as quais os jovens se estão nas tintas e que os afasta da política, ao não convidar os jovens que existem no Bloco de Esquerda para uma reunião no Palácio de Belém. Arrisca-se este PR que se lhe diga que prefere apenas o diálogo com a betinhagem bem comportada e estatutariamente enquadrada, numa atitude institucional rasca contra uma juventude cada vez mais à rasca. Os que lá forem, perderão uma grande hipótese de ser uma juventude digna se não voltarem para trás, recusando este encontro coxo.

11 maio 2008

Agências de Comunicação

(Reeditado)
Fiquei com um melhor conhecimento das Agências de Comunicação, a partir dos acontecimentos da campanha de Manuel Maria Carrilho que foi o primeiro a denunciar a perversidade da actuação destas aberrações da comunicação, pelo uso que Carmona Rodrigues e o PSD fizeram delas, intoxicando a opinião pública com inverdades e adulteração de factos. Tenho por aqui dito várias vezes que a sua existência e justificação é quanto a mim contrária aos princípios da ética política e jornalística. Foi por isso que ouvi hoje finalmente, com grande satisfação, desmascararem este embuste com a frontalidade que os caracteriza, Vicente Jorge Silva, Maria João Seixas e Inês Pedrosa, no Programa Um Certo Olhar, na Antena 2, que não perco todos os Domingos das 10 às 11, e recomendo. No link para ouvir seleccione: 11-04-2008 Áudio WMA.

Concordo inteiramente que o vazio que estes Cunhas Vaz e estas Agências de Comunicação transmitem, corresponde exactamente ao vazio que lhes é pedido pelos políticos que as procuram, e quem delas precisa deixou de ter a ideia que tem que ter um pensamento. Estas agências substituem-se efectivamente à força das ideias e os políticos que dependem disso estão ainda mais baixo do que o nível em que elas se situam. Manuel Alegre, Carrilho e Helena Roseta, dispensaram-nas e mostraram assim a genuinidade das suas campanhas. Ao contrário, os novos candidatos a líder do PSD continuam a precisar delas. Provavelmente para nos venderem gato por lebre.
Post Scriptum: Não fazia sentido que o têxto não desse mais indicações das razões que o motivaram. Foram agora incluidas.

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10 maio 2008

Desenvolvimento ou PIB?

Será que nos Indicadores de Desenvolvimento Humano que referi aqui, a Onu não se esqueceu de incluir a Esperança de Vida, nas Condições Sociais. Verifique-se então mais esta, de como a Madeira é a região nacional com menor esperança de vida. Lá se vão outra vez as virtualidades do PIB.

09 maio 2008

Corrupção e Hipocrisia

A propósito do que disse Bob Geldof em Lisboa numa conferência do Expresso e do BES sobre o Desenvolvimento Sustentável, e quanto ao mal estar que por aí vai com Angola, por causa disso, Lopo Xavier disse assim no programa Quadratura do Circulo, na SIC Noticias. De memória:

"...Há dois tipos de hipocrisia nesta questão das relações dos estados com os países onde há corrupção. Uma, é a do tipo dos países grandes como a França, em que essa relação se faz de uma determinada forma com os países onde há problemas de direitos humanos e a outra, é a dos pequenos países como o nosso, com necessidades desse relacionamento. Mas a mim este tipo de relação e dependência faz-me muita confusão...."

Tanto quanto percebi, há duas formas: uma que é assim assim e outra que é a má? Será que foi isso que quis dizer? Uns dirão, je m’en fiche, je m’en fous, je m’en merde, por interesses, e os outros dirão, estou-me nas tintas ou um palavrão pior, por necessidades? Em que é que está a diferença na hipocrisia? É boa a que é determinada pela de superioridade económica e má a que é determinada pela necessidade de novos mercados? Se é a mesma, nem havia necessidade de fazer destrinças.

Se percebi mal Xavier, desculpa lá pá, mas se leres este blogue deixa o esclarecimento.

02 maio 2008

Afinal vendeu ilusões

Num debate na SIC a propósito da espantação de Cavaco com a cultura política dos jovens e sobre as suas declarações de que os políticos não deveriam vender ilusões, o ex-Bastonário dos Advogados José Miguel Júdice, disse:

- A grande rotura dos governos de Cavaco foi o corte com as ideologias. Cavaco apostou nos consumidores - a cultura do hipermercado - e quando se aposta nos consumidores só se podem estar a vender ilusões”.

E esta?!