28 novembro 2010

Terça: Jantar aqui, no Zé...

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Se a qualidade da paisagem urbana que sabemos modelar interfere directamente na nossa vida individual e colectiva, porque raio de razão não conseguimos impor a nossa vontade a governantes e autarcas, e os deixamos cimentar cada espaço disponível? Porque não os obrigamos a espalhar pelas nossas vilas e cidades, oásis onde nos passeamos com o orgulho de ter sabido construir com a natureza recantos como este que nos carregam baterias? É urgente mudar de paradigma! Porque este, deriva do egoísmo centrado no lucro que destrói a nossa capacidade de criar o bem-estar público. Mas digo, público, acessível a todos, gratuito, sem ter que se confinar á ditadura dos mercados e dos condomínios fechados.

27 novembro 2010

Passos Coelho: a nossa Sarah Palin

Os vídeos disponíveis com as asneiras da Tia Sarah na campanha presidencial, são muitos como diz aqui o Expresso. Nós, começamos a ter um forte candidato a Sarah Palin. Agora foram estas declarações numa entrevista: "Pedro Passos Coelho reafirma, em entrevista ao semanário Expresso, que caso o Fundo Monetário tenha que intervir em Portugal será bem-vindo."

Será bem-vindo?! O homem acaba de deixar passar o Orçamento, porque os mercados têm que acalmar e porque pá-tá-ti-pá-tá-tá… mas logo de seguida: Podem vir, you are welcome, willkommen, benvenuti! Que leitura farão os mercados destas patetices? O que se pretende com isto? Quem gosta de ver entrar um Fundo daqueles no país? Esta Direita é um destrambelho, e este é o líder do Partido que quer ser governo á força, nem que para isso tenha que recorrer ao torpedeamento. Com um Cavaco a não falar porque não sabe e com um líder da oposição com esta falta de tacto para estar á frente de um país com problemas, bem podemos dizer ao FMI: You are welcome!

Marinho e Pinto, fica.

Há quem entenda que o debate á volta da Justiça deva regressar a casa. Não, não queremos as cadeiras na rua á intempérie, mas também não há razão para o sonegar ao cidadão para que tudo se passe por detrás de uma opaca cortina. Não se exigem megafones, mas pretender que a sociedade não tem maioridade suficiente e que só elites devem ter o privilégio de a discutir é uma visão que vemos cada vez mais condenada pelo cidadão. É por isso que é tão importante esta nova reeleição do Dr. Marinho e Pinto, os advogados mostraram estar atentos aos problemas que a classe e a Justiça enfrentam e este é também um passo importante para ajudar a resolvê-los.

Parabéns aos advogados por terem escolhido bem, este Bastonário é um homem justíssimo que não quer ser mais uma figura altiva em pose, unicamente para compor a vossa galeria de quadros, ele trouxe para a atenção á causa da Justiça pessoas de fora e isso é inédito, ninguém o tinha conseguido antes, mas também sabemos que é isso mesmo que outros operadores da Justiça não perdoam.

24 novembro 2010

Encerrado

Estou em greve. Mas que ninguém se aproprie da intenção do meu protesto, porque talvez seja mais vasto o sentido. Estou em greve pelo monstro do sistema que nos aprisiona e de novo nos empurra para aceitação das receitas caducas que nos conduziram a este beco sem saída, mas estou igualmente, porque há uma sociedade acéfala que aceita ser trucidada pelo monstro. Estou em greve porque há um monstro que como receita mágica, nos leva 365 dias por ano para os hipers e há um governo que soçobra ao poderoso e endinheirado lobbie, em troca de mentiras, mas também porque acefalamente há uma maioria que concorda, não questionando em momento nenhum o alcance para as famílias, para a degradação da vida e da dinâmica das cidades, e nem se dão conta do seu esfarrapado egoísmo. Estou em greve porque me cansa a acefalia de um país com as crendices no ar enjoado de Cavaco e se deixa secar por um eucalipto destes. Estou em greve por um país tolhido pelo egoísmo das novas corporações que mais não são do que as velhas, renascidas da cepa da Democracia que nunca quiseram. Estou em greve por vários monstros assim, grandes ou pequenos como estes que me cercam e nunca mais me permitem alcançar as Noruegas.

23 novembro 2010

Juventudes Partidárias

Aqui está um debate que não me recordo de ter sido ainda feito e que os nossos media habilmente contornam, por várias razões, e uma delas é seguramente porque acertaria em cheio em todo o espectro politico-partidário português, desde o Bloco ao CDS/PP. Bloquistas, Comunistas, Socialistas, Populares, todos têm nesta matéria, lá no fundo, alguma pequena vergonha que não confessam. Se não tiverem, então o caso é ainda mais grave e desses quero fugir a sete pés. Ora, se há debates que a sociedade civil pode promover e incrementar, este, é seguramente um deles, porque é órfão: trazer á tona aquilo que interesses partidários manhosamente escondem, ainda que nos digam que é a boa fé que os norteia e que lobotomias pré-frontais, como método, foi recurso de alguns mas não de todos.

Sigam primeiro este
Condutor, para ver como nos leva ás Juventudes Partidárias. Não sabe como participar ou incrementar esse grande poder que tem em si, a Cidadania? Veja aqui, foi simples: um blog, quatro amigos, a mesa de um bar e uma câmara. Imagine o que é possível fazer com este poder se quisermos questionar as tais letargias?

Mas atenção, as vanguardas nunca obtêm unanimidades... são até sempre polémicas.

18 novembro 2010

Os anti-Nato



Estes desordeiros mal sabiam aqui no Rossio que iriam ser mortos á noite em frente á Estação. Veio povo e vieram TV’s de vários lados que os ajudaram a passar a mensagem de violência, mas não viveram para ver o triunfo da sua odisseia. Bem feito! Já não consegui captar imagens do holocausto, porque estava cheinho de fome.

Portugal v.s. Espanha

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Foi o espírito Aljubarrota. Hoje durmo de papo cheio. Só não sei o que hei-de fazer àqueles grunhos que gritam olés, e não me perguntem porquê, mas apetece-me dar-lhes tiros quando esparvoeiram naquela berraria. Não há nada a fazer, a bola tem coisas irracionais, é um detalhe menor do que os saltos que dei no sofá...
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Reedição: A posterioridade merece esta reedição. Um dia, alguém faria uma pesquisa e encontraria este texto, e não saberia se isto foi ao jogo do pau ou ao bilas. Não, isto foi um jogo de futebol, o primeiro depois da derrota de Portugal por 1-0, no mundial da África do Sul, jogo de promoção da candidatura dos dois países á organização conjunta do Mundial de 2018, em que a Espanha defendia o prestígio do título de Campeão Europeu e Mundial. Defendia, mas não deixámos, Espanha foi impotente porque fizemos um jogo brilhante e quem viu percebeu que o problema português não é uma questão de qualidade, mas outras razões que deixamos que se imponham.
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16 novembro 2010

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Jornalismo de Sarjeta

Não quero mais nenhuma PIDE agora travestida de novos formatos, se não servindo interesses de causas fascistas, servindo outros inconfessáveis, mas sempre contrários á Liberdade que amamos. Merece prisão imediata a gente que chafurda nesta ignomínia, sejam jornalistas, magistrados ou pombos-correio. Em nome do que conquistamos em Abril de 74, é urgente que alguma força tenha o poder de travar o desvirtuamento daquilo que mais prezamos: podermos falar sem gravadores na linha, para servir jornalismo de sarjeta. Nem que tenha que ser outra vez um chaimite rasgando a Lei vigente, entrando-lhes porta dentro. Que nenhum canalha se aproveite das liberdades que lhe garantimos para nos falar de LIBERDADE. Apetece-me ter uma arma, e á maneira dos tuaregues disparar no ar como forma de mostrar a minha indignação. Aqui vai a razão:
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“(…) O "Correio da Manhã" dava ontem conta de uma escuta a Edite Estrela em que a deputada europeia dizia o que pensava de muitos dos seus parceiros de partido. Edite Estrela não está acusada de nenhum crime, mas foi escutada numa conversa com Armando Vara, no âmbito da Face Oculta. A utilização de uma escuta num jornal é um procedimento que deve estar rodeado de uma série de cuidados e fundado em princípios de rigorosa excepção, que nunca poderão abranger a vida ou as afirmações de um simples cidadão, desempenhe ele o cargo que desempenhar, casualmente apanhado numa escuta de um arguido. Este jornalismo de sarjeta que o CM vem praticando mancha a profissão. Não me querendo arvorar, nem ao jornal que dirijo, em exemplo, há que dizer que comportamentos destes constituem um crime e vão denegrindo a imagem da profissão, porque se tende a generalizar a crítica. Não há, não pode haver, contemplações com casos destes. Há com certeza um grande interesse de uma significativa parte do público por este desnudar constante da vida privada de quem desempenha cargos públicos. E isso poderá ser bom para a venda de jornais. Mas importa sublinhar que o interesse público é outra coisa.”
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É um Post Scriptum da Opinião de José Leite Pereira, de Jornal de Notícias do dia 14. Valha-nos este jornalismo residual para quem a Ética é uma palavra com sentido. A referência foi encontrada em primeira mão neste excelente post de Ricardo Sardo, no Legalices, de leitura obrigatória. Mexam-se, actuem, isto não é uma questão de Direita ou de Esquerda é uma questão de Liberdade, transversal á política, seja a Edite, o Portas ou o Jerónimo. Os interesses por detrás deste jornalismo não podem sobrepor-se á nossa vontade.
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14 novembro 2010

O mundo sem água

A RTP1 transmitiu hoje do documentário de Yann Arthus-Bertrand, Vu du Ciel, o episódio Le Planète Sens Eau, que aborda a questão da escassez de água. Este fotógrafo foi o mesmo do HOME, que recomendei vivamente aqui e pode ver neste novo link. Do que hoje foi apresentado, apenas encontrei dois vídeos de curta duração que deixo em baixo e aqui. Impressionou-me particularmente o esbanjamento e a inconsciência que se passa em Las Vegas, a cidade do luxo e do jogo no meio do deserto, abastecida por um lago artificial, que dentro de 20 anos ficará á seca pelos actuais padrões de autêntica orgia no consumo de água, com a rega de dezenas de campos de golf, inundada de espelhos e jogos de água, como resultado da competição entre os casinos. Solução: vão construir um mega aqueduto para trazer água de quinhentos quilómetros de distância, de um vale rico em vida selvagem e pastoreio, que vai morrer para que seja possível aquela loucura. Á contestação já existente, os argumentos da responsável pelo abastecimento de água da cidade responde, que eles (os afectados) não têm nada que se opor porque a água não é deles. Assim, tal qual. O capitalismo selvagem, o egoísmo e a ganância faz do ser humano verdadeiros monstros. E cá como lá, é preciso muito ânimo para continuar a acreditar que um dia esta besta se curará.
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13 novembro 2010

Paulo Varela Gomes

O Paulo Varela Gomes parece estar na moda, avaliando por um texto que circula de email em email, entre gente de Direita e de Esquerda. Confesso que conheço mal o PVG, mas já o li em textos de onde me sinto muito próximo e outros que se não me deixam perplexo, me custam muito a digerir - espero que não me apareça aqui a dizer que os textos não se comem! - As pessoas não valem ou deixam de valer a partir do momento em que podemos catalogá-las politicamente, têm até uma mais valia, garantem o enfoque enquanto nos escorregam pelos dedos da análise, desde que esse perfil não corresponda ao dos impostores ou dos camaleões.

Aqui vai um texto dele de 2007 que só agora li e subscrevo, e bem me teria dado jeito para suportar o que muito escrevi na altura, como aqui: Transgredir nos transgénicos.

"Comentário de Paulo Varela Gomes (professor de arquitectura)
A reacção - histérica - ao caso de Silves e ao post do Miguel Portas é um caso dos mais interessantes acontecidos em Portugal de há muito tempo para cá. Neste país de cobardolas, qualquer gesto decidido assume de imediato foros de escândalo. Neste país que enterrou uma revolução debaixo de um manto de mentiras, silêncios e cumplicidades traidoras, qualquer recordação - por mais ténue - daquilo que se passou em 1974-75 cheira a ameaça insuportável. Neste país onde os poderosos violam a lei todos os dias, onde a polícia e os tribunais servem sobretudo para ajudar os poderosos a não cumprir a lei, onde a lentidão e ineficácia dos tribunais criam um estado de não-direito, ninguém se lembra de exigir que seja aplicada toda a força da lei (de imediato! rigorosamente!) quando os salários não são pagos, os patrões fogem aos impostos, as empresas e os bancos defraudam os cidadãos. Mas ai de quem puser o pé num centímetro quadrado da sacrossanta propriedade privada agrária, esse símbolo por excelência da Ordem multi-secular.
Que extraordinário país! Um povo todos os dias enganado, roubado, o mais pobre da Europa, o mais ridículo. E nem um carro incendiado, nem uma montra partida, nem um protesto violento. Dóceis como carneiros, que é naquilo que foram treinados, é aquilo que são - envergonham-me vocês, oh ordeiros de dedinho sentencioso no ar e voz tremeluzende de indignação só porque meia dúzia de miúdos resolveram violar a lei. Pode não ter sido correcto o que os miúdos fizeram, mas mostraram mais coragem que vocês todos juntos. Respeitem ao menos isso: que ainda haja portugueses capazes de arriscar alguma coisa por aquilo em que acreditam. Respeitem ao menos quem é capaz de um gesto."
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Texto lido em primeira mão aqui no Gaia.
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10 novembro 2010

Portugal e o Twitter Público

"Exportações continuam a crescer mas importações desaceleram."
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Se pedíssemos a um aluno em início do Secundário que numa frase explicasse a evolução do gráfico que se lê na frase, ele nunca utilizaria aquele mas. Gostam tão pouco do país que até uma boa notícia é difícil dar. O JMF deixou discípulos…
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Lido aqui no CC. Sublinhado meu.

Acumulação de Pensões

O país anda tão anestesiado que deixou passar em branco uma das medidas mais justas que este governo tomou nas duas legislaturas que leva: a proibição de acumulação de pensões de reforma com salários no sector público. Daqui a uns anos vamos olhar para trás e verificar como andámos a ser roubados durante tanto tempo, porque isso não era mais do que um esbulho. Mas quanto a esta questão o que vemos são miseráveis destes dizerem coisas destas, aqui.
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“…para não lhes chamar filhos da puta.”
“…para não lhes chamar filhos da puta.”
“…para não lhes chamar filhos da puta.”
“…para não lhes chamar filhos da puta.”
“…para não lhes chamar filhos da puta.”

Não, não estou a chamar filho da puta a ninguém, este é apenas o eco do excerto de uma reacção do reaccionário do PSD, Jardim, às notícias que desmascaravam a forma lambona com que se alimentam desta espécie de gamela que é o Orçamento do Estado, de onde saem anualmente as dotações para as Regiões. Justiça seja feita aos sérios políticos dos Açores que acompanharam a medida tomada no continente, aceitando não acumular a totalidade da pensão. Quando não lhe agrada a conversa diz bacoradas... mas diz que é para não lhes chamar filhos da puta.

09 novembro 2010

A vingança serve-se fria...

Ó meus amigos, eu não sou nada destas coisas de vinganças, acompanho as tristezas e as misérias da bola porque desde pequenino que sou do Benfas e em adulto nada fiz para o contrariar, excepto a seguir ao 25 de Abril onde o que valia era contestar os 3efes: Fátima, Futebol e Fado. Mas neste momento do quintuplicado sofrimento desportivo a que o Hulk nos obrigou, depois das experiências malucas e de última hora do nosso senhor Jesus da Luz, ainda tivemos que aturar os piropos do nosso aristocrático vizinho de Alvalade, pelas cinco batatas sem resposta, mais a lagartosa censura do acto que consideraram bárbaro, da agressão do Luizão com o cotovelo a um murcõue azul e branco que o sarrafava por trás sem censura de juiz algum que andasse por aquele campo.

Pois é. Mas só sofremos vinte e quatro horas. Atão não é que o peixe morre pela boca? Não levando em conta um golo validado ao Sporting erradamente, o resultado correcto seria 1 – 3, mais cinco minutos e chegava aos 5, a jogar em casa, e não era contra o Incrivel Hulk. Quanto ao Maniche que há falta de cotovelo pantufou o adversário na caneta, foi a cereja no topo do bolo. Estamos quites, ok? Vão lá lamber as feridas!

Mas bolas, apareçam no café... não vale fugir.

07 novembro 2010

Poder político na Justiça?

Sim ou Não? Começo a ter medo de coisas que se passam neste país. Não é tanto o Orçamento e o Sócrates, o FMI e os juros ou a dívida, porque isso serão questões reversíveis com mais ou menos medidas de gestão e mudanças políticas, não, o que francamente me mete medo, é saber que uma casta de gente intocável pelos outros poderes do Estado – e assim tem sido, para nos garantir a sacro santa independência - se possa conluiar corporativamente, conspurcando a noção que tenho de sindicalismo, chantageando a nação com o terrível poder que têm que é, julgar. Sabendo como vão os seus julgamentos, através do maior défice que o país tem que é o de justiça, apavora-me imaginar o que em roda livre podem fazer deste país. Perante a evolução do esboroar de um sistema de justiça anárquico, que vai fazendo política á revelia do alvará que tem, e dominado por gente que não mandatei, não me custa nada dizer que prefiro um que tenha como origem o mandato que eu der no Voto. Isto é um escândalo? Talvez. Mas antes isto do que assistir entrincheirado á destruição do Estado. E não tenho dúvida, estamos assistir a isso. Política sem mandato, não! Sabendo que os nossos magistrados vão aderir á próxima greve geral, não vou conseguir desfilar ao lado deles na Avenida no dia 24. Desisto.

01 novembro 2010

Que presidente queremos?

Já podemos referir-nos a Cavaco sem o confundirmos no patamar da Presidência da República. Desfez mais um tabu: é candidato.

Começou de forma triste por perguntar, num caricato tom de auto-elogio, tão patético quanto basbaque, naquele registo gélido e enjoado de sempre que é o seu: «Em que situação se encontraria o país sem a minha acção intensa...“, bla-bla, bla-bla. E alguém já perguntou: Em que situação não se encontraria o país se não o tivesse feito da forma como fez? Mas apetece ainda dizer-lhe:

- Que preferimos um presidente que escute os portugueses e não um tenha a mania que é escutado.

- Que preferimos um presidente que tivesse estado mais longe do BPN/SLN, e das relações de confiança com muitos dos seus intervenientes.

- Que foi uma vergonha a que nos submeteu deixando o Presidente checo desancar-nos duas vezes em público sem ter dado uma resposta á altura. E é ele chefe das Forças Armadas!
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- Que para Presidente da República preferimos um com a cultura da palavra e não um com a dos números. Ora ouça aqui: façarei?!... Esta construção do verbo Fazer até o pêlo arrepia, não? Também por isso, por cada vez que o vemos nos lembramos das voltas que Camões deu no túmulo, pelo seu desconhecimento da primeira coisa que se aprende na escola sobre ele.

- Que achamos bem que não tivesse estado no funeral de Saramago: ele não perdoaria.

- Que nos revoltou que tivesse ido á Madeira mostrar medo de Jardim.

- Que é lamentável a sua confusão com “divergência” e “falta de educação”.

- Ou que minta, dizendo que não é político e o seu partido é Portugal. Que leia o que diz o Daniel Oliveira neste link: “Os cinco Cavacos” (…) “quando Cavaco chegou ao primeiro governo em que participou eu tinha 11 anos”(…) Leia para ver como mente!

- Que o que nós tivemos foi sorte em não o ter apanhado noutra altura da história, que com todo asse populismo, seria antes um perigoso caudilho.

- Que, sabe? Preferimos um presidente igual a nós, que tenha dúvidas e que também se engane, não alguém que com arrogância travista os seus saberes.

E parafraseando Pedro Tadeu no DN: Que você nunca pode ser o presidente que todos sonhamos ter. Nunca será, porque lhe faltam qualidades humanas e intelectuais para isso.