Os portugueses comunicam muito bem no plano individual mas muito mal no colectivo, com um Estado pelo meio, que não sabe falar connosco. Vem isto a propósito dos fogos inéditos de São Martinho. Fiz em Setembro uma viagem pelo Norte e verifiquei a grande existência de queimadas por todo o lado. Havia ainda alguma humidade residual das chuvas que haviam caído e o fogo não pegava por isso, mas estamos agora em Novembro sem mais pinga de chuva e todos os agricultores sabem da secura das suas terras. Fica assim muito claro que a continuação daquelas queimadas só poderia resultar nisto.
Falhando a comunicação individual que fizesse circular a prudência nos fogachos, deveria haver uma forma de todos perceberem ao mesmo tempo aquilo que o bom senso mandava que não se fizesse. Mas nada. Se lá for agora, veremos o mesmo rastilho para os incêndios de amanhã, que vai por em risco mais património que é de todos, e mais vidas que morrem pela negligência de uma sociedade que fala muito mas não se entende.
Falhando a comunicação individual que fizesse circular a prudência nos fogachos, deveria haver uma forma de todos perceberem ao mesmo tempo aquilo que o bom senso mandava que não se fizesse. Mas nada. Se lá for agora, veremos o mesmo rastilho para os incêndios de amanhã, que vai por em risco mais património que é de todos, e mais vidas que morrem pela negligência de uma sociedade que fala muito mas não se entende.
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