Agências de Publicidade, Agências de Comunicação, Agências de Notícias! Não gosto do estado a que deixamos chegar a mensagem. Sinto-me usado, ofendido e muitas vezes enganado. Deixamos mercenarizar a palavra. A Publicidade é descarada e invasora, a Comunicação é sibilina e camufla-se por vergonha, e a Notícia é ingénua e julga-se muitas vezes fiel ao facto. Nada tenho contra a Publicidade e a Comunicação enquanto não se travestirem e se fizerem passar por Notícia. Mas é aqui que tudo começa a ser subvertido. Apesar das regras, ainda é possível ler num jornal a notícia de que já voltaram os peixes ao rio X só porque as senhoras desataram todas desalmadas a usar o detergente Y. Ou então, que num período eleitoral o político Z bateu um record de palestras e entrevistas sem que conseguíssemos tão pouco ver onde estava a assistência ou qual foi a audiência. Mas desespero sobretudo, é quando me esbugalho pela Notícia e ela está convertida em duas linhas num canto abandonado, para que o espaço possa conter as promoções relacionadas com o grupo do proprietário dos media que a publica.
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