27 maio 2008

Desigualdades. Porque será?

De memória. Medina Carreira, propõe a propósito das desigualdades agora finalmente tão faladas e do escândalo que são os vencimentos, reformas, aposentações e mordomias escandalosas, a indexação dos salários altíssimos que se pagam em Portugal. Não deveria haver salários de Gestores acima de um padrão determinado pelo salário do Presidente da Republica.

Também acho, e o problema não está só nisto, porque é óbvio que tem de ser alterado, o problema são as mordomias passadas ou seja tudo o que está para trás e já foram direitos adquiridos, sendo que até lá, eles vão saindo todos os meses com enormes maquias nos bolsos, depois de terem trabalhado menos de metade daquilo a que nós somos obrigado para trazermos 80% do salário. Mas quem o pode fazer não mexe uma palha porque é parte interessada e outros atingidos já reclamam, depois de terem pedido reduções salariais aos trabalhadores.

Também a propósito disto, surpreenda-se com a quantidade e alguns valores que vão aqui todos os meses. Não fazia ideia que fosse tanta gente de cada vez. Assim não admira.

3 comentários:

Anónimo disse...

Não é uma questão de direitos adquiridos. Existem direitos adquiridos e existem mordomias adquiridas. Normalmente quando se fala de "direitos", estamos a falar de uma classe trabalhadora cujos direitos propriamente ditos já há muito que estão hipotecados com a política do experimenta aqui e arruina acolá (como se demonstra com o descalabro da educação). Dados comparativos do Eurostat podem ser consultados aqui.

Anónimo disse...

O estado vai contra tanto direito adquirido, de gente com poder de reivindicação, porque será que contra os gestores, que nem tem poder reivindicativo, não vai?

Graza disse...

A meu ver, porque deixamos instalar esta cultura que diferencia um trabalhador e um gestor com tão grande diferença na análise do valor da sua contribuição para o produto. Um sistema perfeito só pode funcionar bem com todos os elementos que o compõem. Não faz sentido a diferença abissal entre eles. A razão da tua dúvida talvez seja porque os governos vêm mais da àrea dos gestores do que dos trabalhadores. Claro como àgua...