Carta a um amigo a propósito do email que já circula por aí:
Caro Amigo. Ok, é verdade, também não concordo com o formato de apresentação do novo portátil para as crianças, o “Magalhães”. Foi espalhafato a mais. Mas em função do objectivo, concordo em absoluto com o conteúdo do projecto. Importar-me-ia com toda a história paralela ao Magalhães e as denúncias sobre a Intel que se fazem no email, se houvessem por ali dinheiros sangrentos dos povos, ou da droga, ou coisas afins menos éticas, o resto são as competições internacionais das empresas das novas tecnologias, as quais são todas iguais, os processos não serão diferentes de umas para outras, o objectivo é o lucro e não o bodo aos pobres, sabemos disso. É verdade que ele não é português, é montado em Portugal, mas eu fui um dos atentos que não me deixei enganar, porque estava a ver a Intel também na assinatura do projecto, mas muita gente terá entendido aqueles 100% de uma outra forma. Sobre isto aliás há um comentário num daqueles link que nos pergunta se há algum Peugeot, Mercedez ou BMW que seja integralmente fabricado no país de origem, os blocos de motor são fundidos no Japão, as cabolagens e os moldes em Portugal e outras peças noutros países e finalmente o carro é montado num único sítio. Depois, este email com tantos link para consultar, dez (!), talvez tenha sido aprontado por quem está muito por dentro do problema, o que pode configurar-se como sendo algum dos operadores da área que não tenha sido contemplado, ou apenas alguém com vontade de o criticar.
Subscrevo aquela parte do mesmo comentário que diz: “...Mas em Portugal é assim infelizmente, se houver alguém que tente fazer qualquer coisa de diferente é criticado porque faz, se não faz é porque não tem ideias. “
Quero continuar a preservar a minha capacidade de poder criticar, mas para isso tenho que saber distinguir quando devo ou não. Andar a esmiuçar para arranjar uma forma de dizer qualquer coisa, não me parece ser a melhor atitude. Lembro-me do Ciência Viva, do tempo do Guterres, um dos projectos mais interessantes que se fez em Portugal na área da Ciência, porque envolvia e motivava as crianças, um projecto a longo prazo, pois a Direita queria que aquilo falhasse e quando foi Poder logo fez os possíveis para lhe cortar verba. Nós somos assim, incapazes de procurar a parte boa das coisas, o nosso adversário não pode ter boas ideias, por isso é que falhamos. Uma das características mais dramáticas do povo português é a inveja, somos terrivelmente invejosos e não nos apercebemos disso porque o misturamos com as nossas opções políticas ou modos de vida. Desconta lá a demagogia à volta do projecto e olha para ele de outra forma. A acusação não é para ti, porque sei que não és invejoso.
Caro Amigo. Ok, é verdade, também não concordo com o formato de apresentação do novo portátil para as crianças, o “Magalhães”. Foi espalhafato a mais. Mas em função do objectivo, concordo em absoluto com o conteúdo do projecto. Importar-me-ia com toda a história paralela ao Magalhães e as denúncias sobre a Intel que se fazem no email, se houvessem por ali dinheiros sangrentos dos povos, ou da droga, ou coisas afins menos éticas, o resto são as competições internacionais das empresas das novas tecnologias, as quais são todas iguais, os processos não serão diferentes de umas para outras, o objectivo é o lucro e não o bodo aos pobres, sabemos disso. É verdade que ele não é português, é montado em Portugal, mas eu fui um dos atentos que não me deixei enganar, porque estava a ver a Intel também na assinatura do projecto, mas muita gente terá entendido aqueles 100% de uma outra forma. Sobre isto aliás há um comentário num daqueles link que nos pergunta se há algum Peugeot, Mercedez ou BMW que seja integralmente fabricado no país de origem, os blocos de motor são fundidos no Japão, as cabolagens e os moldes em Portugal e outras peças noutros países e finalmente o carro é montado num único sítio. Depois, este email com tantos link para consultar, dez (!), talvez tenha sido aprontado por quem está muito por dentro do problema, o que pode configurar-se como sendo algum dos operadores da área que não tenha sido contemplado, ou apenas alguém com vontade de o criticar.
Subscrevo aquela parte do mesmo comentário que diz: “...Mas em Portugal é assim infelizmente, se houver alguém que tente fazer qualquer coisa de diferente é criticado porque faz, se não faz é porque não tem ideias. “
Quero continuar a preservar a minha capacidade de poder criticar, mas para isso tenho que saber distinguir quando devo ou não. Andar a esmiuçar para arranjar uma forma de dizer qualquer coisa, não me parece ser a melhor atitude. Lembro-me do Ciência Viva, do tempo do Guterres, um dos projectos mais interessantes que se fez em Portugal na área da Ciência, porque envolvia e motivava as crianças, um projecto a longo prazo, pois a Direita queria que aquilo falhasse e quando foi Poder logo fez os possíveis para lhe cortar verba. Nós somos assim, incapazes de procurar a parte boa das coisas, o nosso adversário não pode ter boas ideias, por isso é que falhamos. Uma das características mais dramáticas do povo português é a inveja, somos terrivelmente invejosos e não nos apercebemos disso porque o misturamos com as nossas opções políticas ou modos de vida. Desconta lá a demagogia à volta do projecto e olha para ele de outra forma. A acusação não é para ti, porque sei que não és invejoso.
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