10 agosto 2008

Sem Rei nem Roque

As cidades são um conjunto de interesses e usufruto tão colectivos que só alguns individuais se lhes deveriam poder sobrepor. Estão nesta situação, o panorama visual criado pelo conjunto arquitectónico dos edifícios que formam algumas das artérias e praças de Lisboa. A Praça do Areeiro por exemplo, toda edificada na mesma traça em meados do século passado, deveria obrigatoriamente ver as sua manutenção feita de uma única operação, apesar da estratificação da sua propriedade. O resultado é este: acentua-se o desleixo e a degradação do restante e descaracteriza-se tudo. Imaginam a Praça do Comércio ou a do Rossio pintadas a prestações? Não faz nenhum sentido e estes são pequenos pormenores que evidenciam a nossa falta de organização colectiva, aqui ao nível das cidades. Produzimos legislação trolha e somos muito maus em coisas simples. Temos medo do rigor e adoramos as meias tintas. Pintem aquela porra duma vez!
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