“... quando, nas indolentes tardes passadas no Café Rádio, dissertava enfaticamente sobre as suas apaixonadas intervenções no tribunal, em defesa de réus inocentes, vítimas das tenebrosas e kafkanianas teias da Justiça, tendo ficado célebre na cidade aquela em que, dirigindo-se ao juiz, e tendo citado energicamente, e com toda a convicção de que foi capaz, um determinado enunciado de um artigo do Código Civil, este lhe respondeu, oh, senhor doutor, mas isso que o senhor está a dizer não vem aqui escrito no código! Não vem!? Não está aí escrito no código!? Mas devia estar, senhor doutor juiz.”
É um excerto das memórias do Alexandre nesta crónica bem conseguida, sobre a sua juventude em Lamego, onde se detecta a influência de boas leituras, provavelmente escrito com a ajuda de uma boa flute de espumante da sua terra, certamente um dos melhores da Europa. Foi uma boa (meia) surpresa.
É um excerto das memórias do Alexandre nesta crónica bem conseguida, sobre a sua juventude em Lamego, onde se detecta a influência de boas leituras, provavelmente escrito com a ajuda de uma boa flute de espumante da sua terra, certamente um dos melhores da Europa. Foi uma boa (meia) surpresa.
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