Cópia da resposta a um amigo contestando os seus argumentos, a propósito da circulação na net de um pps sobre a Palestina:
"Bom dia Jo! Acabaste o teu email assim: “Bom, um abraço, e espero que não fique aborrecido com a minha opinião!”. De vês em quando fazes-me "cumprimentos" destes, mas eu não ligo! Não quero catequizar-te, embora te inclua nos amigos que merecem a atenção de partilhar a informação que vou recebendo e me vai esclarecendo. Como a que temos é a vinculada pelo Ocidente, não preciso de te dar essa, porque é aquela que te/nos vem intoxicando ao longo destes tempos.
Tem sido o facto de me ter interessado por este conflito que me vem há algum tempo modificando a opinião acerca dos bons e dos maus. Este processo não foi instantâneo, foi uma leitura lenta do que se tem passado. Como sabes os Judeus dominam numa grande escala a economia mundial dominando a economia americana, onde nem precisam de fazer lobby, são por natureza. Isso faz com que todo o Ocidente tenha sobre o conflito uma visão pré-formatada, vê-se nas entrevistas dos jornalistas às figuras do “outro lado”, as perguntas são feitas assentando logo em factos que são mentiras, entre as quais por exemplo podemos contar, em quem “rompe” ou “não cumpre” os acordos, ou, noutras circunstâncias, borrifa nas muitas resoluções da ONU sobre o problema. Um dos acordos mais importantes e a tentativa mais séria de resolver a questão foram os tais acordos de Oslo. Tenta informar-te quem sistematicamente fez tudo para que não fossem cumpridos e verás. Toma nota, a Israel não convêm que nenhum acordo corra direito, e fará sempre tudo para que hajam respostas que lhe permitam ter motivos para fazer o que faz há muito.
Como dizia, este meu processo não foi instantâneo, foi uma leitura lenta do que se tem passado, porque sei que nunca conseguiremos ver os dois lados do problema se nos mantivermos irredutíveis apenas na pele de um deles. E até há algum tempo atrás, se os Judeus não eram para mim os coitadinhos, tinham pelo menos o benefício da dúvida que a interpretação dos extremismos nos provoca. É preciso passarmos para o outro lado da barreira para nos apercebermos que outra verdade nos é omitida. E foi o que fiz, e não precisei de ser muçulmano para isso. O Ocidente parte do principio que as injúrias e desgraças que aqueles pobres têm sofrido não têm a mesma relevância noticiosa ou importância humana, e é bem verdade porque, mais dois ou três desgraçados mortos no meio de tantos que têm morrido ao longo destes tempos, já não faz a notícia se comparada com um morteiro que caiu num colonato e feriu um judeu. É o mesmo problema dos desgraçados que morrem aos milhares em África sem merecerem a notícia pesada por esses mesmos critérios.
Já te falei de Noam Chomsky, um americano de origem judaica, vais dizer que é um esquerdista e come caviar, mas também é verdade que não podia arranjar um Sionista para me dar a outra perspectiva, ele escreveu dois livros sobre o problema, O Assalto ao Médio Oriente, e outro sobre a política americana naquela área, Poder e Terror. Junto também aqui como exemplo de um desmistificador do que é essa informação, o Michael Moore, com os filmes que já fez. São um exemplo de que precisamos de diversificar a nossa fonte de informação sobre os conflitos, porque de outra forma somos metralhados sempre com a mesma visão do problema sem que, quem dá a notícia nem se aperceba tão pouco de que está a fazer a cabeça de quem os houve. Há uma verdade a que tenho cada vez mais que estar atento: defender as mesmas posições dos EUA é meio caminho andado para estar a pensar errado. São tantos os exemplos que me levam a este raciocínio, que me surpreendo, e se duvidares disto, envio-te um rol imenso.
Um abraço"
"Bom dia Jo! Acabaste o teu email assim: “Bom, um abraço, e espero que não fique aborrecido com a minha opinião!”. De vês em quando fazes-me "cumprimentos" destes, mas eu não ligo! Não quero catequizar-te, embora te inclua nos amigos que merecem a atenção de partilhar a informação que vou recebendo e me vai esclarecendo. Como a que temos é a vinculada pelo Ocidente, não preciso de te dar essa, porque é aquela que te/nos vem intoxicando ao longo destes tempos.
Tem sido o facto de me ter interessado por este conflito que me vem há algum tempo modificando a opinião acerca dos bons e dos maus. Este processo não foi instantâneo, foi uma leitura lenta do que se tem passado. Como sabes os Judeus dominam numa grande escala a economia mundial dominando a economia americana, onde nem precisam de fazer lobby, são por natureza. Isso faz com que todo o Ocidente tenha sobre o conflito uma visão pré-formatada, vê-se nas entrevistas dos jornalistas às figuras do “outro lado”, as perguntas são feitas assentando logo em factos que são mentiras, entre as quais por exemplo podemos contar, em quem “rompe” ou “não cumpre” os acordos, ou, noutras circunstâncias, borrifa nas muitas resoluções da ONU sobre o problema. Um dos acordos mais importantes e a tentativa mais séria de resolver a questão foram os tais acordos de Oslo. Tenta informar-te quem sistematicamente fez tudo para que não fossem cumpridos e verás. Toma nota, a Israel não convêm que nenhum acordo corra direito, e fará sempre tudo para que hajam respostas que lhe permitam ter motivos para fazer o que faz há muito.
Como dizia, este meu processo não foi instantâneo, foi uma leitura lenta do que se tem passado, porque sei que nunca conseguiremos ver os dois lados do problema se nos mantivermos irredutíveis apenas na pele de um deles. E até há algum tempo atrás, se os Judeus não eram para mim os coitadinhos, tinham pelo menos o benefício da dúvida que a interpretação dos extremismos nos provoca. É preciso passarmos para o outro lado da barreira para nos apercebermos que outra verdade nos é omitida. E foi o que fiz, e não precisei de ser muçulmano para isso. O Ocidente parte do principio que as injúrias e desgraças que aqueles pobres têm sofrido não têm a mesma relevância noticiosa ou importância humana, e é bem verdade porque, mais dois ou três desgraçados mortos no meio de tantos que têm morrido ao longo destes tempos, já não faz a notícia se comparada com um morteiro que caiu num colonato e feriu um judeu. É o mesmo problema dos desgraçados que morrem aos milhares em África sem merecerem a notícia pesada por esses mesmos critérios.
Já te falei de Noam Chomsky, um americano de origem judaica, vais dizer que é um esquerdista e come caviar, mas também é verdade que não podia arranjar um Sionista para me dar a outra perspectiva, ele escreveu dois livros sobre o problema, O Assalto ao Médio Oriente, e outro sobre a política americana naquela área, Poder e Terror. Junto também aqui como exemplo de um desmistificador do que é essa informação, o Michael Moore, com os filmes que já fez. São um exemplo de que precisamos de diversificar a nossa fonte de informação sobre os conflitos, porque de outra forma somos metralhados sempre com a mesma visão do problema sem que, quem dá a notícia nem se aperceba tão pouco de que está a fazer a cabeça de quem os houve. Há uma verdade a que tenho cada vez mais que estar atento: defender as mesmas posições dos EUA é meio caminho andado para estar a pensar errado. São tantos os exemplos que me levam a este raciocínio, que me surpreendo, e se duvidares disto, envio-te um rol imenso.
Um abraço"
2 comentários:
Perfeitamente de acordo com este texto, que enquadra o tema na sua verdadeira dimensão e desmitifica a posição de Israel e do Ocidente em relação ao martirizado povo da Palestina.
Conhecendo a História recente, desde a Primeira Guerra Mundial, percebe-se de que lado está a razão, e como é hipócrita a posição de Israel, dos Estados Unidos e da Europa, que tudo farão para inviabilizar a constituição de um Estado Palestiano, livre, independente, soberano e sem qualquer tutela.
Acrescentei no post seguinte o link de mapas que dão uma ideia do que foi a evolução histórica da colonização e ocupação do território.
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