16 fevereiro 2009

Karl Marx

(Reeditado)
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..."Os donos do capital vão estimular a classe trabalhadora a comprar bens caros, casas e tecnologia, fazendo-os dever cada vez mais, até que se torne insuportável. O débito não pago levará os bancos à falência, que terão que ser nacionalizados pelo Estado". Em "O Capital", 1867.
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Com muitas dúvidas e poucas certezas, só me resta reflectir sobre o que se passa e tentar pesquisar e saber sem complexos, o que significa efectivamente o momento que vivemos. E é preocupante:

”... Pessoas no mundo inteiro foram sacudidas pelos eventos dos mercados financeiros. Agora estão procurando por respostas e, como não as acham em nenhuma das teorias económicas oficiais, dominantes, eles se voltam para o único que previu o que está acontecendo hoje, o Marxismo!...”. Leia o resto do artigo no link.
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Nota: Este post faltaria à verdade, se não dissesse que foi editado porque tem por base o email que mais vezes me foi repetido num único dia, pelos amigos. Poucos não me fizeram chegá-lo hoje e se o fizeram, é porque também eles têm poucas certezas.
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13 comentários:

uivomania disse...

Quando Marx apresentou um pêssego à humanidade, a maioria descascou-o retirando-lhe a polpa e, pôs-se a tentar mastigar o caroço. Talvez agora se mastigue a polpa e se ponha de lado o caroço, com a noção de que isso, das verdades absolutas, nunca se confirmou.
Existem uma série de factores novos e a reflexão sobre os ciclos anteriores pode ajudar a ultrapassar os problemas actuais com um mínimo de danos.
Talvez se trate de corrigir rotas ou mesmo de alterar destinos. De qualquer modo, parece-me, que nunca houve uma consciência colectiva tão ciente do significado de demagogia e da necessidade de cada um de nós fazer "os trabalhos de casa".
Ontem, fomos para a rua e gritamos eufóricos: Solidariedade, igualdade, fraternidade...
Hoje, resta-nos pôr esses valores em prática. ...Mas, tá difícil!

Graza disse...

Subscrever confina e pode matar o diálogo. Ainda assim, arrisco na subscrição. Gostei do sentido figurado encontrado e das novas maneiras de poder falar das alternativas.

**Viver a Alma** disse...

Salvé Graza
Essa é muito boa!
Nem eu me apercebi - mesmo podendo ser alcunhada de pseudo guru - que ando a pregar isso há já algum tempo...e se li Marx...noutras épocas.
Também tenho sido massacrada que não pelo mesmo teor se bem entendido, mas pelo "profético ou iluminado" discurso do Prado coelho que descobriu agora que tem consciência a então toca de botar umas confissões cá para fora, sem a absolvição sem estolas rouxas.
Acho isto de bradar aos céus...parecem os miúdos quando descobrem que têm mãozinhas e pézinhos e brincam com ambos.
Peço desculpa, mas não tenho andado muito bem...
Porém não queria deixar de vir aqui, não para me retribuir visitas - até porque sei que não lhe atraiem os meus temas - mas sim para lhe agradecer a generosidade e disponibilidade de se ter deslocado lá, ao blog que se dá pelo nome de PÓ e Luz e deixar algumas alternativas a que a máquina funcionasse melhor. Infelizmente, tive de esperar que o servidor se deixasse de lérias e me favorecesse o mínimo de condições para que eu pudesse fazer as operações que apontou ou apontaram.

Deixo o meu gesto não muito sereno hoje, mas deveras agradecido
Sempre
MAriz

Graza disse...

"Nem eu ..." ???!!!

**Viver a Alma** disse...

Salvé!
Esse "nem eu" era para mim?!
Poderia ser tanta coisa...
Mas passei por aqui para...e levianamente o convidar - sem quaisquer sintomas doutrinários porque os não tenho, mas há quem confunda... - assistir a dois concertos...distintos - embora a diferença seja a rectaguarda que a maioria usufrui. É apenas e só nesse ponto que os tornam diferentes.

Bom fim de semana...
Sempre,
Mariz

Graza disse...

Mariz, também eu não deveria estar muito bem naquele dia, porque não entendi totalmente o seu comentário e aquelas reticências foi a forma que encontrei. Defeito meu, certamente. Nem sempre consigo sintonizar-me.

Quanto a concertos pertenço à maioria: sempre que posso e sem distinção no usufruto.

Saudações

**Viver a Alma** disse...

Graza Salvé!
Vou tentar explicar-me melhor...é que este quadradinhos aprisionam-me um pouco e como a minha mente debita velozmente o que pretendo escrever, nem sempre as mãos acompanham e depois saiem sopa de letras.
Quando falei em 2 concertos, referia-me ao novo post. Sendo que o 1º é o que se vê...sem condições, sem dinheiro para o essencial daquela arte que praticam O segundo, cheio de pompa e ciscunstância, sendo aquele agrupamento um dos melhores do mundo...onde "o el dorado abunda" e muito dele comercializa a arte!
conclusão: a Carmina Burana tocada por ambos dá vontade de perguntar quem é melhor?
Não falava de si...nem do usufruto que lhe queira dar.
Espero que ficasse agora mais esclarecido.
Abraço meu
Mariz

Graza disse...

Já aqui estava o seu comentario quando vim das audições! Tivesse eu espreitado primeiro os concertos e os comentários teriam sido outros. Mea culpa, outra vez!

Concordo consigo. Chega até a ser comovedor verificar o que pode a força da vontade conseguir e admito que haja quem considere que uma oração move montanhas. Não sou nisto fundamentalista.

Gostaria de os ouvir numa sala e em condições mais dignas. Mereciam isso.

Um obrigado pelos Concertos.

**Viver a Alma** disse...

Graza....srsrsr
andamos de voltas trocadas...mas chegámos a um entendimento.
Ao contrário de si, uma sala com outro tipo de "condições", perder-se-ia muito daquilo que nos faz vibrar por dentro. eles é que têm essa força e é isso que passa para o exterior...que diferença lhe fez comparativamente com a outra orquestra sinfónica de Londres? _quanto a mim...nada! quando eu tocava piano, as horas mais tristes ou sombrias...eram dissipadas nos primeiros acordes...chegava a chorar...a música tem esse efeito calmante e vivificante. O mesmo acontecia na dança.
Sabe que trago um sonho comigo desde há 5 anos. Gostaria e ter uma quintinha - havia uma de família em Oliveira do Hospital mas foi vendida há uns anos...senão seria lá que colocaria em prática o meu projecto.
Só para a 3ª idade...musica e movimento, criatividade na dança, relaxamento, meditação para aos poucos sentirem os seus efeitos curativos e ensiná-los a morrer...que não tem nada de mais. Nessa quintinha, deveria ter terreno para o consumo alimentar da casa e com as energias alternativas possíveis para não depender de empresas...apenas da terra. Se houvesse possibilidade de um tanque ou piscina, dar-lhes hidroginástica, porque os movimentos na água tornam os músculos mais flexíveis e no dia seguinte não doem! - ao contrário de outros exercícios com os pés assentes no chão. Thai Chi é bom para eles, também - exercícios leves, sintonizados com a mente e espírito.
e...cientificamente comprovado para os mais cépticos, leva á longevidade e á auto-cura.
Não sei quando, não sei com que dinheiro, não sei onde...mas sei que vou conseguir...
quanto á oração que diz colocar reticências...se bem percebi, recordo que ela é a forma de agradecer e de união com algo superior...é por isso que todos eles são tão alegres e as vozes e instrumentos se afinam num acorde só: AMOR!
Está cientificamente comprovado também por experiências em hospitais - num certo local ninguém rezou pelos doentes e noutro sim...estes últimos melhoraram consideravelmente.
Cá por mim, oro e sinto-me bem com isso, porque falo abertamente sem pedinchices e grandes dramas. Tudo aquilo que não vejo...sinto. E tudo o que sinto, me faz bem! - do que recebo desse lado, óbvio!
Sinto-me sempre em casa, melhor que na que vejo, toco, ouço - embora por aqui o som seja do mar e do canto dos pássaros pela manhã por vezes interrompidos com os dos meus cães...ou gatas que andam sempre á bulha - mãe e filha!
E como me dou bem...recomendo!
Só quem não experimenta, não pode avaliar nem sequer opinar!
Nada de fanatismos nada de crendices patéticas, tudo inteligentemente conduzido, onde a fé ocupa o 1º lugar.
Fé para mim é confiar e eu confio a 100%. Poderia ficar aqui a dar-lhe montes de exemplos, que já se passaram e de certo poria as mãos na cabeça ou até comentando: mas como pode isso ter acontecido?
Magia, meu caro, pura magia....porém se existem "ses" e "mas" ou seja alguns medos pelo meio...essa fé é precária e não resulta!
é como um filho que espera que o pai o ajude a resolver um problema porque acredita na sua sabedoria e protecção...porque sabe que dali só saírá o melhor para ele.
Noutro campo...a coisa passa-se exactamente assim.

Já escrevi muito...
Peço desculpa...mas as palavras são como as cerejas embora o tempo delas ainda nao tenha chegado...

Até sempre...
Mariz

Graza disse...

Boa noite Mariz. Não escreveu muito, o que queria dizer é que talvez não ficasse dito com outro texto, e só devo agradecer como depósitário.

Quando escrevi “outra sala e condições mais dignas” para aqueles e cantores, não me referia à transposição para o Barbican Hall, mas a uma sala com a acústica que aproveitasse amplitude daquelas vozes. Mas entendo que nos fale da transmissão daquela “força” que não se alteraria com a mudança da sala e das condições.

Não desista nunca dos projectos em que acredita, e esse até me parece exequível quando muito, redimensione, imagine a implementação por módulos, um de cada vez, em seu tempo, de modo a poder ligar em qualquer momento e cada um a beneficiar com o estado avançado do que o antecedeu. Acredito que há métodos que o mercantilismo desta nossa civilização não permitiu explorar. E também acredito, apesar da reticência na oração que a experiência no hospital tenha resultado, porque acredito na enorme força do nosso espírito quando quer uma coisa. Quanto a acreditar na interacção dele com a matéria é que já não tenho a mesma disponibilidade. Ainda assim, admito que não saibamos tudo acerca do magnetismo que também irradiamos e dos efeitos que uma data de bons espíritos, ou gente macambúzia, podem provocar se confluirem todos no mesmo sentido com o mesmo propósito. Quanto a isto, não há nada a fazer, considero-me um bom espírito, plano sempre do lado da luz, não gosto do escuro, mas apenas isto. Não sinto a necessidade de procurar mais porque tenho há muito um fio condutor, se pesquisasse por outra via talvez lhe chamasse outra coisa, que não fio.

Sempre ao dispor, venham mais cerejas Mariz.

**Viver a Alma** disse...

Salvé Graza
ponto 1 - não primo pela síntese.
ponto 2 - isto parece uma jornada de ping-pong; nunca fui grande jogadora...de volley sim..mas faz temmmmmpo!
ponto 3 - voltei aqui para lhe contar mais alguns casos de sonhos realizados - uns mais breves que outro em termos de tempo. Para tudo o que nos venha parar ás mãos é necessário espera - mesmo que o tempo não exista.
Desde pequena, gostava de ser bailarina...- e como filha única que sou - os meus pais afirmavam que ninguém sobrevivia da arte. Não me apoiaram, portanto. Ás escondidas fui aprendendo no colégio, mais tarde e para espanto deles apresentei-me em público com outras mais, sem lhes dizer nada...lá concluiram que eu levava algum jeito... - mas nunca desistiram de me "forçar" a ir ás aulas de ginástica rítmica no G.Clube Português. Um dia - e o destino tem destas coisas - numa apresentação no Coliseu dos Recreios de Lisboa e numa actuação individual, caí redonda no chão, durante num salto inserido na coreografia. Depois de recuperada, óbviamente não tiveram mais coragem de exigir que desse continuidade naquele desporto. Foi aí que entrei sériamente para o ballet! 1º sonho conseguido á custa de um valente trambulhão - mas filhos e pais estão cá para aprenderem nem que seja á custa de "trambulhões" e hoje...eu que o diga!
Depois sonhei dar aulas de ballet clássico e Jazz - na altura iniciara-se a febre dos episódios na tv da série "Fame"! Bem...foi a loucura total! Saía da Presidência do Conselho de Ministros e ia dar aulas a várias entidades - 2º sonho adquirido. MAs não ficou por aqui. Já depois de ter pedido a reforma antecipada pois fartei-me de anos e anos de dedicação a vários homens - salvo seja - e depois de ter trabalho lado a lado (mas não de braço dado) com todos os Ministros e Secretários de Estado das mais variadas côres: rosa, laranja, azuis, ás risquinhas, aos quadradinhos, ás pintinhas...excepto encarnados...cheguei depois! - quando fali de risquinhas etc. refiro-me ás coligações. Não tenho nada contra. Para mim, são homens e mulheres como quaisquer outros/as...com defeitos e qualidades inerentes ao ser humano; encaro as pessoas pelo que são e segundo posturas/atitudes dentro do meu conceito de ética - em todos os níveis.
Bom...depois dar cursos de protocolo empresarial ás empresas - mudei de casa, e de tudo o resto, nessa altura. srsrssr - e retomei as aulas de dança, mas desta feita, para adultos. Então... dáva-me jeito um transporte mais á mão...e como nunca conduzi, adquiri uma Yamaha de 50cc. Outro sonho realizado que vinha desde o tempo de estudante! Veja só! todos me gozavam e diziam: uma srª, que foi afecta á P.C.M. e da República, com fotos nos jornais e revistas e ainda condecorada num 10 de Junho desloca-se de acelera?
- ora...ora... - dizia eu - sou ou não a mesma pessoa? Cai-me algum pedacinho ao chão por andar de mota? Gosto de sentir o vento nos cabelos e a sensação de liberdade neste tipo de transporte...e depois?! - não sinto vergonha alguma...vocêsé que me parecem incomodados...!? -
Sabe Graza: nunca dei importância "ás vozes" desafinadas...nem a outras porque a minha cá dentro, fala mais alto, caso eu esteja distraída na altura! Estou habituada a ouvi-LA! Entendo-o quando chama "força" ou "Fio Condutor" - costumo utilizar outra semelhante: Fio de Prumo!
Gosto essencialmente de me ver criança e rio-me com isso;há coisas que ninguém faz...ou diz com quase 60! ainda salto muros...para ser mais rápido quando os meus cães fogem - em vez de abrir o portão! verdade! Estou-me nas tintas positivamente para o que dizem; raramente falo com a mente...atrapalha-me o meu esquema interno.
E depois...sou um pouco como uma vara: posso vergar mas não parto...
Presentemente e desde há 3 semanas...é por isso que venho passando. Uma canseira, um desgaste. Se não fosse apoiar-me na meditação, relaxamento, oração e sobretudo no Fio Condutor...não se...não sei...há testes vêm com uma violência tal...

Mudando de assunto: notei que mudou de visual...aqui, é claro! bem mais alargado...bem mais liberto. Sentiu essa necessidade também interna?! normalmente os nossos actos são um reflexo do que a alma sente...
Vê-se melhor o sentido estético. especial....é a música que lhe imprimiu...também a toquei..hoje se me sentasse a um piano ficava a olhar para o teclado! Já nem uma pauta saberia ler.... - também me foi imposto,sabe? só coloquei de mim...o jeito e algo do que veio do coração...porque musica é sempre música...eleva-nos! - como referi.
Parabéns.
Feliz domingo
Sempre...
Mariz

Graza disse...

Mariz, é muito difícil e até indesejável, que o poder de síntese resista aos relatos de episódios de uma história de vida. De outra forma, a literatura perdia muito do encanto, porque é nos intervalos da síntese que ela também se realiza e emerge. A única questão relacionada é que Karl Marx já detectou provavelmente desvios ao tema, por causa da história das cerejas. Continuo por isso no post seguinte, mas antes esclareço a questão final que colocou. Não mudei de visual no blog, é o mesmo formato há bastante tempo. Teve aliás o formato inicial de origem durante o primeiro ou segundo ano e fixou-se depois neste com pequenos acertos no tom da cor das letras. O que pode ter acontecido é que tenha alterado aí as suas definições na resolução do monitor, ou tenha trocado de monitor e as definições não correspondam às que tinha. Pode ter acontecido porque também andou aí em “obras”!... Aqui, já é assim há muito, largo e letra grande para se ver bem e não precisarmos de óculos.

Saudações

Graza disse...

Sendo assim, o Impromptu de Chopin fica como homenagem, mais um dia ...