26 junho 2009

Irregularidades eleitorais ...

... em Portugal?
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A gravidade da questão é de tal ordem para a democracia que não a podemos encarar de ânimo leve. António Vilarigues mostra-se preocupado no Público de hoje, com o facto de terem sido detectadas diversas irregularidades no distrito de Viseu, e pelos exemplo que deu, bastante graves e em grande número, sem que se tenha lido, ouvido, ou visto na Comunicação Social alguma referência a estes factos. Segundo ele a questão toma outros contornos nas autárquicas, onde as disputas se fazem ombro a ombro. Perguntou muito a propósito, que tendo aquilo acontecido nos 24 concelhos do distrito de Viseu, só o tenha acontecido naquele distrito? O distrito de Viseu é mesmo uma excepção nacional? Eu acho que não, logo, estamos perante um assunto muito sério. A quem compete fiscalizar isto, ao STAPE, aos Governadores Civis ou aos presidentes da xunta? Acreditem que se lhes colocarmos a questão, todos vão limpar a água do capote e ninguém é responsável. O mesmo de sempre.

Fui numa destas últimas eleições delegado de uma candidatura nas mesas de voto, porque há experiências e responsabilidades cívicas que devemos assumir e isso, serviu-me para detectar que podem existir fragilidades, porque a perpetuação de sistemas de funcionamento podem levar à sua fadiga, e pude aí verificar que há gente que já se movimenta demasiado à vontade nos meandros locais dos actos eleitorais. Por que razão não há uma maior rodagem de elementos novos nas assembleias de voto? Por que se repetem ano após ano esses elementos e nas mesmas mesas? O facto de o frete ser bem pago pode ser uma razão, mas isso melhora a qualidade do acto?
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