- Há quem não queira ser livre!
O seu a seu dono: a frase, foi uma constatação desanimada de Pedro Lomba, na RTP2, a propósito de uma sondagem que dava 75% de respostas a favor do voto obrigatório.
Há frases como tiros. E se este for no povo também um mecanismo a considerar, que explique o fascínio episódico das sociedades para formatos tirânicos de organização política que legitima as ditaduras? É como se no fundo, um medo maior de outra coisa, a Liberdade, não sei se a sua se a dos outros, mas tanto faz agora, se sobrepusesse a um tipo de medo reverencial ao ditador, tido normalmente como um salvador de pátrias.
Mas esses, serão sempre medos e coisas de berço mal tratadas, porque é isso que leva a que haja tanto sacripanta coberto pela legitimação do voto, sempre de botas bem lambidas.
O seu a seu dono: a frase, foi uma constatação desanimada de Pedro Lomba, na RTP2, a propósito de uma sondagem que dava 75% de respostas a favor do voto obrigatório.
Há frases como tiros. E se este for no povo também um mecanismo a considerar, que explique o fascínio episódico das sociedades para formatos tirânicos de organização política que legitima as ditaduras? É como se no fundo, um medo maior de outra coisa, a Liberdade, não sei se a sua se a dos outros, mas tanto faz agora, se sobrepusesse a um tipo de medo reverencial ao ditador, tido normalmente como um salvador de pátrias.
Mas esses, serão sempre medos e coisas de berço mal tratadas, porque é isso que leva a que haja tanto sacripanta coberto pela legitimação do voto, sempre de botas bem lambidas.
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7 comentários:
Excelente, Graza. É sempre mais difícil escolher do que seguir o que já está escolhido, do que, enfim, não ter que se confrontar com a possibilidade de errar e de ter que se ver ao espelho com essa angústia. Mas... teremos outro caminho que não seja essa precária possibilidade de escolher e de errar?
Jad
Se ao errar aprendemos, não vejo porque não deva ser esse o caminho!
Saudações, JAD
Eu também não. Eu convivo muito bem com o erro justamente porque está muito para além das minhas capacidades humanas o conhecimento "certo e seguro" que me permitiria aceder a todas as possibilidades disponíveis ou simplesmente possíveis. Nesse sentido, quando escolho faço-o na convicção de que, nesse momento, estarei a fazer a melhor escolha. Mas nada me garante que o seja e, portanto, o erro está sempre ao meu lado, como a sombra. Teria que ser outra coisa que não um homem, que é o que sou e outra coisa não pretendo ser. Mas que há quem ache que nunca erra e raramente tem dúvidas lá isso há! Alguém está errado: ou os que fazem do erro uma condição humana e um permanente desafio à sua superação, ou os que abominam o erro porque têm medo das suas próprias fragilidades.
Cumprimentos.
"...Ou os que abominam o erro porque têm medo das suas próprias fragilidades."
Há quem transforme o erro, quando é público, em rídiculo, e viva dominado por ele. Ora o ridiculo só existe se existir primeiro na nossa cabeça. Dúvido sempre desses temerosos porque acabam por se tornar calculistas e pessoas com quem é muito difícil viver.
Nem mais!
Boa malha!
Eu também escrevi qualquer coisa sobre o voto pela arreata aqui.
Até outros debates sobre as presidenciais..
Abraço =)
Pela arreata! Quase em desuso, mas o termo certo.
Saudações, Miguel.
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