Surpreendida, a funcionária da ourivesaria atirou-se decidida e agarrou-lhe a caçadeira com a ajuda da colega, pondo o assaltante assustado em fuga avenida abaixo. No cruzamento seguinte, apontou a arma à primeira viatura que estava parada no semáforo que não foi em cantigas e acelerou a fundo deixando o rasto de pneu no asfalto. Virando-se depois para outro carro, de arma no nariz do condutor, fez saltá-lo cá para fora mais depressa do que tinha entrado. Não fosse a interposição de outra viatura, e a mota do companheiro da corajosa funcionária, que entretanto se meteu no encalço do meliante, teria evitado a fuga logo ali, mas só veio a perder-lhe o rasto nas ruas da Baixa depois de uma perseguição por entre o trânsito, quando também ele viu os canos apontados ao capacete. Isto por informações na hora, via telemóvel! Viemos mais tarde a saber que o artista se perdeu na fuga, já com uma segunda viatura, tendo entrado em contra-mão na Ponte 25 de Abril. Acreditamos que tenha sido depois canja para os nossos ti-nó-nis.
Conclusão: Depois das últimas notícias do Algarve, e de ver o número de pedidos que aguardam licença de porte de arma, começo a acreditar que o cidadão quer fazer justiça pelas próprias mãos, o que por várias razões, é sempre um exercício perigoso e hoje, quatro corajosos cidadãos correram ao pé de mim esse risco.
Isto não é um conto, foi a última aventura d´hoje ao entrar em casa nesta movimentada avenida, já com a sopa na mesa a arrefecer.
2 comentários:
Não te podes queixar de monotonia para os teus lados... :)
Este foi no local certo à hora certa, fora os que perco por um triz e só já ouço os relatos da Porteira!
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