06 novembro 2009

Tá boniiiito...


Falta referir que a nova secretária foi nomeada 2 (dois) dias antes de ser mamã. Nem com os escândalos que por aí vão esta gente se resguarda, o que configura que até o pudor já se está a perder. Agora vou ver quem ganhou em Loures.

5 comentários:

Graza disse...

Hum, foi o PS! A coisa tá mal, começa a cheirar muito a esturro!

Ricardo Sardo disse...

Graza, tal como ontem pormetido, aqui vai o comentário...
Não sei se esta questão será assim tão linear. Passo a explicar:

1) Nos chamados cargos de confiança este elemento é decisivo. Compreendo a necessidade de escolher alguém mesmo de confiança e, por vezes, só mesmo familiares ou amigos próximos é que garantem esse elemento. O senão é que, quando os escolhem, são acusados de cunhas e amiguismo e caciquismo. Penso que só caso a caso é que se poderá ajuizar da justeza ou não da escolha.

2) Independentemente do elemento confiança, penso que a suspeita de favores deve ser evitada. Isto é, se um governante (autarca, neste caso), tiver 2 escolhas, sendo uma delas um familiar e a outra um amigo, poderá optar pelo amigo, evitando, dessa forma, possíveis acusações de meter uma cunha ao familiar. Mas - lá está - se o familiar é quem mais garante a confiança e transmite certeza de se poder contar com ele, não censuro. Desde que seja competente para o cargo, como é obvio.

3) Não tenho ambições políticas, mas se fosse, por exemplo, presidente de uma autarquia e tivesse de escolher uma pessoa de confiança total para, por exemplo, chefe de gabinete, porvavalmente esoclheria entre os meus amigos mais próximos, pois são eles que conheço melhor. Claro que, entre eles, escolheria o mais adequado às funções, mas seria um deles. Seria justo acusarem-me de meter uma cunha para o meu amigo? Talvez, sinceramente não sei dizer...

Isto tudo para dizer que não é fácil ajuizar este tipo de casos, pois é um "pau de dois bicos", o que se ganha com um argumento, perde-se com o contra-argumento. Considero que, não estando em causa a competência da pessoa que exerce o chamado cargo de confiança, à partida não criticarei a escolha, mesmo sendo familiar ou amigo.

Abraço e boa semana.

Graza disse...

Ricardo, e o mérito cabe onde? Porque quando falamos de mérito falamos do conjunto de qualificações que incluem naturalmente o conhecimento da formação ética de cada candidato. De outra forma este país passaria a ser um condomínio de primos e primas. O que seria de mim se o empresário que não me conhecia e me empregou há trinta e tal anos atrás, não o fizesse apenas pela investigação das minhas qualidades pessoais para poder confiar em mim? De outra forma como vão safar-se os meus filhos se não forem primos de alguém?! Não posso estar mais em desacordo com esta cultura de que só os primos e as primas são honestos, posso até pensar que esta seja uma forma de justificar o nosso 26º lugar no ranking da Transparency, porque bem vê, com uma filha e um cunhado no gabinete, as conversas ficam mesmo “em família”. Já estamos a falar de “família” e “transparência”, onde nos pode levar esta conversa se continuarmos com o raciocínio?…

Ricardo Sardo disse...

Graza, como sabe, serei a última pessoa a defender ou a justificar os compadrios ou as cunhas e favores. Mas ha situações concretas em que admito uma solução aparentemente inaceitável. Existem situações em que só confiamos nas pessoas que nos são mais próximas, que tanto podem ser familiares como amigas, sem constituir um favor ou uma cunha. Porventura, a analogia pode ser incorrecta, mas há cargos ou funções (em empresas, ministérios, no que for) em que apenas concedemos a nossa confiança em uma ou duas pessoas, é como escolher o padrinho para os nossos filhos, terá que ser alguém em que acreditemos fielmente e que conhecemos muitíssimo bem e tenhamos a máxima confiança. Eu se tivesse uma empresa e não sendo gestor, teria que escolher alguém da minha máxima confiança para gerir as contas e toda a área da contabilidade (um CFO). Muito provavelmente, escolheria um dos meus dois ou três amigos mais próximos com formação nessa área, porque se calhar não confiaria em mais ninguém senão neles...
Não estou a justificar ou a desculpar, porque - repito - não conheço o caso concreto. Apenas admito, em abstracto, a possibilidade de a escolha não ser apenas uma cunha ou um favor.
Quanto ao exemplo pessoal que deu, passei por uma situação semelhante quando terminei o curso e procurava por uma sociedade de advogados onde estagiar. Foi-me extremamente difícil conseguir, por exemplo, alguma em que olhasse para mim sem ter em conta a universidade de onde vinha. Claro que depois, no estágio, as minhas notas, bem como as dos meus colegas de faculdade, foram melhores do aquelas consideras como da elite (ficámos bem à frente da Católica e da Nova), mas isso não interessava. Até posso ser melhor do que muitos dos que vêm da Clássica (FDL) ou da Católica, mas como venho de uma privada...
Abraço.

Graza disse...

No problem Ricardo, +/- entendido, e também já o vamos conhecendo e sei que podemos contar consigo para uma futura brigada pela ética e transparencia.