14 janeiro 2010

Aos haitianos

É um simples cravo mas representou a esperança da renovação, e foi assim que sempre o vi. Uma renovação que não era só política, era também esperança noutra vida onde cabiam todos os sonhos. Neste momento, vocês não precisam de flores bem sei, precisam de tudo, mas sobretudo precisam para não sucumbir: de Esperança, até que o mundo chegue, vos agarre e perceba que não vale a pena andar em desvarios perante tanta força que não domina e esta, foi um impacto igual ou superior a trinta bombas atómicas!
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Tenho esperança que algum destes infernos a que a Humanidade está sujeita - mas mais uma vez e sempre, os pobres – a despertem para a evidência de um maior valor: o da vida humana. Quem sabe se não foram vocês os escolhidos para essa prova final? Mas acredito que um dia acontecerá. É por isso que vos trago em vez das nobres flores de circunstância para os que foram, este cravo que fiz, enquanto me lembrava da grande esperança de vida que ele representa em cada Primavera. Não acredito que persista a cobardia dos que vão achar que alguém se vai importar com vocês, porque este é um assunto de cada um de nós: delegar é não fazer e nunca foi tão fácil participar.

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