09 janeiro 2010

Pinto dá à costa

O que foi que nós fizemos agora? O ambiente dos futebois andava sossegado, talvez pelos atrasos na conclusão dos processos a decorrer na Justiça. Valia o facto do Pinto ter as suas declarações limitadas pelo tribunal evitando assim as suas habituais alarvidades, com as acusações a Lisboa, aos mouros e a tudo o que pareça vermelho mais-ao-diabo-que-o-carregue. Acabou a proibição e voltou a falar para dizer que “Portugal era um país pequeno de mais para ser dividido em dois” assim, sem mais... Não acho que Jardim e Pinto resistissem muito tempo na marquesa de um bom psiquiatra, porque têm tiques que revelam um qualquer complexo, conflitos interiores que causam aqueles distúrbios e os levam à mania da perseguição. São pessoas afectadas no recôndito do ego. O Alberto, com a fanfarronia e o exibicionismo de rei sol, pode dizer o quiser porque todos o consideram inimputável, o outro, acorda da quarenta a que a Justiça o obrigou para voltar a pegar na espada e no elmo para se espadeirar contra moinhos que não existem, quanto mais os fantasmas que representam.

Esta necessidade de manter vivo um inimigo, é o truque velho que qualquer ditador ayatola ou manipulador tem que sustentar, para dominar as massas. Neste caso, tudo começa com Pedroto, quando este falou do “centralismo”, que não era nada mais nada menos do que o Porto não ganhar campeonatos há duas décadas, mas resultou, porque ao arranjar uma boa equipa que começou a vencer, a culpa passou para o povo a ser do “centralismo” e a partir daí se começou uma campanha de animosidade contra Lisboa. Qualquer lisboeta sente a injustiça desse tratamento, embora esteja a mudar, mas por força de serem empurrados para a guerra por esse tratamento iníquo. O ego deste Pinto foi desde esses tempos alimentado com esse ódio e não conseguirá agora viver sem ele porque foi com esse alimento e nesse clima que cresceu, daí que todas as semanas tenha necessidade de o manter e falar a despropósito do Benfica e de Lisboa. Valham-me os bons amigos que tenho no Porto para que tanto eu como eles não confundamos o Porto com o Pinto e Lisboa com os mouros.

Vejam o que se diz aqui no Pátio das Conversas e que lembra muito bem a forma como este cavalheiro está no futebol. Ganhar, é para ele uma questão de sobrevivência, o problema é que com esse estilo ele arrasta e aliena nessa vertigem uma cidade.

Sem comentários: