01 julho 2010

Nem bom vento ...

(Reeditado)
Bem sei que o capital não tem pátria, mas este trás o rótulo castelhano na testa e está a chegar com os maus ventos que mais uma vez nos vieram de um mau casamento! Não lhes vendemos a VIVO, nem os queremos as escutar na PT e queremos que Bruxelas olhe para as golden share dissimuladas que vão pela economia mais blindada da Europa, como o atestam os empresários portugueses. Vamos mandá-los guardar os caramelos, a Zara, a Repsol e os Pina Mouras que os representam e morrerão com o nosso desprezo, mas lutar pela defesa dos sectores estratégicos do país e pela supremacia do Estado em questões fundamentais. Se ainda têm dúvidas, o Iberismo é isto: a falta de respeito pela escala da nossa economia e a provocação que se faz aos portugueses através desta estratégia de polvo. Aí está ele, para já, obrigando o nosso Estado a uma atitude que foi ridicularizada pelos amigos das Lehmans Brothers e quejandos, os mesmos arautos que deixaram passar as más práticas financeiras que lançaram o caos nas finanças mundiais e obrigaram os povos a pagar as suas aldrabices. Entretanto, alguém nos chamou aí de colonialistas? Isso era mais a puta-que-os-pariu! Não acham? Para mim o nível do insulto é igual.
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Reedicção I: A arrogância e o cinismo britânico veiculados através do Financial Times, esquecem que se houve quem colonizasse e saqueasse pelo mundo fora foram os ingleses e os seus piratas. Nas Malvinas (Falklands) e na Ilha de Santa Helena não consta que tenha nascido um único inglês imberbe de geração espontânea, como nasce uma flor, no entanto, são território de onde não querem tirar a pata. Chegamos tarde à descolonização para mal dos nossos pecados, mas mesmo assim acabamos por lutar por uma atribuição honrosa e a prova é a excelente relação que temos com os novos países irmãos, o que não admitimos é que nenhum escroque o ponha em dúvida e cole rótulos que nos ofendem a honra.
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Reedicção II: Há argumentos que não podem ser ignorados. Se estamos a discutir e a refazer a Europa à face dos precalços que, provavelmente, ainda bem lhe aconteceram, antes de estar definitivamente concretizada, então é tempo de ouvir tudo o que ainda não foi dito. Leia no Ponte Europa: "PT - a "golden chair" e "PT/Telefónica & Mecado(s)"

2 comentários:

uivomania disse...

Pena que a indignação tenha sido tão pequena aquando da privatização, assinada pela Manuela!

Graza disse...

Sim é verdade, e não só a PT, mas ainda assim, e fosse o que fosse aquela golden share, ela era o suficiente para continuarmos a ver o Estado na PT. E todos sabiam disso. Desde inicio.