Nunca soube até hoje a cor política do Sindicato dos Magistrados, dia em que estalou o verniz na Justiça por via da má relação com o seu superior hierárquico, o Procurador-Geral da República e não fiz nenhum esforço nesse sentido porque queria continuar a olhar o seu comportamento sem preconceitos políticos, porque já me bastava não concordar com a bizarra existência desta Associação. Hoje fica mais claro pela exclusão de uma cor política, a do Governo, mas continuo com dúvidas porque me chegam indícios de sinal contrário.
Procuro assim saber do nexo da existência deste sindicato e ao que vou verificando não é nada pacífico para muitos a sua existência, ainda por cima para funcionar nos moldes em que tem actuado. Os Poderes Executivo, Legislativo e Judicial, não podem ser entendidos como empresas privadas de construção de condomínios, são Estado. Como é então possível termos uma classe que já é intocável na sua autonomia a partir do momento em que sai do Centro de Estudos Judiciários e veste a toga, passando a terceiro Poder do Estado sem que os tenhamos elegido, exigir mais poder extra pela via da institucionalização da sua corporação, para ainda por cima se dedicar a uma espécie de actuação política? Não consigo entender a sua existência e os seus desafios, nem entender tanto poder concentrado a escapar pelos dedos do único soberano: nós, o povo!
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