09 novembro 2010

A vingança serve-se fria...

Ó meus amigos, eu não sou nada destas coisas de vinganças, acompanho as tristezas e as misérias da bola porque desde pequenino que sou do Benfas e em adulto nada fiz para o contrariar, excepto a seguir ao 25 de Abril onde o que valia era contestar os 3efes: Fátima, Futebol e Fado. Mas neste momento do quintuplicado sofrimento desportivo a que o Hulk nos obrigou, depois das experiências malucas e de última hora do nosso senhor Jesus da Luz, ainda tivemos que aturar os piropos do nosso aristocrático vizinho de Alvalade, pelas cinco batatas sem resposta, mais a lagartosa censura do acto que consideraram bárbaro, da agressão do Luizão com o cotovelo a um murcõue azul e branco que o sarrafava por trás sem censura de juiz algum que andasse por aquele campo.

Pois é. Mas só sofremos vinte e quatro horas. Atão não é que o peixe morre pela boca? Não levando em conta um golo validado ao Sporting erradamente, o resultado correcto seria 1 – 3, mais cinco minutos e chegava aos 5, a jogar em casa, e não era contra o Incrivel Hulk. Quanto ao Maniche que há falta de cotovelo pantufou o adversário na caneta, foi a cereja no topo do bolo. Estamos quites, ok? Vão lá lamber as feridas!

Mas bolas, apareçam no café... não vale fugir.

5 comentários:

Ricardo Sardo disse...

Eles só ficam contentes quando nos vêm perder. Não querem saber dos próprios resultados para quase nada, apenas vivem para nos odiar, para nos ver sofrer. Sem nós não seriam nada. Tristes.
Abraço.

Graza disse...

Pois é Ricardo! Então não é que acabo de vir do Café referido no texto e quando perguntei pela reacção dos nossos vizinhos lagartos, ela corresponde “exactamente” ao que disse: “Não querem saber dos próprios resultados para quase nada…”, e com um argumentário que cabe inteiramente no disse. Ainda hoje esta irracionalidade me surpreende.

Não vale fugir sim, mas quando aparecem trazem o mundo completamente virado ao contrário. A bola vai continuar a surpreender-me.

Alexandre de Castro disse...

Grazina:
Não vale a pena dar a volta ao texto. O Benfica é o espelho do país, quer pelo que ele tem de bom, quer pelo que tem de mau. E o mau começa a predominar, tal como no país. Eu até me atrevo a dizer que os juros da dívida soberana do Estado ultrapassaram a barreira mítica dos sete por cento, por influêcia directa dos cinco golos que o Benfica sofreu, sem resposta. E o Jesus viveu há dois mil anos, e já não tem o poder de operar o milagre da multiplicação dos pães!
Um abraço

Graza disse...

Há no livro uma parte em que Jesus dá um pontapé e expulsa a gajada que lhe andava a estragar o programa. Vai ver, um dia destes há também na Luz um vendaval que vai tudo á frente. :)

Alexandre de Castro disse...

Grazina:
Lamento ter de lhe dizer que em nenhum dos quatro evangelos, mesmo nos apócrifos, existe qualquer referência ao vendaval que o meu amigo prevê. Existe, quanto muito, a descrição, algo embaraçosa para ICAR, de que Jesus, num ataque de fúria descontrolada, expulsou à bordoada os vendilhões do Templo, mas que se saiba, esse acto de violência não teve consequências históricas.Foram os Romanos, setenta anos depois, que se encarregaram de o destruir, apenas restando, nos dias de hoje, o tal Muro das Lamentações. onde os judeus se divertem a dar umas suaves marradinhas.
Agora, é absolutamente verdade, e isso vem descrito nos Evangelhos, que quando crucificaram Jesus, uma Luz, julga-se que divina,irradiou do Céu. E essa Luz que os benfiquistas esperam com ansiedade.
Um abraço