Sou um pró Acordo Ortográfico, mas como vêem ainda estou como o Saramago: os revisores do texto que tratem disso.
Vem isto a propósito da opinião acerca dos acontecimentos no Egipto que, olhando para os convites para me solidarizar e para as opiniões que por aí são expressas, me fazem sentir um pouco Maria-vai-co-as-outras, sem saber o que dizer sobre a questão. Não me é simples, porque esbarro sempre com a grande clarividência dos que são pró revolução, como eu fui aliás em 74, e a minha falta de certezas quanto ao que se passa. Ninguém nesta Europa é já favorável a qualquer tipo de ditaduras, sejam elas de que jaez forem e está fora de questão que alguma forma de abordar o problema seja estar a favor do ditador de serviço. Mas a escolha que vejo à frente é intrigante, ou seja, eu que não confesso credo nenhum, sou para um Muçulmano quase uma reencarnação do Diabo, serei nas suas apreciações como ser humano, um ser de segunda com direitos sociais inferiores a qualquer um deles.
As opções que parecem estar em causa, face à evolução das revoluções no mundo Islâmico, serão: Viver numa ditadura dominada por uma oligarquia militar, que coarctando-me as liberdades políticas, me permite liberdades religiosas, ou, uma ditadura, agora sobre a forma de Teocracia que subordina as minhas liberdades politicas a uma sharia e só posso vê-las através dessa lente, e liberdades religiosas sim, mas como cidadão de segunda, e como se vê recentemente, sujeito a emboscadas que nos lembram as perseguições nos primórdios do Cristianismo. A Esquerda pede-me que vá para rua apoiar, mas fico paralisado, da mesma forma que fico como quando quero escrever Egipto ou Egito.
Isto não soa nada bem!
Vem isto a propósito da opinião acerca dos acontecimentos no Egipto que, olhando para os convites para me solidarizar e para as opiniões que por aí são expressas, me fazem sentir um pouco Maria-vai-co-as-outras, sem saber o que dizer sobre a questão. Não me é simples, porque esbarro sempre com a grande clarividência dos que são pró revolução, como eu fui aliás em 74, e a minha falta de certezas quanto ao que se passa. Ninguém nesta Europa é já favorável a qualquer tipo de ditaduras, sejam elas de que jaez forem e está fora de questão que alguma forma de abordar o problema seja estar a favor do ditador de serviço. Mas a escolha que vejo à frente é intrigante, ou seja, eu que não confesso credo nenhum, sou para um Muçulmano quase uma reencarnação do Diabo, serei nas suas apreciações como ser humano, um ser de segunda com direitos sociais inferiores a qualquer um deles.
As opções que parecem estar em causa, face à evolução das revoluções no mundo Islâmico, serão: Viver numa ditadura dominada por uma oligarquia militar, que coarctando-me as liberdades políticas, me permite liberdades religiosas, ou, uma ditadura, agora sobre a forma de Teocracia que subordina as minhas liberdades politicas a uma sharia e só posso vê-las através dessa lente, e liberdades religiosas sim, mas como cidadão de segunda, e como se vê recentemente, sujeito a emboscadas que nos lembram as perseguições nos primórdios do Cristianismo. A Esquerda pede-me que vá para rua apoiar, mas fico paralisado, da mesma forma que fico como quando quero escrever Egipto ou Egito.
Isto não soa nada bem!
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