12 abril 2011

Nobre: da teoria à prática.

As cambalhotas políticas que se queiram dar na vida são um problema de cada um. Muitos já as deram, e nós todos evoluímos num ou noutro sentido ao longo da vida, e temos a tendência para gostar de quem se chega a nós e detestarmos quem renega o que acreditamos. O que um candidato a político não pode fazer nos intervalos em que procura o voto, é utilizar valores universais como a ética, a cidadania, a independência etc., etc., que vai depois conspurcar com a sua prática, fazendo assim com que as pessoas que chama para esses universos da virtude se sintam defraudadas e cada vez menos crentes na prática efectiva desses valores. Resumindo: vai no sentido contrário quem alguma vez apelou a eles e os traiu com os apelos da sua vaidade. Nobre acaba de provocar um imenso rombo na ética e na cidadania que tão ufanamente tentou usurpar a Manuel Alegre, acusando-o de não ser dono delas. Pois, de facto não é dono delas, mas continua a dar provas de ser um dos seus melhores guardiães. O castigo que Nobre está a sofrer politicamente é o resultado de ter utilizado indevidamente esses valores para promoção pessoal.

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