16 outubro 2011

"Noi la crisi non la paghiamo"

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15.O

É esta a atitude com que se encara o resultado da acção de ontem. Sente-se que está a mudar a noção do que é preciso fazer para alterar a relação de forças. Alguma coisa este sistema tem que fazer para que os que ontem saíram à rua pelo mundo fora se convençam da mudança.

Mas é preciso fazer entre nós a denúncia do sectarismo que continua a imperar na Esquerda portuguesa numa altura tão grave. Os comunistas, marcaram a sua manif para esta semana, desconhecendo-se no entanto alguma posição oficial antecipada sobre o 15 de Outubro, de modo que libertassem os seus fiéis para este dia. Terão desta forma a sua grande jornada porque farão muitos, todos juntos, mas também pela mesma razão convencerão poucos. Façam o pic-nic, diluam-se em consanguinidade política que é difícil acreditar numa liberdade assim. Somos incrivelmente mais livres.

Como flash de ontem, fica-me o contentamento de ter visto desfilar tanta gente unida com propósitos tão nobres, e tê-lo feito ao lado do decano dos revolucionários portugueses, o Alípio de Freitas, foi coisa de nada para ele, mas de um grande significado para nós. Nem ele imagina.

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