Há na crise que atravessamos quem esteja constantemente a incutir-nos o medo, porque sabe que um povo sem medo é um povo insubmisso. Uma nação pode estar confrontada com o perigo sem ter que estar estarrecida, basta que esteja consciente da ameaça. Agora económica e financeira. Para desmontar a atitude, é preciso perguntar quais foram as teorias que triunfaram no Ocidente e não é difícil concluir que não foram as economias planificadas, essas caíram com o Muro, o triunfo impante foi o das receitas neoliberais, ora, há na estratégia em marcha, paradoxalmente, um objectivo: o maior aprofundamento das teorias ultra que aqui nos trouxeram e é isso que é incompreensível. Foram elas que deixadas á solta depredaram economias através da tomada de poder pela ganância financeira. Só se percebe a teimosia dos representantes desta usura porque foram formatados no mesmo modelo, e nenhuma das suas teses seria aceite se tivesse por base modelos de contestação. A teimosia e a insistência derivam assim do facto de não conhecerem nem terem teorizado outros sistemas de organização. Eles não conhecem outro, e acham agora que só levado ao extremo produzirá efeitos, até à derrocada final, mas aí, será Marx que terá tido infelizmente razão, quanto teorizou que o Capitalismo encerra em si a semente da sua própria destruição.
Só temos uma alternativa, rejeitar o medo que nos é diariamente inoculado, latente nas mensagens dos novos Chicago Boys que nos governam e governam a Europa.
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