O ano começou fértil em asneira que é como quem diz, mais do mesmo e o mesmo motivo para a indignação. Escolho para recomeçar, o relevo ao que pode estar a passar-se com os cavalos de Alter de Chão.
Chamou-se Coudelaria Nacional, agora é a Fundação Alter Real. Salvou o cavalo lusitano através de uma grande persistência no apuramento da raça, apesar das tormentas por que passou, mas debate-se novamente com a tendência para a asneira de quem gere estas coisas sem sair do gabinete, fazendo pairar novamente nuvens sobre ela avaliando pelo que diz o Presidente da Câmara, aqui no Jornal I. Há para mim uma questão que preocupa: a Coudelaria é um património valiosíssimo sob vários pontos de vista e não sei porque digo isto, mas o facto de o seu modelo ser uma fundação, preocupa. Admito que seja um preconceito e uma injustiça para as grandes fundações do país, mas não tranquiliza ver alguns interesses ligados a patrimónios nacionais com este valor. Se lhe adicionarmos ainda o facto de a presidência pertencer à cobiçada Companhia das Lezírias, temos melhor noção dos riscos em causa.
Depois, quem tutela estas questões governa como uma tropa fandanga de incapazes, julgando cumprir a função por aparecer em mangas de camisa na Comunicação Social. Contra este modo de tomar conta, tem valido a resistência das instituições, como agora a Coudelaria de Alter, que vão apesar de tudo sobrevivendo à negligência, impondo-se galhardamente a tanta asneira, nada podendo porém contra interesses que não são os seus. O Alentejo dificilmente encontrará um pólo com mais valor do que os cavalos que cria desde 1748 e Portugal deveria ter outra atenção com a mais antiga coudelaria do mundo.
Imagem da Fundação Alter Real
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