17 maio 2012

Coutinho arrasou cineastas: Salaviza empalou-o.

Guiado pelo espírito de Almada, Salaviza deixou de João Pereira Coutinho os ossos ao sol, ao não permitir a impunidade do ataque aos cineastas portugueses feita num artigo publicado no Correio da Manhã, por JPC, que diz tratar-se de “chantagear a caridade do Estado”. Considerando João Salaviza ter sido tratado como indigente, deu-lhe a devida resposta. Para ler a notícia prefiro deixar o link para o Diário Liberdade, do “Portal anticapitalista da Galiza e os países lusófonos”, do que para o jornaleco que publicou o artigo.

Bravo João Salaviza, porque de jota pê cês destes a história nada dirá um dia. São droides descartáveis pelo sistema; são um subproduto do neoliberalismo arrogante que tem vindo a triunfar à custa do aumento da desigualdade entre os homens. Ou melhor, talvez encontremos um dia num museu um exemplar destes, preservado em formol, porque a cultura da Humanidade não pode perder a memória.

2 comentários:

Ricardo Sardo disse...

Salaviza até foi comedido, contido. Muito mais poderia ter escrito...
Há muito que digo que este governo tem, acima de tudo, um problema gravíssimo de formação (ou falta dela). É constituído e apoiado por gente que se acha superior, naturalmente superior e com o direito a ter o melhor e apenas para si. Esta gente não aguenta ver gente pobre, que vem do interior (não da Linha ou da Lapa), humilde e trabalhadora que concorre aos melhores cargos, seja no público (no poder) seja no privado, nas empresas. Esta gente é saudosista do passado, em que apenas os filhos deles têm direito à melhor edudação, à saúde, à Justiça, à Cultura, às melhores condições de vida. Os que não têm sangue azul ou não são das famílias de nomes ponposos são seres inferiores, da plebe, que deverão remeter-se à sua ignorância. Esta gente, que finalmente conseguiu mandar nisto, tudo tem feito - e quanto mais depressa melhor - para voltar a por o País como há 40 anos atrás. Os primeiros resultados estão aí, para quem os queira ver. Quem não quiser, não venha mais tarde queixar-se. Foram avisados e a tempo.
Abraço.

Graza disse...

Bravo para si também Ricardo! Tivesse chapéu estaria a fazer-lhe a vénia que merece. Não podemos deixar estes camafeus continuar a aparecer sem que caia sobre eles uma censura geral. Se os media não o permitem, temos que ser nós aqui a fazê-lo.

Gostei da veemência do seu comentário.

Abraço.